PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C E COINFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA EM DETENTOS DO COMPLEXO PRISIONAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) |
Texto Completo: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/2972 |
Resumo: | Durante anos a hepatite C foi conhecida sob a designação de hepatite não-A e não- B. Somente após sua identificação em 1989 tornou-se evidente que um considerável número de pessoas estavam infectadas pelo HCV. A transmissão ocorre principalmente pela via sexual e pelo uso de drogas injetáveis. Dentro da mesma visão epidemiológica o HIV e o HCV apresentam-se hoje como um importante problema mundial de saúde pública. A coinfecção pelos vírus HCV e HIV, tende a agravar o quadro clínico do infectado. O HCV dificulta a reconstituição do sistema imunitário, eleva o risco de hepatotoxicidade e diminui o tempo para o aparecimento da AIDS e morte. O objetivo principal deste estudo foi identificar a prevalência da infecção pelo Vírus da Hepatite C e coinfecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana na população de detentos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, apontar os comportamentos de riscos e os fatores associados às infecções. Estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa. Os detentos participantes foram submetidos à punção venosa para obtenção de amostras de soro e plasma, as quais foram submetidas a testes laboratoriais para a pesquisa do marcador sorológico anti-HCV, sendo os testes reagentes, submetidos à pesquisa do anti-HIV. O complexo prisional apresenta uma população total de 3250 indivíduos privados de liberdade. Destes, 1157 indivíduos aceitaram participar da pesquisa, sendo, 1015 do sexo masculino e 142 do sexo feminino. Utilizaram-se os testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher (ambos com nível de significância estatística de 5%) e a razão de prevalência com intervalo de confiança de 95%. Foram identificados 51 indivíduos detentos sororreagentes para o anti-HCV, sendo 44 homens e 7 mulheres, o que correspondeu a 4,4% quando comparado com a população total de participantes. Destes 51 indivíduos, 3 apresentavam como comorbidade o HIV, o que correspondeu a 5,9% de coinfecção HCV/HIV. Os resultados indicam que a condição de marginalização, o baixo nível socioeconômico dos detentos, a superpopulação das prisões e a precária condição de saúde contribuem para a disseminação de doenças nas prisões, sendo necessária a implantação de programas de saúde contínuos a fim de possibilitar medidas de controle e prevenção dessas infecções no ambiente prisional. |
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