[en] PROCLAMATION AND REVOLT: RECEPTIONS OF THE REPUBLIC BY MEMBERS OF THE IHGB AND THE CITY LIFE (1880 – 1900)
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21927@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21927@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21927 |
Resumo: | [pt] As formas de compreensão do passado são heranças que a história mobiliza e revê. Proclamação e revolta são, neste sentido, como molduras recorrentes na escrita da história e na compreensão política que esta escrita engendra. Esta Tese investiga uma produção e um momento propício à crítica destas molduras: as recepções da proclamação da República entre os sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, quando uma expectativa de futuro – a continuidade do Império em um terceiro reinado – se esvaia. Neste momento de constrangimento com a perda do futuro, o passado se tornava referência para a compreensão do presente, as palavras usadas para escrever memórias históricas entravam em cena nas falas sobre o que se dava. A anarquia dos anos regenciais parecia ter retornado para parte dos sócios do IHGB que lamentavam a perda de D. Pedro II. Ao mesmo tempo, foi quando outros sócios puderam ver a República como viram a Independência: como proclamação. Apesar do conflito e tensão entre estas recepções, um traço lhes é comum: a vida ativa era compreendida sem que fosse necessário se envolver com ela. Como proclamação a história era senhora de si e o homem encaminhado pelos fatos. Como anarquia a vida ativa era a revolta, uma imagem turva, sem personagens ou densidade própria. A cidade, porém, afirmava sua densidade. Ao contrário do ruído da anarquia ou da apatia da proclamação, o vintém e o encilhamento aconteciam fora do Instituto, em meio a um debate sobre um elemento que se tornava cada vez mais relevante: a moeda. Se os sócios do IHGB falavam em proclamação e anarquia, não desconheciam as mudanças da cidade e, justo por isso, optavam por se manter longe dela, uma postura que compartilhariam com os governos civis na República. Que história é essa, autônoma e distante dos homens, é o que se investiga. |
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[en] PROCLAMATION AND REVOLT: RECEPTIONS OF THE REPUBLIC BY MEMBERS OF THE IHGB AND THE CITY LIFE (1880 – 1900)[pt] PROCLAMAÇÃO E REVOLTA: RECEPÇÕES DA REPÚBLICA PELOS SÓCIOS DO IHGB E A VIDA DA CIDADE (1880 – 1900)[pt] HISTORIOGRAFIA[pt] REVOLTA[pt] PROCLAMACAO[pt] VIDA DA CIDADE[pt] IHGB[en] HISTORIOGRAPHY[pt] As formas de compreensão do passado são heranças que a história mobiliza e revê. Proclamação e revolta são, neste sentido, como molduras recorrentes na escrita da história e na compreensão política que esta escrita engendra. Esta Tese investiga uma produção e um momento propício à crítica destas molduras: as recepções da proclamação da República entre os sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, quando uma expectativa de futuro – a continuidade do Império em um terceiro reinado – se esvaia. Neste momento de constrangimento com a perda do futuro, o passado se tornava referência para a compreensão do presente, as palavras usadas para escrever memórias históricas entravam em cena nas falas sobre o que se dava. A anarquia dos anos regenciais parecia ter retornado para parte dos sócios do IHGB que lamentavam a perda de D. Pedro II. Ao mesmo tempo, foi quando outros sócios puderam ver a República como viram a Independência: como proclamação. Apesar do conflito e tensão entre estas recepções, um traço lhes é comum: a vida ativa era compreendida sem que fosse necessário se envolver com ela. Como proclamação a história era senhora de si e o homem encaminhado pelos fatos. Como anarquia a vida ativa era a revolta, uma imagem turva, sem personagens ou densidade própria. A cidade, porém, afirmava sua densidade. Ao contrário do ruído da anarquia ou da apatia da proclamação, o vintém e o encilhamento aconteciam fora do Instituto, em meio a um debate sobre um elemento que se tornava cada vez mais relevante: a moeda. Se os sócios do IHGB falavam em proclamação e anarquia, não desconheciam as mudanças da cidade e, justo por isso, optavam por se manter longe dela, uma postura que compartilhariam com os governos civis na República. Que história é essa, autônoma e distante dos homens, é o que se investiga.[en] The frames of apprehension of the past are heritages which the history use and criticize. Proclamation and revolt are common frames in the writing of history and in the political understanding that it disposes. The present Thesis focus on a production and a moment particularly good to criticize those frames: the reception of the Republic proclamation by the members of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; when the expected future – the continuity of the Empire in a third reign – vanishes. At this moment of hesitation caused by the lost of the expected future, the past became the reference to understand the present. The words once used to write history became part of the voices about the present. The anarchy of the first years of the Second Reign seemed to be back to those who regretted the lost of D. Pedro II. At the same moment, other members of the IHGB could see the Republic by the same frame they understood the Independency: as a proclamation. Despite the conflict and tension between those receptions, they share one trait: the active life was understood without any need to engage with it. As proclamation the history was irresistible, the man where lead by the facts and not by their own actions. As anarchy the active life was just one more revolt, a blurred image without characters or density. However, the city claimed its life. As the opposite of the noise of the anarchy or the apathy of the proclamation, the vintém and the encilhamento happened outside the IHGB in the middle of an ongoing debate about an old object that started to became fundamental to the society: the money. If the members of the IHGB talked about proclamation and revolt, they realized the city changes, but they choose to stay apart, a position they shared with the civil governments of the Republic.MAXWELLILMAR ROHLOFF DE MATTOSFRANCISCO GOUVEA DE SOUSA2013-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21927@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=21927@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.21927porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-08-22T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:21927Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342019-08-22T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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