Meu amigo não é mais secreto: uma análise das estratégias de legitimação do discurso feminista no Facebook
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Scripta |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/16833 |
Resumo: | Após séculos de apagamento das vozes femininas pela sociedade patriarcal brasileira, atualmente, as mulheres têm se apropriado do site de rede social digital Facebook para ecoarem suas falas com maior rapidez, facilidade e autonomia. A partir dessa utilização do Facebook, elas têm a chance de se autoexpressarem, realizarem trocas comunicativas e reflexões engajadas, que podem ser transformadoras de comportamentos e hábitos, principalmente machistas e misóginos. É nesse espaço comunicativo, altamente popular na atualidade e propício à atuação ciberativista, que analisamos discursivamente as denúncias de violência de gênero divulgadas durante a campanha “Meu Amigo Secreto”. A campanha foi um fenômeno, vindo a resultar em grande participação e repercussão na Internet, discussões reflexivas on-line e off-line e, principalmente, um aumento das denúncias policiais de violência. Durante as análises dos posts divulgados por mulheres que se apropriaram da hashtag #MeuAmigoSecreto, verificamos que elas utilizaram em seus relatos estratégias de legitimação para situarem e alicerçarem seu lugar de fala. Desde o emprego da ironia e do discurso de outrem, que pode garantir às enunciadoras a polidez no discurso e a preservação da face; passando pelas encenações descritivas, com traços narrativos e argumentativos, que visam convencer o interlocutor sobre a gravidade da denúncia, posicionando-se contra o estereótipo e padrões machistas disciplinadores. |
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