[pt] A DEFESA CÉTICA DIANTE DO ARGUMENTO DE QUE O CETICISMO NÃO PODE SER VIVIDO NA PRÁTICA: DA DÚBIA VIDA DE PIRRO AO PIRRONISMO TERAPÊUTICO DE SEXTO EMPÍRICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGO PINTO DE BRITO
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=17107@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.17107
Resumo: [pt] Este trabalho é uma busca pelo significado original do ceticismo conforme pensado por Sexto Empírico. Começando por uma depuração do entendimento pejorativo do senso comum em torno das palavras cético e ceticismo, passamos a uma breve história do ceticismo desde os filósofos chamados proto-céticos , passando por Pirro e seus discípulos, pelo ceticismo Acadêmico, chegando até Sexto Empírico e seu ceticismo terapêutico. Assim, verificamos como, ao longo do tempo, diferentes ênfases foram sendo dadas às diferentes etapas da reflexão cética, algumas vindo a desaparecer, outras sendo reconhecidamente atribuídas ao arsenal argumentativo cético. Tendo argumentado que o ceticismo é uma maneira de se viver, passamos à reflexão sobre a viabilidade prática de se viver de modo genuinamente cético. Detectamos a origem do principal argumento contra a vida cética, o argumento da apraxía, que induz o cético a auto-refutar-se. A partir deste ponto nossa preocupação foi compreender os desdobramentos do argumento da apraxía até David Hume, e também os desdobramentos da defesa cética inicialmente elaborada por Arcesilao contra a filosofia da Stoa, até Sexto Empírico. Pensamos que Sexto em sua fundamentação de uma vida cética se adiantou às críticas de Hume, esta hipótese, uma vez verificada, nos permitiu repensar a acusação de que o cético se auto-refuta, bem como a suspensão do juízo.
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