Simone de Beauvoir: Voyager dans la tourmente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | fra |
Título da fonte: | Sapere Aude (Belo Horizonte. Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/SapereAude/article/view/4547 |
Resumo: | La période 1940 à 1944 demeure trouble pour la France mais aussi pour Simone de Beauvoir qui se retrouve emprisonnée dans son pays après l’Exode honteuse, la défaite et l’occupation allemande. Il faudra véritablement attendre 1941, et la libération de Jean-Paul Sartre de son stalag, pour, qu’envers et contre tout, le Castor recommence vraiment à voyager dans son pays à genoux, et qu’elle tente de retrouver les souvenirs anciens et de dépasser sa situation de Française en liberté conditionnée. Cet article se propose de décrire, de commenter et d’analyser les voyages de Simone de Beauvoir pendant cette période ‘grise’ qui font bien souvent écho à son existence, et qui lui permettent d’échapper à Paris dont l’air devient de plus en plus irrespirable. Ses périples l’aident aussi à surmonter certains choix, dont certains tout à fait discutables. À la lecture de ses mémoires, de ses lettres et de la biographie de Deirdre Bair, nous apercevons une Simone de Beauvoir qui se débat au milieu d’une situation politique qu’elle vomit mais à laquelle elle doit s’accoutumer, de questionnements sur les notions de bonheur et de liberté et de problèmes personnels et professionnels. Ces voyages dans la tourmente offrent une image plus complexe – et parfois plus dérangeante – de celle qui deviendra le chantre de l’Existentialisme post 1945.O período entre 1940-1944 permanece conturbado na França, mas também para Simone de Beauvoir, que se encontra presa em seu país após o êxodo vergonhoso, a derrota e a ocupação alemã. Deve ela realmente esperar 1941 e a liberação de Jean-Paul Sartre de sua Stalag, para que, contra todas as probabilidades, Castor recomece verdadeiramente a viajar por seu país subjugado, e para que tente reencontrar as lembranças antigas e ultrapassar sua situação de francesa em liberdade condicional. Este artigo tem como objetivo descrever e analisar as viagens de Simone de Beauvoir durante esse período cinzento, viagens que muitas vezes ecoam a sua existência e lhe permitem escapar de Paris, cujo ar se torna cada vez mais irrespirável. Seus périplos ajudam-na também a ultrapassar algumas escolhas, dentre as quais algumas efetivamente questionáveis. Na leitura de suas memórias, de suas cartas e da biografia de Deirdre Bair, vemos uma Simone de Beauvoir que se debate em meio a uma situação política que repudia, mas à qual deve acostumar-se, a questionamentos sobre as noções de felicidade e de liberdade e a problemas pessoais e profissionais. Essas viagens em tempos de tormenta oferecem uma imagem mais complexa – e por vezes mais perturbadora – daquela que se tornará o bardo do Existencialismo após 1945. |
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