Percepção do estigma e transtornos psiquiátricos em pacientes com diagnóstico de epilepsia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional PUC-Campinas |
Texto Completo: | http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16328 |
Resumo: | Introdução: O diagnóstico de epilepsia afeta a vida do paciente de maneira muito ampla. O tratamento medicamentoso e acompanhamento ambulatorial são fundamentais. O caráter imprevisível da crise epiléptica pode gerar estigma e trazer inúmeras consequências sociais e psicológicas. Essas consequências são consideradas muitas vezes mais difíceis de enfrentar do que a própria doença. O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre a percepção do estigma com a depressão, ansiedade e outros aspectos psicológicos em pacientes com epilepsia focal provavelmente sintomática (EFPS) e em pacientes com epilepsia de lobo temporal e esclerose do hipocampo (ELT-EH), e se há aspectos distintos entre eles. Casuística e procedimentos: Foram avaliados 71 sujeitos (idade média de 42,7 anos) atendidos no ambulatório de Neurologia Clínica do Hospital e Maternidade Celso Pierro (PUC – Campinas) de ambos os gêneros, com idades entre 18 e 59 anos, 29 com epilepsia focal provavelmente sintomática (EFPS) e 42 com epilepsia de lobo temporal e esclerose do hipocampo (ELT-EH). Foram avaliados aspectos sociodemográficos, aspectos clínicos e psicológicos relacionados à epilepsia e aplicaram-se as Escala de Estigma em Epilepsia (EEE), Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) e Escala de Avaliação de Sintomas-40 (EAS-40). Foram analisados os resultados das escalas e relacionados com os aspectos clínicos e psicológicos, e comparadas as diferenças entre os grupos. Foram utilizados testes estatísticos com nível de significância p< 0,05. Resultados: o escore médio na EEE foi 42,32 (±14,35). Os resultados apontaram que na comparação entre os grupos, o ELT-EH tem maior idade e menor escolaridade. Houve correlação positiva significativa entre a EEE e todos os fatores avaliados pelas escalas EAS-40 e EFN, nas dimensões psicoticismo, obsessividade-compulsividade, somatização, ansiedade da EAS-40; vulnerabilidade social, desajustamento psicossocial, ansiedade e depressão da EFN, na amostra geral, mas sem diferença significativa entre os grupos. Conclusões: O estigma está fortemente relacionado aos aspectos psicológicos avaliados nos pacientes com EFPS e ELT-EH. Há correlações significativas nas escalas EAS e EFN nos grupos, o que sugere que o diagnóstico da epilepsia traz inúmeras consequências emocionais e psicológicas, independente da etiologia da síndrome ou do curso da doença. Todas as vivências desses sujeitos têm papel fundamental para definir comportamentos e reações emocionais. O diagnóstico de epilepsia e suas consequências para a vida do sujeito são independentes da etiologia da doença e a atenção aos aspectos psicossociais são tão importantes quanto o controle da doença. |
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Percepção do estigma e transtornos psiquiátricos em pacientes com diagnóstico de epilepsiaPerception of stigma and psychiatric disorders in patients diagnosed with epilepsyestigmaepilepsiatranstornos psiquiátricosaspectos psicológicosIntrodução: O diagnóstico de epilepsia afeta a vida do paciente de maneira muito ampla. O tratamento medicamentoso e acompanhamento ambulatorial são fundamentais. O caráter imprevisível da crise epiléptica pode gerar estigma e trazer inúmeras consequências sociais e psicológicas. Essas consequências são consideradas muitas vezes mais difíceis de enfrentar do que a própria doença. O objetivo desse trabalho foi avaliar a relação entre a percepção do estigma com a depressão, ansiedade e outros aspectos psicológicos em pacientes com epilepsia focal provavelmente sintomática (EFPS) e em pacientes com epilepsia de lobo temporal e esclerose do hipocampo (ELT-EH), e se há aspectos distintos entre eles. Casuística e procedimentos: Foram avaliados 71 sujeitos (idade média de 42,7 anos) atendidos no ambulatório de Neurologia Clínica do Hospital e Maternidade Celso Pierro (PUC – Campinas) de ambos os gêneros, com idades entre 18 e 59 anos, 29 com epilepsia focal provavelmente sintomática (EFPS) e 42 com epilepsia de lobo temporal e esclerose do hipocampo (ELT-EH). Foram avaliados aspectos sociodemográficos, aspectos clínicos e psicológicos relacionados à epilepsia e aplicaram-se as Escala de Estigma em Epilepsia (EEE), Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) e Escala de Avaliação de Sintomas-40 (EAS-40). Foram analisados os resultados das escalas e relacionados com os aspectos clínicos e psicológicos, e comparadas as diferenças entre os grupos. Foram utilizados testes estatísticos com nível de significância p< 0,05. Resultados: o escore médio na EEE foi 42,32 (±14,35). Os resultados apontaram que na comparação entre os grupos, o ELT-EH tem maior idade e menor escolaridade. Houve correlação positiva significativa entre a EEE e todos os fatores avaliados pelas escalas EAS-40 e EFN, nas dimensões psicoticismo, obsessividade-compulsividade, somatização, ansiedade da EAS-40; vulnerabilidade social, desajustamento psicossocial, ansiedade e depressão da EFN, na amostra geral, mas sem diferença significativa entre os grupos. Conclusões: O estigma está fortemente relacionado aos aspectos psicológicos avaliados nos pacientes com EFPS e ELT-EH. Há correlações significativas nas escalas EAS e EFN nos grupos, o que sugere que o diagnóstico da epilepsia traz inúmeras consequências emocionais e psicológicas, independente da etiologia da síndrome ou do curso da doença. Todas as vivências desses sujeitos têm papel fundamental para definir comportamentos e reações emocionais. O diagnóstico de epilepsia e suas consequências para a vida do sujeito são independentes da etiologia da doença e a atenção aos aspectos psicossociais são tão importantes quanto o controle da doença.Introduction: The diagnosis of epilepsy affects the patient's life very broadly. Drug treatment and outpatient follow-up are essential. The unpredictable nature of the epileptic crisis can generate stigma and bring numerous social and psychological consequences. These consequences are often considered more difficult to deal with than the disease itself. The objective of this study was to evaluate the relationship between the perception of stigma and depression, anxiety and other psychological aspects in patients with probably symptomatic focal epilepsy (PSFE) and in patients with temporal lobe epilepsy and hippocampal sclerosis (TLE-HS), and whether there are distinct aspects between them. Casuistry and procedures: 71 subjects (mean age 42.7 years) treated at the Clinical Neurology outpatient clinic of the Celso Pierro Maternity Hospital (PUC - Campinas) of both genders, aged between 18 and 59 years, 29 with probably symptomatic focal epilepsy (PSFE) and 42 with temporal lobe epilepsy and hippocampal sclerosis (TLE-HS). Socio-demographic, clinical and psychological aspects related to epilepsy were evaluated and the Stigma Scale in Epilepsy (EEE), Factorial Neuroticism Scale (EFN) and Symptom Assessment Scale-40 (EAS-40) were applied. The results of the scales were analyzed and related to the clinical and psychological aspects, and the differences between the groups were compared. Statistical tests with significance level p <0.05 were used. Results: the mean EEE score was 42.32 (± 14.35). The results showed that in the comparison between groups, the TLE-HS has older age and lower schooling. There was a significant positive correlation between EEE and all factors evaluated by the EAS-40 and EFN scales, in the dimensions of psychoticism, compulsive obsessiveness, somatization, anxiety of EAS-40; Social vulnerability, psychosocial maladjustment, anxiety and depression of the EFN, in the general sample, but without significant difference between the groups. Conclusion: Stigma is strongly related to the psychological aspects evaluated in patients with PSFE and TLE-HS. There are significant correlations in the EAS and EFN scales in the groups, which suggest that the diagnosis of epilepsy brings many emotional and psychological consequences, regardless of the etiology of the syndrome or the course of the disease. All the experiences of these subjects play a fundamental role in defining behavior and emotional reactions. The diagnosis of epilepsy and its consequences for the life of the subject are independent of the etiology of the disease and attention to psychosocial aspects are as important as the control of the disease.PUC-CampinasTedrus, Gloria Maria Almeida SouzaPontifícia Universidade Católica de CampinasZoppi, Mariana2022-02-18T15:52:42Z2022-02-18T15:52:42Z2016-12-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/163288845828406228351porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional PUC-Campinasinstname:Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)instacron:PUC_CAMP2022-10-17T18:10:34Zoai:repositorio.sis.puc-campinas.edu.br:123456789/16328Repositório InstitucionalPRIhttps://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/oai/requestsbi.bibliotecadigital@puc-campinas.edu.bropendoar:2022-10-17T18:10:34Repositório Institucional PUC-Campinas - Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-CAMPINAS)false |
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