[pt] FORMAS DO INFAMILIAR: CONFIGURAÇÕES DO SIMULACRO NO TEMPO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: IRENE DANOWSKI VIVEIROS DE CASTRO
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51211@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=51211@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.51211
Resumo: [pt] Esta dissertação propõe uma análise do conceito de infamiliar (unheimlich) com o objetivo de encontrar suas condições de possibilidade em determinados tipos de discursos, nos quais esse sentimento ao mesmo tempo produz e é produzido por uma forma de tempo própria. Diz-se infamiliar aquele sentimento que emerge tanto no cotidiano como no contato com certas obras de ficção, como nota Freud em seu ensaio de mesmo nome (das Unheimliche), deslanchado por uma pequena distorção ou variação do familiar (isto é, daquilo que já é conhecido). O infamiliar diverge profundamente do familiar, ainda que mantendo com este último uma semelhança superficial, de aparência. Esta é sua principal característica, a saber, seu caráter de simulacro, de falsa cópia do familiar. Interessamo-nos, portanto, por entender melhor o tipo de discurso que se estrutura com base em um ou mais simulacros, notadamente o discurso sofista. O infamiliar também se caracteriza, na ficção, por vir frequentemente acompanhado de contradições cronológicas e por sugerir, portanto, uma distorção no tempo e no espaço das histórias. Veremos, enfim, como o discurso que opera por simulacros constrói uma forma do tempo específica e própria. Nosso objetivo é borrar os limites do que denominamos infamiliar, mostrando que ele nasce de particularidades da própria linguagem que estão presentes em todo tipo de discurso, que ele não nos é tão estrangeiro assim e nem tão particular a um grupo específico de gêneros literários.
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