[pt] A VIOLÊNCIA ENTRE PARCEIROS ÍNTIMOS: O DIFÍCIL PROCESSO DE RUPTURA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARIA CECILIA GONCALVES MOREIRA
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8603@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.8603
Resumo: [pt] Realizamos o presente estudo em uma ONG que trabalha com mulheres vítimas de violência domestica, localizada no município de Duque de Caxias, o CDVida-Centro de Defesa da Vida, no período de agosto à dezembro de 2004. O nosso objetivo foi identificar na trajetória de vida dessas mulheres, os motivos que as levaram a permanecer tanto tempo em situação de violência, qual o fato que contribuiu para a quebra do silencio e em que momento elas decidiram procurar ajuda. O levantamento nos arquivos da instituição, do perfil demográfico de 60 mulheres atendidas no primeiro semestre de 2003, nos revelou o grande número de mulheres que permaneciam em situação de violência após longo período de vida em comum. Partindo desse estudo inicial, escolhemos entrevistar algumas mulheres vítimas de violência por parte de seus parceiros íntimos e que ainda se encontravam em atendimento pela equipe técnica do CDVida, objetivando entender os motivos que levaram a permanecer por tanto tempo convivendo com seus parceiros violentos. As informações colhidas nas entrevistas nos possibilitou conhecermos a percepção das mulheres em relação a violência sofrida; as conseqüências da mesma e as dificuldades enfrentadas para romper com a relação. A análise dessas informações nos levou ao entendimento de que a violência doméstica entre parceiros íntimos, é revestida de um caráter muito especial, uma vez que envolve além de laços de intimidade e afeto, na maioria dos casos, a presença dos filhos do casal, que sofrem da mesma maneira que suas mães, as conseqüências da violência. Concluímos ainda a partir dessa análise, que romper com a violência significa romper com a própria dinâmica do seu ciclo que aprisiona e paralisa a mulher. Para romper com esse ciclo, é necessário não só que a mulher encontre apoio para a superação de suas dificuldades individuais , mas também respostas institucionais para que possa exercer plenamente seus direitos enquanto cidadã.
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