Escleroterapia ecoguiada com espuma para tratamento da insuficiência venosa com úlcera

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Guilherme Camargo Gonçalves de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16331
Resumo: A insuficiência venosa crônica (IVC) é a principal causa de úlceras nos membros inferiores (UV). Varizes primárias são a causa mais frequente de IVC. Os diversos tratamentos propostos para varizes com IVC apresentam requisitos que limitam sua aplicabilidade. Escleroterapia com espuma tem se mostrado eficaz segura barata e de grande aplicabilidade. OBJETIVO: Analisar a evolução dos portadores de IVC com refluxo da veia safena magna e úlcera venosa submetidos a escleroterapia ecoguiada com espuma de polidocanol (EEE). MÉTODO. Ensaio clínico sem grupo controle. Portadores de IVC primária com úlcera varicosa e refluxo na veia safena magna foram tratados com EEE de forma consecutiva. Os pacientes foram observados por 180 dias entre junho de 2015 e junho de 2016. A evolução dos pacientes foi estudada em termos de qualidade de vida (QV) avaliado pelo questionário Aberdeen para veias varicosas (QA); gravidade da doença avaliada por escore de gravidade clínica (ECV), eliminação do refluxo venoso pelo ultrassom Doppler (USD) e cicatrização de úlceras. Foram coletados dados clínicos, anatômicos e sociais. QA, ECV, diâmetro das úlceras e a influência das variáveis foram comparados pelo método de ANOVA. Os pacientes foram agrupados de segundo desfecho (cicatrização de UV, oclusão e eliminação do refluxo venoso) e as variáveis foram comparadas pelo teste de Mann-Whitney ou pelo teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foram tratados 22 pacientes (7 homens e 15 mulheres) com idade entre 35 a 70 anos (56 +/- 10,5). Houve melhora na qualidade de vida, redução da gravidade da doença e redução dos diâmetros das úlceras (p<0.001; ANOVA). Houve cicatrização completa de 77% das UV, 14% permaneceram abertas com redução das dimensões. Houve eliminação do refluxo em 64% das VSM tratadas. Pacientes com pior QV necessitaram maior número de sessões para tratamento da doença (ρ=0.5449; p-valor = 0.0087; Spearman). Homens apresentaram melhor QV após 180 dias e tiveram maior ganho na QV que as mulheres (p = 0.0074; Mann-Whitney). Pacientes mais idosos, portadores de úlceras maiores, afastados do trabalho e mulheres (p<0,05; ANOVA) apresentaram doença mais grave. Nenhuma variável se relacionou a evolução da gravidade clínica. Mulheres apresentaram mais complicações (p = 0.017; Fisher) e não houve complicações graves. As UV completamente cicatrizadas e as VSM que apresentaram oclusão completa apresentavam dimensões inicialmente menores quando comparadas as UV não completamente cicatrizadas e as VSM não completamente ocluídas (p<0,05; Mann-Whitney). CONCLUSÃO: A ausência de complicações graves e a melhora observada dos parâmetros avaliados na maioria dos pacientes indica que EEE é alternativa aplicável aos portadores de IVC grave.
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Portadores de IVC primária com úlcera varicosa e refluxo na veia safena magna foram tratados com EEE de forma consecutiva. Os pacientes foram observados por 180 dias entre junho de 2015 e junho de 2016. A evolução dos pacientes foi estudada em termos de qualidade de vida (QV) avaliado pelo questionário Aberdeen para veias varicosas (QA); gravidade da doença avaliada por escore de gravidade clínica (ECV), eliminação do refluxo venoso pelo ultrassom Doppler (USD) e cicatrização de úlceras. Foram coletados dados clínicos, anatômicos e sociais. QA, ECV, diâmetro das úlceras e a influência das variáveis foram comparados pelo método de ANOVA. Os pacientes foram agrupados de segundo desfecho (cicatrização de UV, oclusão e eliminação do refluxo venoso) e as variáveis foram comparadas pelo teste de Mann-Whitney ou pelo teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foram tratados 22 pacientes (7 homens e 15 mulheres) com idade entre 35 a 70 anos (56 +/- 10,5). Houve melhora na qualidade de vida, redução da gravidade da doença e redução dos diâmetros das úlceras (p<0.001; ANOVA). Houve cicatrização completa de 77% das UV, 14% permaneceram abertas com redução das dimensões. Houve eliminação do refluxo em 64% das VSM tratadas. Pacientes com pior QV necessitaram maior número de sessões para tratamento da doença (ρ=0.5449; p-valor = 0.0087; Spearman). Homens apresentaram melhor QV após 180 dias e tiveram maior ganho na QV que as mulheres (p = 0.0074; Mann-Whitney). Pacientes mais idosos, portadores de úlceras maiores, afastados do trabalho e mulheres (p<0,05; ANOVA) apresentaram doença mais grave. Nenhuma variável se relacionou a evolução da gravidade clínica. Mulheres apresentaram mais complicações (p = 0.017; Fisher) e não houve complicações graves. As UV completamente cicatrizadas e as VSM que apresentaram oclusão completa apresentavam dimensões inicialmente menores quando comparadas as UV não completamente cicatrizadas e as VSM não completamente ocluídas (p<0,05; Mann-Whitney). CONCLUSÃO: A ausência de complicações graves e a melhora observada dos parâmetros avaliados na maioria dos pacientes indica que EEE é alternativa aplicável aos portadores de IVC grave.Chronic Venous Insufficiency (CVI) is the leading cause of venous leg ulcers (VLU). Primary varicose veins are the most frequent cause of CVI. The requirements for each treatment method limits its applicability. Foam sclerotherapy has been shown to be effective, safe and great applicability. OBJECTIVE: Analize patient’s evolution after ultrasound-guided foam sclerotherapy (USGFS). METHOD. Clinical trial without control group. Patients with primary CVI venous ulcer (VU) and great saphenous vein (GSV) reflux were treated with USGFS from June 2015 to June 2016. We evaluate diseases severity, quality of life (QoL), ulcer´s healing and elimination of venous reflux. Patients were followed for 180 days and evaluated by Doppler ultrasound (USD), Aberdeen varicose veins questionnaire (AVVQ) and venous clinical severity score (VCSS). Anatomical and clinical data were collected. AVVQ, VCSS and ulcers diameters were tested by ANOVA method. Patients were grouped according to outcome (VU healing, venous occlusion and reflux elimination) and variables were compared by the Mann-Whitney test or the Fisher exact test. RESULTS: 22 patients were treated (15 men and 7 women) aged 35 to 70 years (56 +/-10.5). There was improvement in quality of life, ulcers diameters antics were reduced (p < 0.001; ANOVA). 77% of VLU were completely healed, 14% remained open with reduced dimensions. Venous reflux was eliminated in 64% of the treated great saphenous vein. Worse QoL patients needed more treatment sessions (ρ = 0.5449; p = 0.0087; Spearman). Men had better QOL after 180 days and had a higher gain on QOL than women (p = 0.0074). Older patients, patients with larger ulcers, away from work and women had more severe disease (p 0.05 <; ANOVA). No variable related to evolution of clinical severity. Women had more complications (p = 0.017; Fisher) and there was no severe complications. Completely healed VLU and completely occluded GSV were at beginning smaller than not completely healed UV and not completely occluded GSV (p < 0.05; Mann-Whitney). CONCLUSION: The absence of severe adverse effects and improvement of evaluated parameters observed in most patients indicates that USGFS is an applicable alternative to patients with severe CVI.PUC-CampinasAquino, José Luis Braga dePontifícia Universidade Católica de CampinasAbreu, Guilherme Camargo Gonçalves de2022-02-18T15:52:43Z2022-02-18T15:52:43Z2017-02-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/163312985171578017359porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2022-09-02T14:36:42Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/16331Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2022-09-02T14:36:42Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false
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