Uma análise geo-histórica da construção de um mito em São José dos Campos (SP) entre 1930 e 1964

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanetti, Valéria
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Chaves Ribeiro Papali, Maria Aparecida, Fonseca da Costa, Sandra Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana
Texto Completo: https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/22091
Resumo: A cidade de São José dos Campos, situada no Vale do Paraíba paulista, tornou-se polo industrial e tecnológico na década de 1960, quando deixou de ser estância climática destinada ao tratamento de tuberculosos. As transformações do bairro de Santana, localizado na região norte, caracterizado como primeiro bairro industrial da cidade, tornaram-se importantes para compreender a construção do mito da andarilha Maria Peregrina. Ela era uma indigente sem registro histórico que perambulou pelo bairro de Santana, entre as décadas de 1940 e 1960, e marcou significativamente a memória dos moradores. Sem provas de sua existência, busca-se entender como a andarilha passou a ser referência para o bairro e em que momento isso ocorreu. Esse estudo baseia-se na metodologia da geografia histórica, segundo proposta de Braudel, que propõe o diálogo entre as duas áreas do conhecimento, compreendendo as dimensões tempo, sujeito e espaço. Nas décadas de 1960 e 1970, o bairro de Santana, antigo espaço de morada da Peregrina, perdeu, paulatinamente, o status debairro industrial. Nesse contexto de perda da hegemonia do bairro e transformação do espaço urbano é que o mito da andarilha Maria Peregrina cresceu entre os moradores, como forma de coesão social e reconstrução da identidade do bairro.
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