Amor desinteressado - considerações da II série do livro as obras do amor

• Autor(a) principal: Santos, Lucas Rodrigues dos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
• Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/17262
• topic: Amor; Saber; Fé; Desconfiado; Amoroso; Edificar; Desinteressado; Love; Know; Faith; Suspicious; Loving; Build; Uninterested

O amor desinteressado, a partir das “Obras do Amor”, será uma resposta de como identificar ou melhor dizendo, descrever exatamente o que é o amor: o filósofo dinamarquês Soren Aabye Kierkegaard procura expor sobre amor, a partir de suas obras. O Amor desinteressado é aquele que edifica, e quando pensamos nesta palavra edificar, requer muito cuidado, assim é refletido pelo pensador. Edificar é construir a partir das fundações, mas não simplesmente construir como uma construção civil, mas sim do interior, na profundidade. Para melhor explanar sobre o filósofo recorre a carta de Paulo a Coríntios (1Cor 13) para explicar as “determinações precisas sobre como o amor se comporta ao edificar”; Paulo apóstolo expõe um “amor que é paciente”, “amor que tudo suporta”, que não guarda “rancor”, que “não busca seu próprio interesse”, que “não se alegra com a injustiça”, de um “amor que tolera tudo”, que “espera tudo” e que “não se infla, ele não usa de precipitação, ele não se irrita”. Como alguém que não tem interesse algum, por mais difícil que aparenta ser, existe, é o amor, e assim ele é edificante, mas edificar não é simplesmente construir, já que qualquer um pode construir, a “edificação é exclusivamente do amor”. O filósofo também entra no tema do ateísmo, como aquele que não crê, aquele que não crê em absolutamente em nada, se torna limitado, e querendo ou não, acaba acreditando no mal e por consequência se tendência ao mal, “pois o bem é objeto da fé”. Kierkegaard fala do desconfiado, que é o oposto do amoroso, que não possui o equilíbrio do saber, e que mancha o saber, e por não crer se torna mal, por não crendo, acaba crendo que tudo é mau, se aproximando da inveja, da corrupção, da malícia, consequências do mal.