[en] MOTIVATIONS AND BENEFITS OF CREATING CORPORATE ACCELERATOR: A CASE STUDY OF BRAZILIAN COMPANIES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FREDERICO DE BARROS FALCAO DE LACERDA
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25460@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25460@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25460
Resumo: [pt] O propósito da pesquisa descrita foi investigar o recente fenômeno da criação de aceleradoras de startups digitais por empresas brasileiras de grande porte, uma tendência no mercado brasileiro e global. Apesar de existir bastante literatura acerca do tema de inovação corporativa, poucos autores estudaram o envolvimento entre corporações e startups através da implementação de aceleradoras corporativas, já que este é um modelo bastante recente, tanto no Brasil quanto no exterior. Por isso, este estudo busca entender que motivações estão por trás do investimento neste modelo, quais os benefícios percebidos por empresas que já o desenvolveram e quais os ajustes necessários no modelo de aceleração corporativa. Para tal, os únicos dois casos existentes de aceleradoras de startups lançadas por corporações brasileiras de grande porte foram analisados. Foram conduzidas entrevistas em profundidade com os gestores responsáveis pelas atividades de inovação e pela criação das aceleradoras corporativas dentro de cada organização, de forma a identificar diretamente da fonte os principais problemas existentes na realização de atividades de inovação anteriores e as motivações que levaram as empresas à escolha deste novo modelo de envolvimento com iniciativas digitais nascentes. O estudo identificou que as corporações possuem dificuldade em inovar devido à falta de alinhamento de expectativas internas, principalmente de retorno financeiro, e ao engessamento da estrutura corporativa, que reduz a velocidade de atividades ligadas à inovação. Existem, por outro lado, fortes motivações para alterar o modelo de atuação e a forma de se pensar a inovação por meio da implementação de aceleradoras corporativas, como a necessidade de acompanhar melhor as tendências do mercado, a crescente importância da presença no ambiente digital para melhorar as relações com os clientes, a influência do envolvimento anterior da liderança das organizações com empreendedorismo e a existência de modelos já comprovados fora do Brasil. Apesar de as aceleradoras corporativas ainda estarem em estágio inicial e não apresentarem resultados significativos, é possível identificar claramente os benefícios esperados pelas organizações. Alguns já estão mais presentes, como a melhora da imagem institucional das organizações devido ao investimento em inovação. Por outro lado, os principais benefícios esperados, como a transformação cultural da empresa e o retorno financeiro dos investimentos realizados, ainda não são uma realidade. Percebe-se, dessa forma, que as aceleradoras corporativas ainda não contaminam de forma suficientemente forte as organizações, principalmente por não possuírem o nível de exposição adequado aos profissionais que não estão diretamente envolvidos na sua operação. As aceleradoras corporativas surgem como uma nova opção de envolvimento com startups, de forma a unir a velocidade de execução e a flexibilidade de empresas tecnológicas de pequeno porte com a capacidade de escala, a experiência e o financiamento de grandes corporações. Estas estruturas possibilitam que elas desenvolvam uma operação de inovação independente da sua influência, libertando o desenvolvimento de novas ideias e projetos do engessamento dos processos e regras corporativos. Dessa forma, é possível agregar valor à organização tanto com o desenvolvimento de novos negócios quanto com a geração de complementadores para produtos e serviços já existentes, melhorando o posicionamento estratégico da empresa no ambiente competitivo.
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Por isso, este estudo busca entender que motivações estão por trás do investimento neste modelo, quais os benefícios percebidos por empresas que já o desenvolveram e quais os ajustes necessários no modelo de aceleração corporativa. Para tal, os únicos dois casos existentes de aceleradoras de startups lançadas por corporações brasileiras de grande porte foram analisados. Foram conduzidas entrevistas em profundidade com os gestores responsáveis pelas atividades de inovação e pela criação das aceleradoras corporativas dentro de cada organização, de forma a identificar diretamente da fonte os principais problemas existentes na realização de atividades de inovação anteriores e as motivações que levaram as empresas à escolha deste novo modelo de envolvimento com iniciativas digitais nascentes. O estudo identificou que as corporações possuem dificuldade em inovar devido à falta de alinhamento de expectativas internas, principalmente de retorno financeiro, e ao engessamento da estrutura corporativa, que reduz a velocidade de atividades ligadas à inovação. Existem, por outro lado, fortes motivações para alterar o modelo de atuação e a forma de se pensar a inovação por meio da implementação de aceleradoras corporativas, como a necessidade de acompanhar melhor as tendências do mercado, a crescente importância da presença no ambiente digital para melhorar as relações com os clientes, a influência do envolvimento anterior da liderança das organizações com empreendedorismo e a existência de modelos já comprovados fora do Brasil. Apesar de as aceleradoras corporativas ainda estarem em estágio inicial e não apresentarem resultados significativos, é possível identificar claramente os benefícios esperados pelas organizações. Alguns já estão mais presentes, como a melhora da imagem institucional das organizações devido ao investimento em inovação. Por outro lado, os principais benefícios esperados, como a transformação cultural da empresa e o retorno financeiro dos investimentos realizados, ainda não são uma realidade. Percebe-se, dessa forma, que as aceleradoras corporativas ainda não contaminam de forma suficientemente forte as organizações, principalmente por não possuírem o nível de exposição adequado aos profissionais que não estão diretamente envolvidos na sua operação. As aceleradoras corporativas surgem como uma nova opção de envolvimento com startups, de forma a unir a velocidade de execução e a flexibilidade de empresas tecnológicas de pequeno porte com a capacidade de escala, a experiência e o financiamento de grandes corporações. Estas estruturas possibilitam que elas desenvolvam uma operação de inovação independente da sua influência, libertando o desenvolvimento de novas ideias e projetos do engessamento dos processos e regras corporativos. Dessa forma, é possível agregar valor à organização tanto com o desenvolvimento de novos negócios quanto com a geração de complementadores para produtos e serviços já existentes, melhorando o posicionamento estratégico da empresa no ambiente competitivo.[en] The purpose of this study is to investigate the recent phenomenon of creation of digital accelerators by large Brazilian corporations, a trend in the Brazilian and global market. Although there is much literature available on the subject of corporate innovation, few authors have studied the involvement of corporations and startups through the implementation of corporate accelerators, since this is a fairly recent model, both in Brazil and abroad. Therefore, this study seeks to understand what motivations are behind the investment in this model, which benefits are expected by companies that have developed it and what adjustments are needed in the corporate acceleration model. To this end, the only two existing cases of accelerator of startups launched by large Brazilian corporations were analyzed. Depth interviews were conducted with the managers responsible for innovation activities and for the creation of the corporate accelerator within each organization, in order to identify directly from the source the main problems in the implementation of past innovation activities and the motivations that led the companies to choose this new model of engagement with new digital ventures. The study identified that corporations have difficulty to innovate due to lack of alignment of internal expectations, especially of financial return, and the inflexibility of the corporate structure, which reduces the speed of activities related to innovation. There are, moreover, strong motivations to change the operating model and the way of thinking innovation through the implementation of corporate accelerators such as the need to better monitor the market trends, the growing importance of presence in the digital environment in order to improve relations with customers, the influence of previous involvement with entrepreneurship by the leadership of organizations, and the existence of proven models outside Brazil. Although corporate accelerators are still at an early stage and do not present significant results, it is possible to clearly identify the benefits expected by the organizations. Some already exist, such as the improvement of the institutional image of the organizations due to investment in innovation. On the other hand, the main benefits expected, as the cultural transformation of the company and the financial return on investment, are still not a reality. It is clear, therefore, that corporate accelerator has not contaminate strongly enough these organizations, mainly because they lack the appropriate exposure level for professionals who are not directly involved in its operation. Corporate accelerators emerge as a new option of involvement with startups, putting together the speed of execution and flexibility of small technology companies with the ability to scale, experience and deep pockets of large corporations. These structures enable them to develop an independent innovation operation that is not impacted by its influence, freeing the development of new ideas and projects from immobilization processes and business rules. Thus, it is possible to add value to the organization both with the development of new business and the generation of complementers to existing products and services, improving the strategic positioning of the company in the competitive environment.MAXWELLJORGE MANOEL TEIXEIRA CARNEIROJORGE MANOEL TEIXEIRA CARNEIROFREDERICO DE BARROS FALCAO DE LACERDA2015-11-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25460@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=25460@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25460porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-07-14T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:25460Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-07-14T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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