História que se conta é história que se inventa: Agualusa, criador de Fradique Mendes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos CESPUC de Pesquisa |
Texto Completo: | http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoscespuc/article/view/7872 |
Resumo: | Este texto tem como objetivo a problematização do binômio“história x ficção” no romance epistolar Nação crioula (1997),do escritor angolano José Eduardo Agualusa. Na obra, aoapropriar-se de Fradique Mendes, personagem criado pelogrupo de intelectuais do Cenáculo, do qual faziam parte Eça deQueiroz e Ramalho Ortigão, Agualusa redimensiona o estatutoficcional, ao emparelhar na mesma cena fatos e actantes deorigens discursivas diversas. Propositadamente, confundedados, personagens e lugares, imbricando real e ficção. Emtal escolha, reside um provocante questionamento acerca dapossibilidade de acesso ao real, principalmente se pensarmosa maneira com que o romance é construído. Se cartas,muitas vezes, são tomadas como fontes históricas, a feiturade um romance de maneira epistolar brinca com o estatutode verdade desse tipo de suporte, ao mesmo tempo em quedialoga com a tradição literária portuguesa, que conheceuFradique Mendes por meio de uma dita publicação de suasepístolas por Eça de Queiroz. Pretendemos, então, pensaraté que ponto, no romance, a dicção ficcional se interpõe,adentra e se funde no modus operandi da narrativa históricae de que maneira essa inter-relação permite um diálogo, umarequalificação ou mesmo uma mudança na forma como estereal nos é apresentado ou percebido.Palavras-Chave: Agualusa; Ficção; História; Nação Crioula;Romance angolano. |
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