[pt] O PROBLEMA DA AKRASIA EM PLATÃO E ARISTÓTELES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DANIEL SIMAO NASCIMENTO
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22022@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=22022@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.22022
Resumo: [pt] Se ainda hoje permanece a dúvida a respeito da possibilidade de se encontrar, na filosofia grega, um conceito que possa corresponder ao conceito latino de vontade, ninguém parece questionar o fato de que foram os gregos os primeiros filósofos a tentar compreender o fenômeno que hoje chamamos de fraqueza da vontade – e que eles chamavam simplesmente akrasia. Embora o primeiro filósofo que tenha empregado tal termo ao discutir o problema tenha sido Aristóteles (EN VII.1), a primeira discussão filosófica acerca da akrasia pode ser encontrada no Protágoras de Platão. Lá, o fenômeno que é discutido recebe o nome de ser vencido pelos prazeres. Como sabemos, Sócrates nega que tal fenômeno seja possível e afirma o famoso paradoxo Socrático segundo o qual ninguém erra voluntariamente. Nosso trabalho tem por objetivo principal traçar uma comparação entre o problema da akrasia nas filosofias de Platão e de Aristóteles, para que possamos compreender melhor algo que até hoje é motivo de grandes controversas, a saber, em que media Aristóteles se afasta da explicação socrática da akrasía e em que sentido ele a aceita. Para tal, procuramos esclarecer não somente as diferenças notáveis entre os dois autores no que diz respeito à descrição da akrasia mas também à maneira como cada um dos autores concebem o ato voluntário. Além disso, dedicamos nossa introdução à discussão de duas peças de Eurípides, Hipólito e Medéia, com o objetivo de iluminar isso que poderíamos chamar, talvez, de raízes pré-filosóficas do problema.
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