Procedimentos e materiais que visam a melhoria do clima sociomoral e autorregulação: um estudo em uma sala do 2º ano do ensino fundamental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional PUC-Campinas |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15515 |
Resumo: | Moralidade pode ser compreendida como regras de conduta que caracterizam as imposições e proibições que uma pessoa coloca sobre si. Mas para que a pessoa possa definir quais as melhores formas de ser e de agir é preciso que ela se desenvolva moralmente. A moral necessita de um trabalho pessoal, cultural e social, não é construída de modo solitário, leva-se em conta elementos históricos e culturais. Assim, a escola é um ambiente favorável para se estudar e compreender a construção, evolução e inferência do desenvolvimento moral. As condições ideais para que haja o desenvolvimento moral é um bom clima sociomoral. Pressupõe-se que as práticas realizadas dentro da escola serão favoráveis a um ambiente moralmente equilibrado que possa favorecer o desenvolvimento da autonomia. Uma boa estratégia a ser utilizada é considerar os conceitos da autorregulação da aprendizagem, a qual consiste basicamente em um processo no qual os sujeitos estabelecem objetivos que norteiam suas aprendizagens e tentam controlar e monitorar suas cognições, motivação e comportamentos. A presente pesquisa teve por objetivo investigar, em um processo colaborativo entre pesquisador e docente, o uso de procedimentos e materiais que contribuam para a melhoria do clima sociomoral e das práticas pedagógicas relacionadas com a construção da moralidade e autorregulação. E por objetivos específicos: (a) identificar quais são os procedimentos e materiais propícios para a melhoria do clima sociomoral que a professora utiliza no cotidiano de uma turma 2º ano do ensino fundamental e como eles são utilizados no cotidiano pedagógico; (b) examinar, juntamente com a professora desta turma, os procedimentos e materiais disponibilizados e os modos pelos quais as crianças interagem com eles; (c) planejar conjuntamente com a professora, a construção de novas práticas morais, incluindo livros infantis, estimulando a participação ativa das crianças; (d) registrar a utilização destas novas práticas no cotidiano escolar; (e) verificar, juntamente com a professora, os modos pelos quais as crianças utilizam estes novos procedimentos e materiais, levando-os a construção da autonomia e autorregulação; e, (f) avaliar se há mudanças relativas à autorregulação e ao clima sociomoral durante o acompanhamento dos alunos. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo, sendo realizada em uma Escola de Ensino Fundamental de um município no interior do Estado de São Paulo. Participaram desta pesquisa uma professora da turma do 2º ano de uma Escola de Ensino Fundamental de uma escola municipal em uma cidade do interior do estado de São Paulo e seus alunos (crianças de 7 e 8 anos de idade). Os instrumentos utilizados foram: observação do cotidiano escolar; reuniões com a professora; narrativas da docente; Inventário de Processos de Auto-Regulação da Aprendizagem (IPAA). Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo e para a análise do instrumento IPAA, o programa da Microsoft Excel. Os resultados indicaram que houve um mudança significativa relacionada à autorregulação e também ao clima sociomoral. As crianças, que anteriormente não se interessavam tanto em aprender ou tinham dificuldades em prestar atenção nas aulas e estudar em casa, passaram a fazê-lo. Uma sala na qual a professora sempre resolvia os conflitos e utilizava procedimentos coercitivos, passou a participação ativa dos alunos abandonando tais métodos. É esperado que a pesquisa se converta em artigos que discutam o clima sociomoral, desenvolvimento moral, e suas implicações, atingindo principalmente os docentes para que reflitam sobre sua formação. |
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Pressupõe-se que as práticas realizadas dentro da escola serão favoráveis a um ambiente moralmente equilibrado que possa favorecer o desenvolvimento da autonomia. Uma boa estratégia a ser utilizada é considerar os conceitos da autorregulação da aprendizagem, a qual consiste basicamente em um processo no qual os sujeitos estabelecem objetivos que norteiam suas aprendizagens e tentam controlar e monitorar suas cognições, motivação e comportamentos. A presente pesquisa teve por objetivo investigar, em um processo colaborativo entre pesquisador e docente, o uso de procedimentos e materiais que contribuam para a melhoria do clima sociomoral e das práticas pedagógicas relacionadas com a construção da moralidade e autorregulação. E por objetivos específicos: (a) identificar quais são os procedimentos e materiais propícios para a melhoria do clima sociomoral que a professora utiliza no cotidiano de uma turma 2º ano do ensino fundamental e como eles são utilizados no cotidiano pedagógico; (b) examinar, juntamente com a professora desta turma, os procedimentos e materiais disponibilizados e os modos pelos quais as crianças interagem com eles; (c) planejar conjuntamente com a professora, a construção de novas práticas morais, incluindo livros infantis, estimulando a participação ativa das crianças; (d) registrar a utilização destas novas práticas no cotidiano escolar; (e) verificar, juntamente com a professora, os modos pelos quais as crianças utilizam estes novos procedimentos e materiais, levando-os a construção da autonomia e autorregulação; e, (f) avaliar se há mudanças relativas à autorregulação e ao clima sociomoral durante o acompanhamento dos alunos. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo, sendo realizada em uma Escola de Ensino Fundamental de um município no interior do Estado de São Paulo. Participaram desta pesquisa uma professora da turma do 2º ano de uma Escola de Ensino Fundamental de uma escola municipal em uma cidade do interior do estado de São Paulo e seus alunos (crianças de 7 e 8 anos de idade). Os instrumentos utilizados foram: observação do cotidiano escolar; reuniões com a professora; narrativas da docente; Inventário de Processos de Auto-Regulação da Aprendizagem (IPAA). Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo e para a análise do instrumento IPAA, o programa da Microsoft Excel. Os resultados indicaram que houve um mudança significativa relacionada à autorregulação e também ao clima sociomoral. As crianças, que anteriormente não se interessavam tanto em aprender ou tinham dificuldades em prestar atenção nas aulas e estudar em casa, passaram a fazê-lo. Uma sala na qual a professora sempre resolvia os conflitos e utilizava procedimentos coercitivos, passou a participação ativa dos alunos abandonando tais métodos. É esperado que a pesquisa se converta em artigos que discutam o clima sociomoral, desenvolvimento moral, e suas implicações, atingindo principalmente os docentes para que reflitam sobre sua formação.Morality can be understood as rules of conduct that characterize the impositions and prohibitions that a person puts on himself. But for the person to define the best ways to be, to act is necessary for it to develop morally. Morality requires a personal, cultural and social work, is not constructed in solitary mode, it takes into account historical and cultural elements. Thus, the school is an environment conducive to study and understand the construction, evolution and inference of moral development. The ideal conditions for the moral development there is a good climate sociomoral. It is assumed that the practices carried out inside the school will be favorable to a morally balanced environment that may favor the development of autonomy. A good strategy to use is to consider the concepts of self-regulation of learning, which basically consists of a process in which the subjects set goals that guide their learning and try to control and monitor their cognitions, motivation and behavior. This research aimed to investigate the procedures and materials that contribute to the improvement of sociomoral climate and pedagogical practices related to the construction of morality and self-regulation in a room of the 2nd year of elementary school. And specific objectives: (a) identify what are the procedures and materials conducive to improving the climate sociomoral that the teacher uses in the daily life of a 2nd class year of elementary school and how they are used in everyday teaching; (B) examine, together with the teacher of this class, procedures and materials made available and the ways in which children interact with them; (C) plan together with the teacher, the construction of new moral practices, including children's books, encouraging the active participation of children; (D) recording the use of these new practices in everyday school life; (E) verify, together with the teacher, the ways in which children use these new procedures and materials, causing them to build autonomy and self-regulation; and (f) evaluate whether there are changes on the self-regulation for the monitoring of students. This is a descriptive, qualitative, being held in a Primary School in a municipality in the state of São Paulo. Participated in this research a teacher of the class of 2nd year of a Primary School in a town in the state of São Paulo and his students (children aged 7 and 8 years old). The instruments used were: observation of everyday school life; meetings with the teacher; teaching narratives; Inventory Self-Regulated Learning Processes (IPAA). Data were analyzed from the content analysis and the analysis of the IPAA instrument in Microsoft excel. The results indicated that there was a significant change related to self-regulation and also to sociomoral climate. Children, who were not so keen to learn or had difficulty attending classes and studying at home, started to do so. A room in which the teacher always solved the conflicts and used coercive procedures, passed the active participation of the students abandoning such methods. It is expected that the research is converted into articles that discuss the sociomoral climate, moral development, and its implications, affecting mainly the teachers to reflect on their training.PUC-CampinasTortella, Jussara Cristina BarbozaPontifícia Universidade Católica de CampinasZapio, Ceres Chiarotto2022-02-16T18:15:59Z2022-02-16T18:15:59Z2017-02-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/155151215406902270348porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2022-09-02T14:36:30Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15515Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2022-09-02T14:36:30Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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Moralidade pode ser compreendida como regras de conduta que caracterizam as imposições e proibições que uma pessoa coloca sobre si. Mas para que a pessoa possa definir quais as melhores formas de ser e de agir é preciso que ela se desenvolva moralmente. A moral necessita de um trabalho pessoal, cultural e social, não é construída de modo solitário, leva-se em conta elementos históricos e culturais. Assim, a escola é um ambiente favorável para se estudar e compreender a construção, evolução e inferência do desenvolvimento moral. As condições ideais para que haja o desenvolvimento moral é um bom clima sociomoral. Pressupõe-se que as práticas realizadas dentro da escola serão favoráveis a um ambiente moralmente equilibrado que possa favorecer o desenvolvimento da autonomia. Uma boa estratégia a ser utilizada é considerar os conceitos da autorregulação da aprendizagem, a qual consiste basicamente em um processo no qual os sujeitos estabelecem objetivos que norteiam suas aprendizagens e tentam controlar e monitorar suas cognições, motivação e comportamentos. A presente pesquisa teve por objetivo investigar, em um processo colaborativo entre pesquisador e docente, o uso de procedimentos e materiais que contribuam para a melhoria do clima sociomoral e das práticas pedagógicas relacionadas com a construção da moralidade e autorregulação. E por objetivos específicos: (a) identificar quais são os procedimentos e materiais propícios para a melhoria do clima sociomoral que a professora utiliza no cotidiano de uma turma 2º ano do ensino fundamental e como eles são utilizados no cotidiano pedagógico; (b) examinar, juntamente com a professora desta turma, os procedimentos e materiais disponibilizados e os modos pelos quais as crianças interagem com eles; (c) planejar conjuntamente com a professora, a construção de novas práticas morais, incluindo livros infantis, estimulando a participação ativa das crianças; (d) registrar a utilização destas novas práticas no cotidiano escolar; (e) verificar, juntamente com a professora, os modos pelos quais as crianças utilizam estes novos procedimentos e materiais, levando-os a construção da autonomia e autorregulação; e, (f) avaliar se há mudanças relativas à autorregulação e ao clima sociomoral durante o acompanhamento dos alunos. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo, sendo realizada em uma Escola de Ensino Fundamental de um município no interior do Estado de São Paulo. Participaram desta pesquisa uma professora da turma do 2º ano de uma Escola de Ensino Fundamental de uma escola municipal em uma cidade do interior do estado de São Paulo e seus alunos (crianças de 7 e 8 anos de idade). Os instrumentos utilizados foram: observação do cotidiano escolar; reuniões com a professora; narrativas da docente; Inventário de Processos de Auto-Regulação da Aprendizagem (IPAA). Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo e para a análise do instrumento IPAA, o programa da Microsoft Excel. Os resultados indicaram que houve um mudança significativa relacionada à autorregulação e também ao clima sociomoral. As crianças, que anteriormente não se interessavam tanto em aprender ou tinham dificuldades em prestar atenção nas aulas e estudar em casa, passaram a fazê-lo. Uma sala na qual a professora sempre resolvia os conflitos e utilizava procedimentos coercitivos, passou a participação ativa dos alunos abandonando tais métodos. É esperado que a pesquisa se converta em artigos que discutam o clima sociomoral, desenvolvimento moral, e suas implicações, atingindo principalmente os docentes para que reflitam sobre sua formação. |
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