As Revoltas Liberais de 1842 na perspectiva do historiador Lucio José dos Santos: usos e abusos da memória

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gama, Luciana Coelho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos de História (Belo Horizonte. Online)
Texto Completo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/19501
Resumo: O presente artigo traz como tema a produção de memória oficial sobre as Revoltas Liberais de 1842, tendo como fonte a conferência sobre o assunto realizada pelo historiador mineiro Lucio José dos Santos em 1942, no âmbito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). Considerando que Santos era um intelectual conservador, representante da Igreja Católica e da Ação Integralista Brasileira (AIB), o objetivo é relacionar a versão dos fatos por ele construída à influência do contexto institucional em que estava inserido, para compreender a construção de uma memória histórica permeada de elementos conservadores, embora o autor se considerasse “neutro”. Para tanto, o conteúdo proferido por Santos na conferência será analisado com base nas premissas de Paul Ricoeur (1980, 2007) a respeito dos usos e abusos da memória e das ideologias, em diálogo com os apontamentos de Michel de Certeau (1982) sobre a influência do local de fala do historiador na produção historiográfica.
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