Mística e secularidade: impossível afinidade?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bingemer, Maria Clara Lucchetti
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Horizonte - Revista de Estudos de Teologia e Ciências da Religião
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/P.2175-5841.2014v12n35p851
Resumo: Na sociedade hoje se pode dizer que a verdadeira religião em seu sentido autêntico e preciso está desaparecendo.  Ou ao menos mudando de configuração. A secularidade ocupa os espaços antes destinados à religião. Neste exato contexto é que, a nosso ver, a mística emerge com redobrada e renovada importância, mas igualmente reconfigurada. Só o místico pode sobreviver na sociedade atual sem se tornar violento ou cínico. Só o místico pode conservar a integridade do seu ser, porque está em comunhão com toda a realidade. O termo "mística" indica uma relação direta com o mistério, como fonte primeira do ser, de todo o existente passado, presente e futuro, sem tempo e sem espaço, perceptível à interioridade, que contém toda a realidade na sua plenitude. Por isso é algo constitutivamente humano e não necessariamente ligado a uma instituição religiosa ou não. Neste texto procuraremos refletir sobre a desinstitucionalização e destradicionalização que marcam as experiências místicas de hoje, as quais se apresentam muitas vezes à margem ou fora de qualquer religião. 
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