Pré-fabricação de sistemas leves em situação de fragilidade socioespacial

• Autor(a) principal: Rosa, Valdemir Lúcio
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
• Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16441
• topic: Arquitetura e urbanismo; Pré-fabricação leve; Economia solidária e participativa; Fragilidade socioespacial; Architecture and urbanism; Lightweight prefabrication; Solidarity and participatory economy; Socio-spatial fragility

Sistemas de pré-fabricação leve, potencializando a formação técnica e produtiva, são investigadas por suas possibilidades em enfrentar obstáculos advindos das desigualdades e da estratificação urbana, cuja escala é atualmente um desafio mundial. Este estudo foi realizado mediante a investigação de referências teóricas concernentes, em paralelo à seleção de exemplaridades significativas de experiências concretas, sua análise crítica e síntese: a partir do coletivo Usina-CTAH, que concebeu e executou grande volume de unidades habitacionais em situações urbanas e rurais, associado a cooperativas; da obra do arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé), especialmente por sua contribuição no desenvolvimento de técnicas apuradas de projeto, confecção e execução de obras com pré-fabricação leve e exemplos de soluções técnico construtivas do autor desta pesquisa. Perante as condições metropolitanas precárias que expõem grande contingente populacional a vulnerabilidades, em espaços autoconstruídos e assentamentos informais, este trabalho visa colaborar para sua reversão. Para tanto entende-se como possível a minimização da segregação socioespacial, a partir de sistemas construtivos pré-fabricados leves, em processos manufaturados. Orienta-se para a concepção e produção de conjuntos de componentes voltados à edifícios e infraestruturas em bases pedagógicas associadas a experiências comunitárias associativas. O alcance de exemplaridades factíveis pode compreender a assistência técnica, modos de geração de renda, formação técnica e qualificação dos espaços em condições de autonomia popular. Como resultados, buscou-se estabelecer evidências para a defesa dessas premissas, considerando a necessária aproximação às demandas reais para o estreitamento horizontalizado entre os saberes acadêmico, profissional e popular, articulados através da sistematização da teoria a experiências na práxis, com compromissos solidários entre os envolvidos. Pretende-se apontar para técnicas alternativas aos sistemas de industrialização pesada, de manufatura em direção à seriação, para constituir um rol de elementos “ao alcance da mão”, compreendendo sua concepção, fabricação e montagem, bem como trocas e comércio trivial, como contribuição para boas práticas no canteiro. Estas técnicas pressupõem ações colaborativas autônomas em relação ao capital hegemônico, com possível desdobramento na cadeia produtiva, articulando a academia e a ação do arquiteto às demandas sociais.