[en] MARÉ S MUSEUM: BETWEEN EDUCATION, MEMORIES AND IDENTITIES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21758@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21758@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21758 |
Resumo: | [pt] A pesquisa entrelaça memória, espaços educativos não formais e identidade. O objetivo central é analisar a dimensão educativa do Museu da Maré no Rio de Janeiro e suas possibilidades de contribuição para o fortalecimento identitário de grupos populares através da valorização e ressignificação da história e da construção das memórias locais. Abordo o conceito, os pressupostos teóricos e desafios dos museus comunitários como espaços educativos não formais, enfocando como estudo de caso o Museu da Maré. Os museus comunitários e ecomuseus emergem no Rio de Janeiro com o Ecomuseu de Santa Cruz em 1983, porém ganham visibilidade com o Museu da Maré a partir de 2006, por ser este o primeiro museu de favela no Brasil criado pela própria comunidade. O quadro teórico baseou-se para o conceito de memória, principalmente em Paul Ricoeur, Jacques Le Goff e Beatriz Sarlo. Para o de identidade utilizamos Stuart Hall, Manuel Castells, Vera Maria Candau e Tomaz Tadeu da Silva. Para espaços educativos não formais privilegiei Maria Glória Gohn, Jaume Trilla e Elie Ganem. Por fim, para os conceitos da Nova Museologia, museu comunitário e ecomuseu me apoiei basicamente em Mário Chagas e Hugue de Varine. De inspiração etnográfica, meu caminho metodológico baseou-se na história oral. Na pesquisa de campo utilizou-se três tipos de aproximações ao objeto de estudo: observação de diferentes atividades desenvolvidas no Museu e de diversos ambientes da comunidade em geral, entrevistas semiestruturadas feitas aos pescadores da Maré e aos diretores e funcionários do Museu da Maré e análise dos Livros institucionais do Museu, a saber: o Livro de Assinaturas e o Livro de Depoimentos dos visitantes. Como uma das principais conclusões de minha pesquisa sobre a dimensão educativa do Museu da Maré posso afirmar que me deparei de fato com um Museu que tem significado para a região da Maré e dialoga com a cidade, o país e outros lugares, embora não represente totalmente todas as suas comunidades. No entanto, ele se fez comunitário, na medida em que foi criado e tem a participação cotidiana do movimento social e da comunidade local de seu entorno. Além disso, o fato do Museu da Maré apresentar uma linguagem museográfica que suscita referências da história local e permite que seus visitantes reflitam sobre as mesmas, se emocionem e construam memórias locais possibilitando através das mesmas um fortalecimento identitário, torna especialmente evidente e significativa sua dimensão educativa. Por fim, o Museu da Maré gera visões de nós e dos outros estabelecendo um jogo sutil e constante entre identidades e alteridades em suas memórias construídas e histórias narradas. |
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[en] MARÉ S MUSEUM: BETWEEN EDUCATION, MEMORIES AND IDENTITIES[pt] MUSEU DA MARÉ: ENTRE EDUCAÇÃO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES[pt] MEMORIA[pt] NOVA MUSEOLOGIA[pt] ECOMUSEUS[pt] ESPACOS EDUCATIVOS NAO FORMAIS[pt] MUSEUS COMUNITARIOS[pt] MUSEU DA MARE[en] IDENTITY[en] NEW MUSEOLOGY[en] ECOMUSEUMS[en] NON FORMAL EDUCATIVE SPACES[en] COMMUNITY MUSEUMS [en] MARES MUSEUM[en] MEMORY[pt] A pesquisa entrelaça memória, espaços educativos não formais e identidade. O objetivo central é analisar a dimensão educativa do Museu da Maré no Rio de Janeiro e suas possibilidades de contribuição para o fortalecimento identitário de grupos populares através da valorização e ressignificação da história e da construção das memórias locais. Abordo o conceito, os pressupostos teóricos e desafios dos museus comunitários como espaços educativos não formais, enfocando como estudo de caso o Museu da Maré. Os museus comunitários e ecomuseus emergem no Rio de Janeiro com o Ecomuseu de Santa Cruz em 1983, porém ganham visibilidade com o Museu da Maré a partir de 2006, por ser este o primeiro museu de favela no Brasil criado pela própria comunidade. O quadro teórico baseou-se para o conceito de memória, principalmente em Paul Ricoeur, Jacques Le Goff e Beatriz Sarlo. Para o de identidade utilizamos Stuart Hall, Manuel Castells, Vera Maria Candau e Tomaz Tadeu da Silva. Para espaços educativos não formais privilegiei Maria Glória Gohn, Jaume Trilla e Elie Ganem. Por fim, para os conceitos da Nova Museologia, museu comunitário e ecomuseu me apoiei basicamente em Mário Chagas e Hugue de Varine. De inspiração etnográfica, meu caminho metodológico baseou-se na história oral. Na pesquisa de campo utilizou-se três tipos de aproximações ao objeto de estudo: observação de diferentes atividades desenvolvidas no Museu e de diversos ambientes da comunidade em geral, entrevistas semiestruturadas feitas aos pescadores da Maré e aos diretores e funcionários do Museu da Maré e análise dos Livros institucionais do Museu, a saber: o Livro de Assinaturas e o Livro de Depoimentos dos visitantes. Como uma das principais conclusões de minha pesquisa sobre a dimensão educativa do Museu da Maré posso afirmar que me deparei de fato com um Museu que tem significado para a região da Maré e dialoga com a cidade, o país e outros lugares, embora não represente totalmente todas as suas comunidades. No entanto, ele se fez comunitário, na medida em que foi criado e tem a participação cotidiana do movimento social e da comunidade local de seu entorno. Além disso, o fato do Museu da Maré apresentar uma linguagem museográfica que suscita referências da história local e permite que seus visitantes reflitam sobre as mesmas, se emocionem e construam memórias locais possibilitando através das mesmas um fortalecimento identitário, torna especialmente evidente e significativa sua dimensão educativa. Por fim, o Museu da Maré gera visões de nós e dos outros estabelecendo um jogo sutil e constante entre identidades e alteridades em suas memórias construídas e histórias narradas.[en] The research intertwines memory, non-formal educational spaces and identity. The main objective is to analyze the educational dimension of the Maré Museum in Rio de Janeiro and its possible contributions to the strengthening of the group identity related to popular groups through appreciation and reinterpretation of the history and construction of local memories. I approach the concept, the theoretical assumptions and challenges of community museums as non-formal educative spaces, by using the Maré Museum as a case study . The community museums and ecomuseums emerge in Rio de Janeiro with the Eco-museum of Santa Cruz in 1983, but became more visible with the Maré Museum as of 2006, since this is the first museum in Brazil s slums created by the community itself. The theoretical framework related to the concept of memory was essentially based on work of Paul Ricoeur, Jacques Le Goff and Beatriz Sarlo. For the theoretical framework associated with identity development, I have chosen the studies performed by Stuart Hall, Manuel Castells, Vera Maria Candau and Tomaz Tadeu da Silva. For the non-formal educational spaces theoretical basis I have privileged Maria Gloria Gohn, Jaume Trilla and Elie Ganem. Finally, for the concepts of New Museology, community museum and ecomuseum I rely primarily on Mario Chagas and Hugue de Varine. My methodological approach of ethnographic inspiration was based on oral history. In the field research I used three types of approaches to the object of study: observation of different activities in the Museum and of the community at large, semi-structured interviews to fishermen of the Maré and to the directors and staff of the Museum of the Maré and analysis of the institutional books of the Museum, namely the Book of Signatures and the Book of Testimonies from visitors. As one of the main conclusions of my research on the educational dimension of the Mare Museum I can state that this museum does have meaning for the region of Maré and dialogues with the city, the country and elsewhere, although it does not fully represent all its communities. However, this museum has been able to develop a community related feature , as it was created by and has the daily involvement of the social movement and the local community of their surroundings. Moreover, the fact that the Mare Museum display a museographic language which raises references of local history and allows visitors to reflect on them and build local memories enabling a strengthening of identity, makes its educative dimension particularly evident and significant. Finally, the Maré Museum generates visions of ourselves and others by establishing a more subtle and constant dynamic between individuals identities and their constructed memories and narrated stories.MAXWELLVERA MARIA FERRAO CANDAUHELENA MARIA MARQUES ARAUJO2013-07-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21758@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21758@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21758porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-08-22T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:21758Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342019-08-22T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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