Os signos do afeto: subjetividade e formas de vida na obra Lavoura arcaica, de Raduan Nassar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Scripta |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/P.2358-3428.2012v16n31p85 |
Resumo: | Problematizaremos os signos de afeto no romance Lavoura arcaica e suas implicações na produção de uma "des-natureza" e de paradoxos. As passagens se darão do discurso litúrgico-moral até uma heterogeneidade que recusa o antigo pertencimento. No romance, razão, paixão e fé são representadas a todo instante nos diálogos da trama, servindo como justificativa dos discursos, sejam eles expressos pelo pai ou pelo filho. Raduan Nassar nos apresenta elementos da culpa, da lei, do castigo, do trágico, da morte e da alegria, todos eles, sob a forma de um fluxo narrativo descontínuo e visceral, onde as relações humanas são estabelecidas não só pelo dever, mas também por uma violência física e psíquica, onde o corpo "grita" muito mais alto que a racionalidade. O problema que cruzará o nosso texto será: que pode a criação literária enquanto obra de arte (criação estética) nos ensinar sobre as relações humanas? Escrever não estaria vinculado a uma "rachadura" do eu em lugar de sua recomposição? Que significa pensar ou dizer o mundo através da criação literária enquanto uma estética ou arte da escrita? Nesse caso, a literatura de Raduan Nassar constrói uma estética, seja pelo estilo da escrita, seja pelo ser de sensações que ela cria. |
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