Cidade e cidadela: a nação reimaginada em Janela de Sónia de Manuel Rui
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Scripta |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/17355 |
Resumo: | Janela de Sónia (2009), do escritor angolano Manuel Rui, narra a saga de uma família refugiada na guerra civil em Angola, lutando pela sobrevivência, enquanto vai construindo um verdadeiro império com os destroços de uma cidade. A medida em que a fazenda transforma-se de um espaço abandonado em uma empresa próspera, vemos desvelar-se, ao mesmo tempo, uma metonímia da reconstrução do país e uma metáfora da capital Luanda. Legitimado pela ação de nacionalização de bens praticada pelo governo pós-independência, o protagonista Samuel logra não só reconstruir a fazenda, senão também se transformar no grande provedor de bens escassos, contribuindo igualmente com a reconstrução da cidade da Caála. A imagem ambígua do personagem reflete a realidade do país no pós-independência, quando a transferência do poder das mãos dos colonos para a elite colonizada não significou a ruptura das estruturas de controle do capital e de dominação da população. Luanda representa a autonomia conquistada pelos revolucionários e o modelo de ordem e prosperidade em meio ao caos bélico, não obstante, sendo a instância legal primeira do país, atua também como uma ameaça à posse legítima da fazenda. O objetivo deste trabalho é analisar como se dá o processo de reconstrução do campo e da cidade no contexto bélico pós-independência, tendo em conta a tensão gerada entre esses dois espaços, e compreender como o autor logra construir, ao mesmo tempo, uma metonímia da reconstrução do país e uma metáfora da capital Luanda, no cenário ambientado no interior de Angola. |
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Cidade e cidadela: a nação reimaginada em Janela de Sónia de Manuel RuiLiteraturas Africanas de Língua Portuguesa. Literatura Angolana. Manuel Rui. Estudos Culturais. Medo.Janela de Sónia (2009), do escritor angolano Manuel Rui, narra a saga de uma família refugiada na guerra civil em Angola, lutando pela sobrevivência, enquanto vai construindo um verdadeiro império com os destroços de uma cidade. A medida em que a fazenda transforma-se de um espaço abandonado em uma empresa próspera, vemos desvelar-se, ao mesmo tempo, uma metonímia da reconstrução do país e uma metáfora da capital Luanda. Legitimado pela ação de nacionalização de bens praticada pelo governo pós-independência, o protagonista Samuel logra não só reconstruir a fazenda, senão também se transformar no grande provedor de bens escassos, contribuindo igualmente com a reconstrução da cidade da Caála. A imagem ambígua do personagem reflete a realidade do país no pós-independência, quando a transferência do poder das mãos dos colonos para a elite colonizada não significou a ruptura das estruturas de controle do capital e de dominação da população. Luanda representa a autonomia conquistada pelos revolucionários e o modelo de ordem e prosperidade em meio ao caos bélico, não obstante, sendo a instância legal primeira do país, atua também como uma ameaça à posse legítima da fazenda. O objetivo deste trabalho é analisar como se dá o processo de reconstrução do campo e da cidade no contexto bélico pós-independência, tendo em conta a tensão gerada entre esses dois espaços, e compreender como o autor logra construir, ao mesmo tempo, uma metonímia da reconstrução do país e uma metáfora da capital Luanda, no cenário ambientado no interior de Angola.PUC Minas2018-12-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/1735510.5752/P.2358-3428.2018v22n46p115-126Scripta; Vol 22 No 46 (2018): Scripta 46; 115-126Scripta; v. 22 n. 46 (2018): A cidade na Literatura; 115-1262358-34281516-4039reponame:Revista Scriptainstname:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)instacron:PUC_MINSporhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/17355/14089https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMaia, Ludmila Guimarães2021-02-03T05:07:49Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/17355Revistahttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/userhttp://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/oai||cespuc@pucminas.br2358-34281516-4039opendoar:2021-02-03T05:07:49Revista Scripta - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)false |
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