[pt] A ELABORAÇÃO DE APOSTILAS PARA A AULA DE LEITURA EM INGLÊS: UM ESTUDO DE CASO

• Autor(a) principal: JACQUELINE GOMES VICENTE
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Outros
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
• Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15194@1; https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15194@2; http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15194
• topic: [pt] LEITURA; [pt] MATERIAL DIDATICO; [pt] GENEROS TEXTUAIS; [en] READING; [en] PEDAGOGICAL MATERIAL; [en] TEXTUAL GENRES

[pt] No contexto escolar no Brasil, destaca-se a compreensão leitora como um objetivo de ensino. No processo de ensino-aprendizagem, essa habilidade vem sendo identificada com a noção de que o aluno se apropria de gêneros textuais encontrados no material didático utilizado. Em muitas situações de ensino, por falta de livro didático adequado, o material é elaborado por professores da instituição, e toma a forma de apostilas, nas quais é comum utilizar gêneros textuais. As decisões sobre o uso de gêneros nesses casos dependem da visão que o autor do material tem sobre o alunado e sobre a natureza do processo de ensino-aprendizagem. O objetivo do presente trabalho é investigar uma série de apostilas destinadas ao ensino de leitura em língua inglesa para alunos do terceiro ano do ensino médio em um colégio da rede pública, enfocando a presença de gêneros, e mais especificamente, o gênero artigo de jornal, sendo este o mais presente nas apostilas examinadas. O estudo procura identificar de que forma o conceito de gêneros é abordado pelo autor e qual o papel dos gêneros na proposta de ensino. Para atingir este objetivo, faço a revisão da literatura sobre gêneros, especialmente, a noção adotada por Dolz & Schneuwly (2004), e sobre a abordagem instrumental à leitura. O estudo se detém nos enunciados propostos pelo autor do material, sendo que se pressupõe que os enunciados assinalam a direção da tarefa, seja para conteúdo, estrutura ou outro aspecto do trabalho com gêneros. A metodologia de pesquisa se desenvolve em duas partes. Uma é a análise dos conteúdos, na proposta de Ramos (2004), da formatação das apostilas, e dos enunciados nas tarefas. A segunda parte da metodologia é constituída de duas entrevistas com o autor das apostilas, sobre o processo de elaboração do material, os objetivos pedagógicos e a metodologia do autor, além de sua visão de gêneros como norte para a confecção de material didático. Pela análise das entrevistas, pode-se dizer que a noção de gênero é vista como oferecendo pouca base para o ensino. Pela análise das apostilas, pode-se observar que o material destaca a fase do detalhamento dos tópicos. Porém, a fase de aplicação (Ramos, 2004), onde o aluno poderia se apropria do gênero estudado, não é recorrente nas tarefas elaboradas pelo autor.