GÊNESE DO SALTÉRIO – PARA QUE UM LIVRO DOS SALMOS?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GERSTEBBERGER, ERHARD S.
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Caminhos (Goiânia. Online)
Texto Completo: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/caminhos/article/view/1287
Resumo: Hoje em dia a interpreção integral da Bíblia tem muitos adeptos. Neste contexto se defende também o conceito de um Saltério unido putativamente composto para a leitura contínua e a meditação popular. O escrutínio dos textos relevantes, no entanto, sugere uma hipótese bem diferente: os salmos sempre e até hoje normalmente foram usados individualmente em diferentes contextos cerimoniais. Rituais de cura, celebrações de vitória, das colheitas, de casamento, a etiqueta das cortes reais, a instrução nas comunidades judáicas emergentes produziam regras e textos oportunos. Eram especialistas como curandeiros, cantores, liturgistas, sacerdotes, levitas que criaram e guardaram tais textos, também colecionando-os em forma escrita. Nomes come Asaf, Etã, Coré nas superscrições dos salmos ainda lembram este tipo de salmistas velhos. Quando Israel se tornou uma nova comunhão daqueles que confessaram a sua fé em Javé (época pós-exílica) surgiu a necessidade de colecionar e preservar em escrito não só a tradição orientadora da Torah, mas também os textos referentes aos rituais diários e solenes. Os líderes cuidavam do tesouro de preces, canções, meditações e recitavam-as em contextos oportunos. A leitura popular se desenvolvia muito mais tarde com a criação de escolas gerais e de uma cultura literária comum.
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