A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGO PINTO DE BRITO
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@2
Resumo: Este trabalho é uma busca pelo significado original do ceticismo conforme pensado por Sexto Empírico. Começando por uma depuração do entendimento pejorativo do senso comum em torno das palavras cético e ceticismo, passamos a uma breve história do ceticismo desde os filósofos chamados proto-céticos , passando por Pirro e seus discípulos, pelo ceticismo Acadêmico, chegando até Sexto Empírico e seu ceticismo terapêutico. Assim, verificamos como, ao longo do tempo, diferentes ênfases foram sendo dadas às diferentes etapas da reflexão cética, algumas vindo a desaparecer, outras sendo reconhecidamente atribuídas ao arsenal argumentativo cético. Tendo argumentado que o ceticismo é uma maneira de se viver, passamos à reflexão sobre a viabilidade prática de se viver de modo genuinamente cético. Detectamos a origem do principal argumento contra a vida cética, o argumento da apraxía, que induz o cético a auto-refutar-se. A partir deste ponto nossa preocupação foi compreender os desdobramentos do argumento da apraxía até David Hume, e também os desdobramentos da defesa cética inicialmente elaborada por Arcesilao contra a filosofia da Stoa, até Sexto Empírico. Pensamos que Sexto em sua fundamentação de uma vida cética se adiantou às críticas de Hume, esta hipótese, uma vez verificada, nos permitiu repensar a acusação de que o cético se auto-refuta, bem como a suspensão do juízo.
id PUC_RIO-1_1a44ca6b0ba9ffd979f119d90ead9dd4
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:17107
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisA DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICOTHE SKEPTICAL DEFENSE AGAINST THE ARGUMENT THAT THE SKEPTICISM CAN NOT BE LIVED IN PRACTICE: FROM THE PYRRHO’S DUBIOUS LIFE TO THE SEXTUS EMPIRICUS’ PYRRHONIC THERAPY.2010-12-13DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO35284420772lattes.cnpq.br/1920110904979912DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHOBARBARA BOTTERLUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA BICCA09633231728lattes.cnpq.br/1844128902889523RODRIGO PINTO DE BRITOPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM FILOSOFIAPUC-RioBREste trabalho é uma busca pelo significado original do ceticismo conforme pensado por Sexto Empírico. Começando por uma depuração do entendimento pejorativo do senso comum em torno das palavras cético e ceticismo, passamos a uma breve história do ceticismo desde os filósofos chamados proto-céticos , passando por Pirro e seus discípulos, pelo ceticismo Acadêmico, chegando até Sexto Empírico e seu ceticismo terapêutico. Assim, verificamos como, ao longo do tempo, diferentes ênfases foram sendo dadas às diferentes etapas da reflexão cética, algumas vindo a desaparecer, outras sendo reconhecidamente atribuídas ao arsenal argumentativo cético. Tendo argumentado que o ceticismo é uma maneira de se viver, passamos à reflexão sobre a viabilidade prática de se viver de modo genuinamente cético. Detectamos a origem do principal argumento contra a vida cética, o argumento da apraxía, que induz o cético a auto-refutar-se. A partir deste ponto nossa preocupação foi compreender os desdobramentos do argumento da apraxía até David Hume, e também os desdobramentos da defesa cética inicialmente elaborada por Arcesilao contra a filosofia da Stoa, até Sexto Empírico. Pensamos que Sexto em sua fundamentação de uma vida cética se adiantou às críticas de Hume, esta hipótese, uma vez verificada, nos permitiu repensar a acusação de que o cético se auto-refuta, bem como a suspensão do juízo.The present work is a search for the original meaning of the skepticism as thought by Sextus Empiricus. Beginning with a depuration of the common sense’s pejorative understanding around the words skeptic and skepticism, we pass to a brief history of the skepticism since the philosophers called proto-skeptics, passing through Pyrrho and his disciples, through the Academic skepticism, arriving to Sextus Empiricus and his therapeutic skepticism. Thus, we verify how different emphasis were being given to different stages of the skeptical reflection, some of then coming to disappear, others being recognized as parts of skeptical argumentative armory. Once arguing that the skepticism is a way of living, we passed to a reflection about the practical viability of living in a genuine skeptical way. We detected the origin of the main argument against the possibility of the skeptical life, the argument of the apraxía, which induces the skeptic to a self-refutation. From this point our main concern was comprehend the developments of the argument of the apraxía until David Hume, and also the developments of the skeptical defense, initially developed by Arcesilaus, against the Stoa’s philosophy until Sextus Empiricus. We think that Sextus, in his foundation of a skeptical live, had stepped forward Hume, this hypothesis once verified allowed us to rethink the accusation that the skeptic refutes himself, as well as rethink the scope of the suspension of judgment.CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:12:38Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:17107Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342017-09-14T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.pt.fl_str_mv A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
dc.title.alternative.en.fl_str_mv THE SKEPTICAL DEFENSE AGAINST THE ARGUMENT THAT THE SKEPTICISM CAN NOT BE LIVED IN PRACTICE: FROM THE PYRRHO’S DUBIOUS LIFE TO THE SEXTUS EMPIRICUS’ PYRRHONIC THERAPY.
title A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
spellingShingle A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
RODRIGO PINTO DE BRITO
title_short A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
title_full A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
title_fullStr A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
title_full_unstemmed A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
title_sort A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO
author RODRIGO PINTO DE BRITO
author_facet RODRIGO PINTO DE BRITO
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 35284420772
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/1920110904979912
dc.contributor.referee1.fl_str_mv DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO
dc.contributor.referee2.fl_str_mv BARBARA BOTTER
dc.contributor.referee3.fl_str_mv LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA BICCA
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 09633231728
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/1844128902889523
dc.contributor.author.fl_str_mv RODRIGO PINTO DE BRITO
contributor_str_mv DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO
DANILO MARCONDES DE SOUZA FILHO
BARBARA BOTTER
LUIZ EDUARDO DE OLIVEIRA BICCA
description Este trabalho é uma busca pelo significado original do ceticismo conforme pensado por Sexto Empírico. Começando por uma depuração do entendimento pejorativo do senso comum em torno das palavras cético e ceticismo, passamos a uma breve história do ceticismo desde os filósofos chamados proto-céticos , passando por Pirro e seus discípulos, pelo ceticismo Acadêmico, chegando até Sexto Empírico e seu ceticismo terapêutico. Assim, verificamos como, ao longo do tempo, diferentes ênfases foram sendo dadas às diferentes etapas da reflexão cética, algumas vindo a desaparecer, outras sendo reconhecidamente atribuídas ao arsenal argumentativo cético. Tendo argumentado que o ceticismo é uma maneira de se viver, passamos à reflexão sobre a viabilidade prática de se viver de modo genuinamente cético. Detectamos a origem do principal argumento contra a vida cética, o argumento da apraxía, que induz o cético a auto-refutar-se. A partir deste ponto nossa preocupação foi compreender os desdobramentos do argumento da apraxía até David Hume, e também os desdobramentos da defesa cética inicialmente elaborada por Arcesilao contra a filosofia da Stoa, até Sexto Empírico. Pensamos que Sexto em sua fundamentação de uma vida cética se adiantou às críticas de Hume, esta hipótese, uma vez verificada, nos permitiu repensar a acusação de que o cético se auto-refuta, bem como a suspensão do juízo.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010-12-13
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM FILOSOFIA
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324908545343488