Representações da criança empobrecida no cinema de Sandra Kogut: uma análise fílmica de Mutum e Campo Grande

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brida, Felipe Boso
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16815
Resumo: Na década de 1930, pouco antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial, e depois dela, cineastas do mundo todo problematizaram questões sociais em torno de um cinema que ficou conhecido como “filmes de denúncia social” (BESKOW, 2016; VILLAÇA, 2017; SOUZA, 2014), em que procuravam resgatar personagens marginalizados, oprimidos, vítimas de guerra e mazelas, e dar destaque às vozes deles. Na França dos anos de 1930, por exemplo, houve o Realismo Poético, e, na Itália de 1940, o Neorrealismo. No Brasil, entre as décadas de 1950 e 1960, jovens diretores inspirados sobretudo pelo Neorrealismo e pela Nouvelle Vague formalizaram um movimento chamado Cinema Novo, em que registravam uma série de problemas críticos do país, como a fome, a criminalidade, a marginalização das camadas mais pobres e o caos social. Ao longo das décadas, esse universo continuou a ser explorado pelo cinema no Brasil, com diretores e diretoras como Hector Babenco, Walter Salles, Lúcia Murat e Sandra Kogut. Esta foi uma das poucas cineastas que reuniu o cinema de “denúncia social” à questão da infância — ou das “infâncias”, como diz Silva (2016), já que são várias as formas de viver a infância, a depender das relações estabelecidas entre crianças e adultos e das diferentes culturas e contextos socioeconômicos. Sandra Kogut, que tem apenas cinco longas-metragens na carreira, retratou em dois de seus filmes, Mutum e Campo Grande, crianças empobrecidas e vítimas de violências, como agressões física e verbal e abuso psicológico. Neste trabalho, procuramos analisar as representações da criança empobrecida nessas duas obras, a partir da construção dos personagens crianças. Para isso, utilizamos como metodologia a análise fílmica, em que se procura decompor elementos audiovisuais do filme, em planos, sequências, enquadramentos e trilha, além da história em si, com seus personagens, estabelecendo um entendimento desse conjunto (PENAFRIA, 2009). Em outras palavras, a análise fílmica consiste em recortar fragmentos ou sequências inteiras de um filme e decompô-lo em elementos constitutivos, a partir de um roteiro do que se pretende discutir, descosturando, desunindo, extraindo, destacando e enominando materiais que não são percebidos no momento em que se vê o filme, já que ali se percebe a obra na sua totalidade (VANOYE; GOLIOT-LÉTÉ, 1992). Para a análise fílmica de Mutum e Campo Grande, foram selecionadas cinco cenas de cada filme, da abertura ao desfecho, que acompanham o crescimento, a maturidade e as dificuldades dos protagonistas infantis de cada obra, respectivamente Thiago e Ygor, no mundo dos adultos, ambientes ora opressores e violentos ora de afeto. Como resultados, entendemos que o cinema produzido por Sandra Kogut pode ser visto como de resistência (SILVA, 2016), pois as crianças dos filmes Mutum (2007) e Campo Grande (2016) são narradas em suas múltiplas relações com o mundo, muitas vezes complexas e contraditórias, e não de forma passiva e ingênua, de forma a desconstruir estereótipos da infância. Recorrendo à “estética da imperfeição” (CARREIRO, 2018), com sons e ruídos propositais, fotografia dura e sem uso de trilha musical, a cineasta mostra um mundo adverso para as crianças, mas que ao mesmo tempo exige delas autonomia. No entanto, a redenção dos personagens Tiago e Ygor vem sempre pelas mãos dos adultos, numa relação hierárquica — o que, no entanto, também mostra a crítica da diretora ao desamparo das crianças em situação de vulnerabilidade, quando deveriam ser acolhidas e cuidadas.
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No Brasil, entre as décadas de 1950 e 1960, jovens diretores inspirados sobretudo pelo Neorrealismo e pela Nouvelle Vague formalizaram um movimento chamado Cinema Novo, em que registravam uma série de problemas críticos do país, como a fome, a criminalidade, a marginalização das camadas mais pobres e o caos social. Ao longo das décadas, esse universo continuou a ser explorado pelo cinema no Brasil, com diretores e diretoras como Hector Babenco, Walter Salles, Lúcia Murat e Sandra Kogut. Esta foi uma das poucas cineastas que reuniu o cinema de “denúncia social” à questão da infância — ou das “infâncias”, como diz Silva (2016), já que são várias as formas de viver a infância, a depender das relações estabelecidas entre crianças e adultos e das diferentes culturas e contextos socioeconômicos. Sandra Kogut, que tem apenas cinco longas-metragens na carreira, retratou em dois de seus filmes, Mutum e Campo Grande, crianças empobrecidas e vítimas de violências, como agressões física e verbal e abuso psicológico. Neste trabalho, procuramos analisar as representações da criança empobrecida nessas duas obras, a partir da construção dos personagens crianças. Para isso, utilizamos como metodologia a análise fílmica, em que se procura decompor elementos audiovisuais do filme, em planos, sequências, enquadramentos e trilha, além da história em si, com seus personagens, estabelecendo um entendimento desse conjunto (PENAFRIA, 2009). Em outras palavras, a análise fílmica consiste em recortar fragmentos ou sequências inteiras de um filme e decompô-lo em elementos constitutivos, a partir de um roteiro do que se pretende discutir, descosturando, desunindo, extraindo, destacando e enominando materiais que não são percebidos no momento em que se vê o filme, já que ali se percebe a obra na sua totalidade (VANOYE; GOLIOT-LÉTÉ, 1992). Para a análise fílmica de Mutum e Campo Grande, foram selecionadas cinco cenas de cada filme, da abertura ao desfecho, que acompanham o crescimento, a maturidade e as dificuldades dos protagonistas infantis de cada obra, respectivamente Thiago e Ygor, no mundo dos adultos, ambientes ora opressores e violentos ora de afeto. Como resultados, entendemos que o cinema produzido por Sandra Kogut pode ser visto como de resistência (SILVA, 2016), pois as crianças dos filmes Mutum (2007) e Campo Grande (2016) são narradas em suas múltiplas relações com o mundo, muitas vezes complexas e contraditórias, e não de forma passiva e ingênua, de forma a desconstruir estereótipos da infância. Recorrendo à “estética da imperfeição” (CARREIRO, 2018), com sons e ruídos propositais, fotografia dura e sem uso de trilha musical, a cineasta mostra um mundo adverso para as crianças, mas que ao mesmo tempo exige delas autonomia. No entanto, a redenção dos personagens Tiago e Ygor vem sempre pelas mãos dos adultos, numa relação hierárquica — o que, no entanto, também mostra a crítica da diretora ao desamparo das crianças em situação de vulnerabilidade, quando deveriam ser acolhidas e cuidadas.In the 1930s, just before the outbreak of World War II, and after it, filmmakers around the world problematized social issues around a cinema that became known as "films of social denunciation" (BESKOW, 2016; VILLAÇA, 2017; SOUZA, 2014), in which they sought to rescue marginalized characters, oppressed, victims of war and misfortunes, and give prominence to their voices. In France of the 1930s, for example, there was Poetic Realism, and in Italy of the 1940s, Neorealism. In Brazil, between the 1950s and 1960s, young directors inspired mainly by Neorealism and the Nouvelle Vague formalized a movement called Cinema Novo, in which they registered a series of critical problems of the country, such as hunger, crime, the marginalization of the poorest layers of society, and social chaos. Over the decades, this universe continued to be explored by Brazilian cinema, with directors such as Hector Babenco, Walter Salles, Lúcia Murat and Sandra Kogut. This was one of the few filmmakers who brought together the cinema of "social denunciation" with the issue of childhood - or of "childhoods", as Silva (2016) says, since there are several ways of living childhood, depending on the relationships established between children and adults and the different cultures and socioeconomic contexts. Sandra Kogut, who has only five feature films in her career, portrayed in two of her films, Mutum and Campo Grande, impoverished children and victims of violence, such as physical and verbal aggression and psychological abuse. In this work, we try to analyze the representations of the impoverished child in these two films, based on the construction of the child characters. To do so, we use film analysis as methodology, in which we try to decompose audiovisual elements of the film, in shots, sequences, framing and soundtrack, besides the story itself, with its characters, establishing an understanding of this set (PENAFRIA, 2009). In other words, filmic analysis consists of cutting out fragments or entire sequences of a film and decomposing them into their constituent elements, from a script of what one intends to discuss, unraveling, disjoining, extracting, highlighting and naming materials that are not perceived at the moment one watches the film, since there one perceives the work in its entirety (VANOYE; GOLIOT-LÉTÉ, 1992). For the filmic analysis of Mutum and Campo Grande, we selected five scenes from each film, from the opening to the end, that follow the growth, the maturity, and the difficulties of the main children in each work, Thiago and Ygor, respectively, in the adult world, environments that are sometimes oppressive and violent, sometimes affectionate. As results, we understand that the cinema produced by Sandra Kogut can be seen as one of resistance (SILVA, 2016), because the children in the films Mutum (2007) and Campo Grande (2016) are narrated in their multiple relationships with the world, often complex and contradictory, and not in a passive and naive way, in order to deconstruct stereotypes of childhood. Resorting to the "aesthetics of imperfection" (CARREIRO, 2018), with purposeful sounds and noises, harsh photography and no use of a musical score, the filmmaker shows an adverse world for children, but which at the same time demands autonomy from them. However, the redemption of the characters Tiago and Ygor always comes through the hands of adults, in a hierarchical relationship - which, however, also shows the director's criticism of the helplessness of children in vulnerable situations, when they should be welcomed and cared for.Não recebi financiamentoPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Doretto, JulianaPontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)Brida, Felipe Boso2023-04-17T17:52:57Z2023-04-17T17:52:57Z2022-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/168156261628006619098porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2023-04-17T17:53:55Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/16815Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2023-04-17T17:53:55Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false
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