[pt] A TRANSGRESSÃO COMO SAÍDA PSÍQUICA VITAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RONY NATALE PEREIRA
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46486@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46486@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.46486
Resumo: [pt] Esta dissertação tem por objetivo investigar o aspecto transgressivo que caracteriza o pensamento da psicanalista francesa Nathalie Zaltzman ao revisitar a metapsicologia freudiana. Com a acepção de ultrapassar, violar, não cumprir, a transgressão revela-se uma ação psíquica vital para o sujeito, sobretudo quando esse se encontra em perigo de vida devido a circunstâncias opressoras e asfixiantes. Iniciamos nossa investigação por meio da articulação teórica do viés anarquista da pulsão de morte, manifestação em forma de luta e resistência contra forças que diminuem ou anulam a existência de um ser humano. A partir dessa perspectiva, percorremos proposições acerca da clínica. Destacamos a importância dada à ação de desligamento da pulsão de morte e a urgência da escuta, durante o tratamento, de suas manifestações. Expandindo a discussão com a abordagem do processo civilizatório, demonstramos como o trabalho de cultura poderia ser considerado o seu viés transgressor. Por meio desse, poder-se-ia lidar de maneira mais lúcida com a dimensão maléfica do humano, evitada a qualquer custo pela perspectiva civilizatória. Afirma-se a necessidade de fomentar vias que façam frente a posturas censoras e moralizantes. Essas impediriam o mal, dimensão inelutável e inerente à condição humana, de ocupar lugar nas representações psíquicas conscientes de cada indivíduo e no patrimônio simbólico da humanidade. Uma vez impedido, só lhe restaria abrir caminhos violentos de satisfação, reascendendo a barbárie.
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