Alexitimia e sintomas psicopatológicos em pacientes com insuficiência renal crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pregnolatto, Ana Paula Ferrari
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional PUC-Campinas
Texto Completo: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/15793
Resumo: A insuficiência renal crônica (IRC) é a uma doença de instalação lenta, gradativa e irreversível das funções renais, levando o indivíduo a ter alterações físicas e emocionais. Estudos sobre os aspectos emocionais de pacientes em hemodiálise enfatizam que estes compõem um grupo especial entre os portadores de doença crônica, pois o tratamento, e a dependência dos equipamentos utilizados assume grande importância na vida da pessoa. Assim, estes aspectos podem acentuar características especiais na sua afetividade e no seu comportamento, salientando que a própria uremia pode produzir sintomas depressivos. Dentre as alterações e patologias relacionadas às emoções destaca-se a alexitimia, que designa a dificuldade de expressar afetos ou emoções. Considera-se que a alexitimia e os sintomas psicopatológicos podem influenciar no diagnóstico, no prognóstico e na forma de reação do sujeito à modalidade de tratar a insuficiência renal. Desta maneira a avaliação e identificação destes aspectos possibilitam uma melhor compreensão destes visando um tratamento psicológico mais adequado a esta população e um trabalho de prevenção e promoção da saúde mental com estes pacientes e também com a equipe. Para este estudo a amostra é composta de 48 pacientes em hemodiálise de um hospital escola no interior de São Paulo. Esta foi estratificada em função da doença renal apresentada. Os materiais utilizados foram ficha de Identificação, a Escala de Alexitimia de Toronto (TAS) e a Escala de Avaliação de Sintomas (EAS-40). Amostra ficou distribuída com um predomínio de: pacientes do sexo masculino (60,4%), casados (50%), na faixa etária entre 40 e 59 anos de idade (58,3%), com ensino básico (50%), aposentados ou afastados do trabalho (47,9%). Quanto ao diagnóstico, 41,6% têm hipertensão arterial sangüínea, 31,3% diabetes mellitus e 27,1%, glomerunefrite crônica. Quanto à alexitimia, observou-se que 52% dos participantes apresentaram pontuação igual ou maior que 74 e que 4,2% obtiveram escore igual ou inferior a 62. E, 43,8% dos sujeitos encontram-se na faixa de 63 a 73 pontos. Já a média geral da amostra foi 74 e DP 7,52. Verificou-se que pacientes submetidos a hemodiálise apresentam altos escores na TAS, independentemente do sexo, nível de escolaridade, estado civil, atividade profissional, idade e hipótese diagnóstica e que não houve diferenças significantes entre estas variáveis.Em relação aos sintomas psicopatológicos a pontuação média foi de 0,63 e DP 0,37 e também não houve diferenças significantes nas categorias segundo as variáveis sócio-demográficas. Em relação à associação entre alexitimia e sintomas psicopatológicos averiguou-se correlação significantes entre os escores totais da TAS e EAS_40 e entre o escore total da TAS e os fatores 1, 2 e 3 da EAS-40, que correspondem a expectativa teórica. Logo, os resultados deste trabalho confirmam que para esta população a alexitimia se associa com os sintomas psicopatológico e a necessidade de futuras pesquisas para conhecermos como estes aspectos se comportam em outras populações.
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Dentre as alterações e patologias relacionadas às emoções destaca-se a alexitimia, que designa a dificuldade de expressar afetos ou emoções. Considera-se que a alexitimia e os sintomas psicopatológicos podem influenciar no diagnóstico, no prognóstico e na forma de reação do sujeito à modalidade de tratar a insuficiência renal. Desta maneira a avaliação e identificação destes aspectos possibilitam uma melhor compreensão destes visando um tratamento psicológico mais adequado a esta população e um trabalho de prevenção e promoção da saúde mental com estes pacientes e também com a equipe. Para este estudo a amostra é composta de 48 pacientes em hemodiálise de um hospital escola no interior de São Paulo. Esta foi estratificada em função da doença renal apresentada. Os materiais utilizados foram ficha de Identificação, a Escala de Alexitimia de Toronto (TAS) e a Escala de Avaliação de Sintomas (EAS-40). Amostra ficou distribuída com um predomínio de: pacientes do sexo masculino (60,4%), casados (50%), na faixa etária entre 40 e 59 anos de idade (58,3%), com ensino básico (50%), aposentados ou afastados do trabalho (47,9%). Quanto ao diagnóstico, 41,6% têm hipertensão arterial sangüínea, 31,3% diabetes mellitus e 27,1%, glomerunefrite crônica. Quanto à alexitimia, observou-se que 52% dos participantes apresentaram pontuação igual ou maior que 74 e que 4,2% obtiveram escore igual ou inferior a 62. E, 43,8% dos sujeitos encontram-se na faixa de 63 a 73 pontos. Já a média geral da amostra foi 74 e DP 7,52. Verificou-se que pacientes submetidos a hemodiálise apresentam altos escores na TAS, independentemente do sexo, nível de escolaridade, estado civil, atividade profissional, idade e hipótese diagnóstica e que não houve diferenças significantes entre estas variáveis.Em relação aos sintomas psicopatológicos a pontuação média foi de 0,63 e DP 0,37 e também não houve diferenças significantes nas categorias segundo as variáveis sócio-demográficas. Em relação à associação entre alexitimia e sintomas psicopatológicos averiguou-se correlação significantes entre os escores totais da TAS e EAS_40 e entre o escore total da TAS e os fatores 1, 2 e 3 da EAS-40, que correspondem a expectativa teórica. Logo, os resultados deste trabalho confirmam que para esta população a alexitimia se associa com os sintomas psicopatológico e a necessidade de futuras pesquisas para conhecermos como estes aspectos se comportam em outras populações.The chronic renal failure is a disease that evolves slowly, gradually and irreversibly causing physical and emotional damage. Studies on the emotional aspects of patients undergoing hemodialysis procedures emphasize that they are a special group among chronic disease patients, because the procedure itself and the individual s dependence on the equipment involved assume great importance on the individual s life. These stressful aspects can, therefore, cause special effects on the emotions and behavior of these patients, overloading the depressive symptoms caused by uremia itself. Among the pathologies and conditions related to emotions, alexithymia stands out. The term been applied to an individual s difficulty to express emotions and affection. Alexithymia and its psychopathological symptoms are considered to have influence on diagnosis, prognosis, and the way a patient can cope with the different forms of treating renal failure. That being so, the evaluation and identification of these aspects can provide a better understanding of them in order to identify and offer to these patients more adequate psychological treatment and a program of prevention and mental health involving patients and the health team. For this study the sample include 48 patients who have been receiving hemodialysis at the hospital of the University School of Medicine in the state of São Paulo, Brazil. The sample was stratified according to the type of renal disease presented. The tools used were Identification Form, The Toronto Alexithyimia Scale (TAS) and the Symptoms Evaluation Scale (EAS-40). The sample was distributed like the following: men (60,4%); age between 40 and 59 years of age (58,3%); basic education (50%); retired or on sick leave (47,9%). High blood pressure (41,6%); diabetes mellitus (31,3%); chronic glomerule nephritis (27,1%). Regarding alexithymia 52% of the patients presented scores equal or superior to 74, and 4,2% presented scores equal or inferior to 62. 43,8% of the subjects are on the range between 63 and 73 points. The average score of the sample was 74 and DP 7,52. The results show that patients undergoing hemodialysis present high scores on TAS, regardless of sex, level of education, marital status, occupation, age or diagnosis, and the differences between these variables were not significant. Concerning the psychopathological symptoms, the average score was 0,63 and DP 0,37 , and there were no significant differences between the social and demographic variables. Regarding the association between alexithymia and psychopathological symptoms the results show significant relation between the total scores of TAS and EAS-40; and also between the total score of TAS and Factors 1, 2 and 3 of EAS-40, which fulfill the theoretical expectations. Although further research is needs to identify how these aspects believe in other groups, our finding confirm that alexithymia is related to psychopathological symptoms.PUC-CampinasYoshida, Elisa Medici PizaoPontifícia Universidade Católica de CampinasPregnolatto, Ana Paula Ferrari2022-02-16T18:56:27Z2022-02-16T18:56:27Z2005-02-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/157935831483914298584porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2022-09-02T14:36:13Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/15793Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2022-09-02T14:36:13Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false
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