AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE TALASSEMIA ALFA EM UMA POPULAÇÃO COM ANEMIA MICROCÍTICA E HIPOCRÔMICA.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mesquita, Mauro Meira de
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3120
Resumo: As anemias hereditárias são as mais comuns das doenças determinadas geneticamente e são freqüentes na população brasileira (WHO, 1982). A razão para isso se deve ao processo de miscigenação ocorrido desde o inicio do povoamento e colonização do Brasil, e consequentemente da dispersão dos genes anormais que determinam doenças como as hemoglobinopatias (Naoum, 1997b). A talassemia alfa é uma doença hereditária resultante da síntese deficiente de cadeias alfa, provocando um excesso relativo de cadeias beta, que formam tetrâmeros identificados como hemoglobina H (Bonini-Domingos et al, 2003). Apesar das formas graves das talassemias serem diagnosticadas facilmente, as formas com pequena deleção gênica podem ser interpretadas e tratadas como anemia ferropríva. As talassemias não respondem ao tratamento medicamentoso por sua etiologia ser de origem genética (Cunningham & Rising, 1977). Por meio de resultados de testes laboratoriais obtidos, avaliamos indivíduos que apresentaram hematimetria compatível com anemia microcítica e hipocrômica, no intuito de demonstrar que esta situação pode ter variadas causas. Foram avaliadas 201 amostras de pacientes entre 1 e 65 anos, sendo 141 do sexo feminino e 60 do sexo masculino. Os testes laboratoriais aplicados foram: eletroforese de hemoglobina ácida e alcalina; teste de resistência osmótica à solução salina 0,36%; pesquisa intraeritrocitária de hemoglobina H; teste de falcização das hemácias e cromatografia líquida de alta performance (HPLC). Os resultados mostraram que 145 indivíduos (72%), apresentaram perfil hemoglobínico normal, enquanto 56 indivíduos (27,9%) apresentaram algum tipo de hemoglobina anormal. Destes, 27 indivíduos (13,4%) são compatíveis com talassemia alfa, 9 (4,5%) com talassemia beta, 13 (6,5%) positivos para traço falciforme, 6 pacientes (3%) com descrição de hemoglobinopatia C e apenas 1 apresentou interação entre talassemia alfa e heterozigose para falcemia. As hemoglobinopatias são alterações genéticas com ampla distribuição mundial, e a Organização Mundial de Saúde, desde 1982, alerta para a mobilização dos setores de saúde na detecção de formas mais graves dos indivíduos com anemia hereditária. Também é recomendado o levantamento populacional da prevalência das hemoglobinopatias para identificar portadores, na intenção de esclarecer e conscientizá-los (WHO, 1982). O resultado destas ações implica na melhoria da qualidade de vida dos afetados e também lhes dá subsídios para decidir a respeito de sua prole, evitando problemas de saúde a seus descendentes. (Naoum, 1987b). Com isso fica evidente que as anemias hereditárias são um problema para a saúde pública, e o aconselhamento genético desta população deve ser feito de maneira responsável e por pessoas preparadas, para que o efeito destes trabalhos traga melhoria na vida dos portadores e de suas famílias.
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As talassemias não respondem ao tratamento medicamentoso por sua etiologia ser de origem genética (Cunningham & Rising, 1977). Por meio de resultados de testes laboratoriais obtidos, avaliamos indivíduos que apresentaram hematimetria compatível com anemia microcítica e hipocrômica, no intuito de demonstrar que esta situação pode ter variadas causas. Foram avaliadas 201 amostras de pacientes entre 1 e 65 anos, sendo 141 do sexo feminino e 60 do sexo masculino. Os testes laboratoriais aplicados foram: eletroforese de hemoglobina ácida e alcalina; teste de resistência osmótica à solução salina 0,36%; pesquisa intraeritrocitária de hemoglobina H; teste de falcização das hemácias e cromatografia líquida de alta performance (HPLC). Os resultados mostraram que 145 indivíduos (72%), apresentaram perfil hemoglobínico normal, enquanto 56 indivíduos (27,9%) apresentaram algum tipo de hemoglobina anormal. Destes, 27 indivíduos (13,4%) são compatíveis com talassemia alfa, 9 (4,5%) com talassemia beta, 13 (6,5%) positivos para traço falciforme, 6 pacientes (3%) com descrição de hemoglobinopatia C e apenas 1 apresentou interação entre talassemia alfa e heterozigose para falcemia. As hemoglobinopatias são alterações genéticas com ampla distribuição mundial, e a Organização Mundial de Saúde, desde 1982, alerta para a mobilização dos setores de saúde na detecção de formas mais graves dos indivíduos com anemia hereditária. Também é recomendado o levantamento populacional da prevalência das hemoglobinopatias para identificar portadores, na intenção de esclarecer e conscientizá-los (WHO, 1982). O resultado destas ações implica na melhoria da qualidade de vida dos afetados e também lhes dá subsídios para decidir a respeito de sua prole, evitando problemas de saúde a seus descendentes. (Naoum, 1987b). Com isso fica evidente que as anemias hereditárias são um problema para a saúde pública, e o aconselhamento genético desta população deve ser feito de maneira responsável e por pessoas preparadas, para que o efeito destes trabalhos traga melhoria na vida dos portadores e de suas famílias.Among genetically determined diseases, hereditary anemias are the most common, and are frequent among the Brazilian population (WHO, 1982). This is because of the mixing of races that occurred since the begining of the Brazilian set up, disseminating genes that determine hemoglobin disorders (Naoum, 1997b). Alphathalassemia is a hereditary disease due to the deficient synthesis of the alpha chains, causing an excess of beta chains, which then form tetramers known as hemoglobin H (Bonini-Domingos et al, 2003). Major thalassemias can be ruled out easily, however minor thalassemias can be easily confused with anemia due to iron deficiency. Minor thalassemias do not respond to iron supplements because their cause is genetic (Cunningham & Rising, 1977). We have evaluated individuals with hypocromic microcytic anemia by using specific lab tests, in order to identify the possible hemoglobin disorders associated. We have evaluated 201 samples from 141 female and 60 male individuals, ranging from 1 to 65 years of age. We have applied the following lab tests: acid and alkaline hemoglobin electrophoresis, serum protein electrophoresis, osmotic resistance test to 0,36% saline, detection of hemoglobin H, sickling cell test and High Performance Liquid Chromatography (HPLC). Our results showed that 145 individuals (72%) had normal hemoglobin profile, while 56 individuals (27,9%) showed some hemoglobin abnormality. Twenty-seven out of 56 individuals (13,4%) showed alpha-thalassemia, 9 (4,5%) showed beta-thalassemia, 13 (6,6%) had sickle cell trait, 6 (3%) had hemoglobin C and only 1 had mixed features combining alpha-thalassemia and sickle cell trait. Hemoglobin diseases are of genetic causes and are universally distributed, and the World Health Organization (WHO), since 1982, is calling the attention so that the detection of the major forms of these diseases are diagnosed and treated. It is also recommended a demographic survey in order to determine the prevalence of hemoglobin disorders to identify sick individuals, as well as is to illustrate them about their problem (WHO, 1982). The results of these actions implicate in better quality of life and also provide enough knowledge so that individuals harboring hemoglobin disorders may plan their lives and avoid transmitting their phenotypes to their descendants (Naoum, 1987b). Therefore it becomes clear that hereditary anemias are a problem to public health and the genetic counseling must be done responsibly and by trained professionals to ensure that the final goal of a better quality of life to the patients and their relatives will be achieved.Pontifícia Universidade Católica de GoiásCiências da SaúdeBRPUC GoiásCiências Ambientais e SaúdeJendiroba, David Barquetihttp://lattes.cnpq.br/1524965870553945Ayres, Flávio Monteirohttp://lattes.cnpq.br/1264753154131795Bataus, Luiz Artur Mendeshttp://lattes.cnpq.br/5637230378599476Mesquita, Mauro Meira de2016-08-10T10:55:52Z2015-01-272006-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfMESQUITA, Mauro Meira de. AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE TALASSEMIA ALFA EM UMA POPULAÇÃO COM ANEMIA MICROCÍTICA E HIPOCRÔMICA.. 2006. 71 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2006.http://localhost:8080/tede/handle/tede/3120porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)instacron:PUC_GO2024-03-11T21:19:50Zoai:ambar:tede/3120Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede2.pucgoias.edu.br:8080/http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/oai/requesttede@pucgoias.edu.br||tede@pucgoias.edu.bropendoar:65932024-03-11T21:19:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)false
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