DIVERSIDADE GENÉTICA E CONSERVAÇÃO DE Tabebuia aurea (SILVA MANSO) BENTH & HOOK. F. EX S. MOORE (BIGNONIACEAE), UMA ESPÉCIE ARBÓREA DO CERRADO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Fernanda Fraga
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS (TEDE-PUC Goiás)
Texto Completo: http://localhost:8080/tede/handle/tede/2346
Resumo: Tabebuia aurea é uma espécie arbórea de ampla distribuição no Cerrado que está sujeita aos efeitos deletérios da fragmentação deste bioma. Neste trabalho, foram estudadas 237 amostras de 12 populações de Tabebuia aurea com base na variação de 11 locos microssatélites, com o objetivo de analisar a diversidade e estrutura genética e testar as causas da diferenciação das populações. Tabebuia aurea possui alta diversidade genética em todas as populações com 379 alelos encontrados, uma média de 34,4 alelos por loco, as populações apresentaram uma média geral de 11,89 alelos revelando um elevado conteúdo informativo associado aos marcadores microssatélites. Os valores médios de heterozigosidade esperada (He) e observada (Ho) encontrados para os locos foram de 0,894 e 0,692 respectivamente. O coeficiente de endogamia dentro das populações variou de 0,075 em AGE a 0,337 em PAN, todos os valores são significativos, P < 0,00038 com intervalo de confiança de 95%, indicando que as frequências alélicas não estão seguindo as proporções esperadas para o equilíbrio de Hardy-Weinberg, ou seja, que está ocorrendo o acasalamento entre indivíduos aparentados. A população da Estação Ecológica de Águas Emendadas (AGE), em área de preservação permanente, apresentou a maior diversidade genética. As outras populações em áreas de preservação permanente, Parque Nacional das Emas (PNE) e APA do Rio Pandeiros (PAN), não apresentaram maior diversidade genética que as demais áreas em fragmentos de matriz agrícola. Entretanto, o coeficiente de endogamia foi maior nas áreas mais afetadas por distúrbios antrópicos quando comparado à área de conservação. A diferenciação entre populações é baixa, porém significativa ( q = 0,061; P = 0,0005), (F = 0,264, P = 0,0005) (f = 0,216; P = 0,0005). Os valores de q foram inferiores aos valore de RST, indicando que os alelos são mais propensos a serem idênticos por estado que por descendência. O modelo de isolamento genético por distância foi testado, correlacionando a matriz de distância genética com a matriz de distância geográfica e se mostrou ineficiente para a divergência encontrada entre as populações. Os acasalamentos não aleatórios dentro e entre as populações, o padrão de distribuição de T. aurea em grupos e a polinização a curta distância, provavelmente são os fatores responsáveis pela estrutura genética em T. aurea.
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Os valores médios de heterozigosidade esperada (He) e observada (Ho) encontrados para os locos foram de 0,894 e 0,692 respectivamente. O coeficiente de endogamia dentro das populações variou de 0,075 em AGE a 0,337 em PAN, todos os valores são significativos, P < 0,00038 com intervalo de confiança de 95%, indicando que as frequências alélicas não estão seguindo as proporções esperadas para o equilíbrio de Hardy-Weinberg, ou seja, que está ocorrendo o acasalamento entre indivíduos aparentados. A população da Estação Ecológica de Águas Emendadas (AGE), em área de preservação permanente, apresentou a maior diversidade genética. As outras populações em áreas de preservação permanente, Parque Nacional das Emas (PNE) e APA do Rio Pandeiros (PAN), não apresentaram maior diversidade genética que as demais áreas em fragmentos de matriz agrícola. Entretanto, o coeficiente de endogamia foi maior nas áreas mais afetadas por distúrbios antrópicos quando comparado à área de conservação. A diferenciação entre populações é baixa, porém significativa ( q = 0,061; P = 0,0005), (F = 0,264, P = 0,0005) (f = 0,216; P = 0,0005). Os valores de q foram inferiores aos valore de RST, indicando que os alelos são mais propensos a serem idênticos por estado que por descendência. O modelo de isolamento genético por distância foi testado, correlacionando a matriz de distância genética com a matriz de distância geográfica e se mostrou ineficiente para a divergência encontrada entre as populações. Os acasalamentos não aleatórios dentro e entre as populações, o padrão de distribuição de T. aurea em grupos e a polinização a curta distância, provavelmente são os fatores responsáveis pela estrutura genética em T. aurea.Tabebuia aurea is a tree widely distributed in the Cerrado and that is subject to the deleterious effects of fragmentation of this biome. In this work, were studied 237 samples from 12 populations of Tabebuia aurea based on the variation of 11 microsatellite loci, in order to analyze the genetic diversity and structure and test the causes of differentiation of populations. Tabebuia aurea has high genetic diversity in all populations with 379 alleles found an average of 34.4 alleles per locus, the population had an overall average of 11.89 alleles revealing a high information content associated with microsatellite markers. The average values of expected heterozygosity (He) and observed (Ho) found for the loci were 0.894 and 0.692 respectively. The inbreeding coefficient within populations ranged from 0.075 to 0.337 at the EGM in PAN, all figures are significant, P <0.00038 with a confidence interval of 95%, indicating that the allele frequencies are not following the expected proportions for balance Hardy- Weinberg equilibrium, namely, what is occurring mating between related individuals. The population of the Ecological Station of Águas Emendadas (AGE), in permanent preservation area, showed the greatest genetic diversity. The other populations in areas of permanent preservation, Emas National Park (ENP) and the APA Rio Pandeiros (PAN), did not show greater genetic diversity than other areas in the agricultural matrix fragments. However, the inbreeding coefficient was higher in areas most affected by human disturbances when compared to the conservation area. The differentiation between populations is low, but significant (θ = 0.061, P = 0.0005), (F = 0.264, P = 0.0005) (f = 0.216, P = 0.0005). Θ values were lower than those of values RST, indicating that the alleles are more likely to be identical by descent by state. The pattern of genetic isolation by distance was tested by correlating the genetic distance matrix with the matrix of geographical distance and was inefficient for the discrepancy found between populations. The non-random mating tooth and between populations, the distribution pattern of T. aurea in groups and pollination at short distance, probably are the factors responsible for genetic structure in T. aurea.Pontifícia Universidade Católica de GoiásCiências HumanasBRPUC GoiásGenéticaVasconcellos, Breno de Faria ehttp://lattes.cnpq.br/6238990140908126Collevatti, Rosane Garciahttp://lattes.cnpq.br/9979596352166630Rodrigues, Flávia Melohttp://lattes.cnpq.br/9807251305319061Rosa, Fernanda Fraga2016-08-10T10:38:33Z2013-06-192011-08-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfROSA, Fernanda Fraga. DIVERSIDADE GENÉTICA E CONSERVAÇÃO DE Tabebuia aurea (SILVA MANSO) BENTH & HOOK. F. EX S. MOORE (BIGNONIACEAE), UMA ESPÉCIE ARBÓREA DO CERRADO. 2011. 59 f. 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