MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: THAIS REGINA SANTOS BORGES
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@2
Resumo: O objetivo deste trabalho é refletir sobre como se dá a atualização do racismo à brasileira (Gonzalez, 1984, Munanga, 2010) pelo dispositivo de poder da branquitude (Bento, 2002, 2022, Carneiro, 2005, Schucman, 2012, Schucman; Cardoso et al., 2014, Muller; Cardoso et al., 2017, Conceição, 2020) em performances discursivas de mulheres brancas da classe média crítica (Souza, 2017). Para tal, esta tese segue metodologia qualitativa-interpretativa da Análise de Narrativas (Bastos; Biar, 2015) visando observar as performances raciais e afetivas brancas (Ahmed, 2004, Melo, 2019, 2021) das participantes, nas pequenas histórias (Georgakopoulou, 2015) compartilhadas por elas em conversas exploratórias (Miller, 2003), nas quais refletimos crítico-afetivamente sobre o que significa ser branca no Brasil e onde mora o privilégio branco em suas trajetórias de vida. Em minha escrita, ventilo questões relativas ao fazer acadêmico no contexto da Linguística Aplicada INdisciplinar (Moita Lopes et al., 2006, 2013) e ao sentir crítico (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), conceito que trabalho desde a minha dissertação, que se refere ao devir de sensibilidade que nutre e é nutrido nos processos de letramento crítico, cujo foco é a reflexividade crítico-afetiva (foco no afeto), de forma amalgamada ao pensamento crítico (foco cognitivo) e à ação crítica (foco político). As notas reflexivas desta pesquisa trazem a inexorabilidade do dispositivo de poder da branquitude na atualização do racismo em performances raciais e afetivas de mulheres do grupo racial branco, apontando para seu papel fundamental nesse processo, mesmo no contexto da academia dita crítica. Ciente disso, trago reflexões sobre a importância do letramento racial crítico (Ferreira, 2022), do sentir crítico (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), do estudo e da coalizão nos abaixo-comuns da Universidade (Harney; Moten, 2013, 2021), a fim de mitigar os efeitos dessas performances na Academia Cubo-Branco (Kilomba, 2019a).
id PUC_RIO-1_1ae5a1888ef15acbc866f28c23f86ec2
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:61008
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICOWHITE WOMEN, RACISM AND AFFECT IN THE BRAZILIAN CONTEXT: REFLECTING UPON PERFORMANCES OF RACE AND AFFECT, ACADEMIC PRACTICES AND CRITICAL FEELING2022-09-23ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA80690831749lattes.cnpq.br/3911296847035628GLENDA CRISTINA VALIM DE MELOLILIANA CABRAL BASTOSADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGABRANCA FALABELLA FABRICIOBRANCA FALABELLA FABRICIOMARIA ELVIRA DIAZ BENITEZ04144441679lattes.cnpq.br/8995155528139567THAIS REGINA SANTOS BORGESPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM ESTUDOS DA LINGUAGEMPUC-RioBRO objetivo deste trabalho é refletir sobre como se dá a atualização do racismo à brasileira (Gonzalez, 1984, Munanga, 2010) pelo dispositivo de poder da branquitude (Bento, 2002, 2022, Carneiro, 2005, Schucman, 2012, Schucman; Cardoso et al., 2014, Muller; Cardoso et al., 2017, Conceição, 2020) em performances discursivas de mulheres brancas da classe média crítica (Souza, 2017). Para tal, esta tese segue metodologia qualitativa-interpretativa da Análise de Narrativas (Bastos; Biar, 2015) visando observar as performances raciais e afetivas brancas (Ahmed, 2004, Melo, 2019, 2021) das participantes, nas pequenas histórias (Georgakopoulou, 2015) compartilhadas por elas em conversas exploratórias (Miller, 2003), nas quais refletimos crítico-afetivamente sobre o que significa ser branca no Brasil e onde mora o privilégio branco em suas trajetórias de vida. Em minha escrita, ventilo questões relativas ao fazer acadêmico no contexto da Linguística Aplicada INdisciplinar (Moita Lopes et al., 2006, 2013) e ao sentir crítico (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), conceito que trabalho desde a minha dissertação, que se refere ao devir de sensibilidade que nutre e é nutrido nos processos de letramento crítico, cujo foco é a reflexividade crítico-afetiva (foco no afeto), de forma amalgamada ao pensamento crítico (foco cognitivo) e à ação crítica (foco político). As notas reflexivas desta pesquisa trazem a inexorabilidade do dispositivo de poder da branquitude na atualização do racismo em performances raciais e afetivas de mulheres do grupo racial branco, apontando para seu papel fundamental nesse processo, mesmo no contexto da academia dita crítica. Ciente disso, trago reflexões sobre a importância do letramento racial crítico (Ferreira, 2022), do sentir crítico (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), do estudo e da coalizão nos abaixo-comuns da Universidade (Harney; Moten, 2013, 2021), a fim de mitigar os efeitos dessas performances na Academia Cubo-Branco (Kilomba, 2019a).The aim of this paper is to reflect upon how Brazilian racism (Gonzalez, 1984, Munanga, 2010) is actualized by whiteness (Bento, 2002, 2022, Carneiro, 2005, Schucman, 2012, Schucman; Cardoso et al., 2014, Muller; Cardoso et al., 2017, Conceição, 2020) as an apparatus of power (Foucault, 1978) in discursive performances by white women who belong to what Jessé Souza (2017) classifies as critical middle-class in Brazil (Souza, 2017). To this end, this thesis follows qualitative-interpretative methodology from Narrative Analysis (Bastos; Biar, 2015) to investigate how whiteness shapes participants white racial and affective performances (Ahmed, 2004, Melo, 2019, 2021) in the small stories (Georgakopoulou, 2015) shared by them in exploratory conversations (Miller, 2003), in which we reflect critically-affectively on what it means to be white in Brazil and where white privilege resides in their life stories of accomplishment. In my writing, I vent issues concerning the critical academic doing in the context of INdisciplinary Applied Linguistics (Moita Lopes et al, 2006, 2013) and critical feeling (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), a concept I have been working on since my dissertation, which refers to the becoming of sensibility that nurtures and is nurtured in critical literacy processes, whose focus is critical-affective reflexivity (focus on affect), which merges with critical thinking (focus on cognitive aspects) and critical action (focus on political aspects). The reflexive notes of this research confirm the inexorability of whiteness as an apparatus of power which allows the actualization of racism in performances of race and affect by women who belong the white racial group in Brazil, pointing to their fundamental role in this process, even in the context of the so-called critical academia. Furthermore, it indicates that focus on undergoing processes of critical racial literacy (Ferreira, 2022), fostering critical feeling (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021) and joining study with coalition in the under-commons of the University (Harney; Moten, 2013, 2021) may be a way to mitigate the effects of these performances in the White-Cube Academy (Kilomba, 2019a).PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROCONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T14:08:16Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:61008Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-10-31T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.pt.fl_str_mv MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
dc.title.alternative.en.fl_str_mv WHITE WOMEN, RACISM AND AFFECT IN THE BRAZILIAN CONTEXT: REFLECTING UPON PERFORMANCES OF RACE AND AFFECT, ACADEMIC PRACTICES AND CRITICAL FEELING
title MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
spellingShingle MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
THAIS REGINA SANTOS BORGES
title_short MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
title_full MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
title_fullStr MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
title_full_unstemmed MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
title_sort MULHERES BRANCAS, BRANQUITUDE E AFETO: REFLEXÕES ACERCA DE PERFORMANCES RACIAIS E AFETIVAS BRANCAS, O SENTIR CRÍTICO E O FAZER ACADÊMICO
author THAIS REGINA SANTOS BORGES
author_facet THAIS REGINA SANTOS BORGES
author_role author
dc.contributor.advisor-co1ID.none.fl_str_mv
dc.contributor.advisor-co1Lattes.none.fl_str_mv
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 80690831749
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/3911296847035628
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv GLENDA CRISTINA VALIM DE MELO
dc.contributor.referee1.fl_str_mv LILIANA CABRAL BASTOS
dc.contributor.referee2.fl_str_mv ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA
dc.contributor.referee3.fl_str_mv BRANCA FALABELLA FABRICIO
dc.contributor.referee4.fl_str_mv BRANCA FALABELLA FABRICIO
dc.contributor.referee5.fl_str_mv MARIA ELVIRA DIAZ BENITEZ
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 04144441679
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/8995155528139567
dc.contributor.author.fl_str_mv THAIS REGINA SANTOS BORGES
contributor_str_mv ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA
GLENDA CRISTINA VALIM DE MELO
LILIANA CABRAL BASTOS
ADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA
BRANCA FALABELLA FABRICIO
BRANCA FALABELLA FABRICIO
MARIA ELVIRA DIAZ BENITEZ
description O objetivo deste trabalho é refletir sobre como se dá a atualização do racismo à brasileira (Gonzalez, 1984, Munanga, 2010) pelo dispositivo de poder da branquitude (Bento, 2002, 2022, Carneiro, 2005, Schucman, 2012, Schucman; Cardoso et al., 2014, Muller; Cardoso et al., 2017, Conceição, 2020) em performances discursivas de mulheres brancas da classe média crítica (Souza, 2017). Para tal, esta tese segue metodologia qualitativa-interpretativa da Análise de Narrativas (Bastos; Biar, 2015) visando observar as performances raciais e afetivas brancas (Ahmed, 2004, Melo, 2019, 2021) das participantes, nas pequenas histórias (Georgakopoulou, 2015) compartilhadas por elas em conversas exploratórias (Miller, 2003), nas quais refletimos crítico-afetivamente sobre o que significa ser branca no Brasil e onde mora o privilégio branco em suas trajetórias de vida. Em minha escrita, ventilo questões relativas ao fazer acadêmico no contexto da Linguística Aplicada INdisciplinar (Moita Lopes et al., 2006, 2013) e ao sentir crítico (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), conceito que trabalho desde a minha dissertação, que se refere ao devir de sensibilidade que nutre e é nutrido nos processos de letramento crítico, cujo foco é a reflexividade crítico-afetiva (foco no afeto), de forma amalgamada ao pensamento crítico (foco cognitivo) e à ação crítica (foco político). As notas reflexivas desta pesquisa trazem a inexorabilidade do dispositivo de poder da branquitude na atualização do racismo em performances raciais e afetivas de mulheres do grupo racial branco, apontando para seu papel fundamental nesse processo, mesmo no contexto da academia dita crítica. Ciente disso, trago reflexões sobre a importância do letramento racial crítico (Ferreira, 2022), do sentir crítico (Borges, 2017a, 2017b, 2020, 2021), do estudo e da coalizão nos abaixo-comuns da Universidade (Harney; Moten, 2013, 2021), a fim de mitigar os efeitos dessas performances na Academia Cubo-Branco (Kilomba, 2019a).
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-09-23
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=61008@2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324965507137536