DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MARCELO AUGUSTO FELICETTI DA SILVA
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@2
Resumo: A produção do arquiteto carioca Sergio Bernardes (1919/2002) é tão vasta quanto desconhecida. Assertivo e questionador, desde o início da carreira mostrou-se avesso à formatações conceituais, estilísticas ou projetuais. Graduado em 1948 pela Universidade do Brasil, atuou até os anos 1990 no campo alargado do projeto com significativa mudança da escala projetual nos anos 1960/70. Experimentando o aço como partido estrutural da arquitetura, aventurou-se pelo universo das geometrias não euclidianas, pendurou pavilhões como ponte e residenciais como teleférico; testou materiais leves na construção; impulsionou a produção industrial desenvolvendo elementos para fabricação em série. Num caminho ambicioso entre associações multidisciplinares do conhecimento, pesquisa laboratorial e investigação experimental no canteiro, perseguiu uma espécie de idealismo sistêmico, fundamentado num virtuosismo tecnológico. De arquiteto a inventor social , Bernardes reafirmou a crença no sujeito moderno, no poder da razão, na potência do projeto e numa ação preventiva do futuro. No contexto arquitetônico brasileiro dos anos 1960/70, apostou alto na renovação de sua arquitetura, aproveitando-se da proximidade com o poder militar, principalmente, durante o período de pujança econômica (alta concentração de rendas) e desenvolvimento progressista do país sob a Ditadura, o assim chamado período do milagre brasileiro (1968/73). Momento em que o arquiteto assume protagonismo na construção da então recém inaugurada capital federal – Brasília. Esta pesquisa analisa quatro projetos emblemáticos de Sergio Bernardes para Brasília – a sede do Instituto Brasileiro do Café – IBC (1968/71); o edifício do Ministério da Marinha – MM (1970/73); a Escola Superior de Guerra (1970/74) e o Monumento ao Pavilhão Nacional (1972) –, todos destinados ao governo militar e realizados no período do milagre , buscando entender em que medida eles significaram uma possibilidade sem precedentes para sua arquitetura e, ao mesmo tempo, abriram o caminho da maldição que assombra sua obra desde então.
id PUC_RIO-1_83a0260bbd44d06f0fc166788fbd5517
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:28475
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)FROM MIRACLE TO CURSE: SERGIO BERNARDES AND BRASILIA (1968-74)2016-05-30ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE80008321787lattes.cnpq.br/2752050095055713ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE80008321787lattes.cnpq.br/2752050095055713ANA LUIZA DE SOUZA NOBREMARIA CRISTINA NASCENTES CABRALJOAO MASAO KAMITAANA LUIZA DE SOUZA NOBREMARIA CRISTINA NASCENTES CABRAL78373824120lattes.cnpq.br/3366141544363054MARCELO AUGUSTO FELICETTI DA SILVAPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM ARQUITETURAPUC-RioBRA produção do arquiteto carioca Sergio Bernardes (1919/2002) é tão vasta quanto desconhecida. Assertivo e questionador, desde o início da carreira mostrou-se avesso à formatações conceituais, estilísticas ou projetuais. Graduado em 1948 pela Universidade do Brasil, atuou até os anos 1990 no campo alargado do projeto com significativa mudança da escala projetual nos anos 1960/70. Experimentando o aço como partido estrutural da arquitetura, aventurou-se pelo universo das geometrias não euclidianas, pendurou pavilhões como ponte e residenciais como teleférico; testou materiais leves na construção; impulsionou a produção industrial desenvolvendo elementos para fabricação em série. Num caminho ambicioso entre associações multidisciplinares do conhecimento, pesquisa laboratorial e investigação experimental no canteiro, perseguiu uma espécie de idealismo sistêmico, fundamentado num virtuosismo tecnológico. De arquiteto a inventor social , Bernardes reafirmou a crença no sujeito moderno, no poder da razão, na potência do projeto e numa ação preventiva do futuro. No contexto arquitetônico brasileiro dos anos 1960/70, apostou alto na renovação de sua arquitetura, aproveitando-se da proximidade com o poder militar, principalmente, durante o período de pujança econômica (alta concentração de rendas) e desenvolvimento progressista do país sob a Ditadura, o assim chamado período do milagre brasileiro (1968/73). Momento em que o arquiteto assume protagonismo na construção da então recém inaugurada capital federal – Brasília. Esta pesquisa analisa quatro projetos emblemáticos de Sergio Bernardes para Brasília – a sede do Instituto Brasileiro do Café – IBC (1968/71); o edifício do Ministério da Marinha – MM (1970/73); a Escola Superior de Guerra (1970/74) e o Monumento ao Pavilhão Nacional (1972) –, todos destinados ao governo militar e realizados no período do milagre , buscando entender em que medida eles significaram uma possibilidade sem precedentes para sua arquitetura e, ao mesmo tempo, abriram o caminho da maldição que assombra sua obra desde então.The production of the Brazilian and native of Rio de Janeiro architect Sergio Bernardes is as vast as unknown. Assertive and questioner, since the beginning of his career, he presented himself against the conceptual, stylistic and projective formats. Graduated in 1948 at the Universidade do Brasil, he worked until 1990s in the large field of the project with abrupt change in the architectonical scale of the 1960s and 1970s. Starting from the experimentation of more restrict and defined programs, he interspersed a complex universe of the megastructures and headed prospective and visionary to the territory scale. By experimenting steel as structural source of architecture, he threw himself into the universe of the non euclidianas geometries; he hung pavilions as bridges, houses as cable cars; tested light materials in the construction, and increased the industrial production through the development of elements for series manufacturing. Through an ambitious way of multidisciplined associations of knowledge, laboratorial research and experimental investigation of the construction site, he pursued a type of systemic idealism, based on a technological virtuousism. From architect to a social inventor , he reassured his belief in the modern individual, in the power of reason, in the potency of the project and in a preventive action of future. In the Brazilian architectonical context of the 1960s and 70s, he truly believed in the renovation of his architecture, taking advantage of the good relationship he had with the Military, especially, during a period of economical force (concentration of incomes) and the progressive development of the country during the Dictatorship era, the Brazilian Miracle (1968/73). A moment in which, the architect takes over the protagonism of the just built, Federal Capital, Brasilia. This research is about four of the Sergio Bernardes emblematic projects for Brasilia– Instituto Brasileiro do Café – IBC (1968/71); Ministério da Marinha – MM (1970/73); Escola Superior de Guerra (1970/74); Monumento ao Pavilhão Nacional (1972) – all destined to the military government and finished within the period of time called the miracle , in order to understand how much of a possibility without precedents they meant for his architecture, and at the same time, how much of this opened the way to a curse that haunts his work since then.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROCOORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIORPROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:32:50Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:28475Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-06-30T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.pt.fl_str_mv DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
dc.title.alternative.en.fl_str_mv FROM MIRACLE TO CURSE: SERGIO BERNARDES AND BRASILIA (1968-74)
title DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
spellingShingle DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
MARCELO AUGUSTO FELICETTI DA SILVA
title_short DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
title_full DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
title_fullStr DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
title_full_unstemmed DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
title_sort DO MILAGRE À MALDIÇÃO: SERGIO BERNARDES E BRASÍLIA (1968-74)
author MARCELO AUGUSTO FELICETTI DA SILVA
author_facet MARCELO AUGUSTO FELICETTI DA SILVA
author_role author
dc.contributor.advisor2ID.none.fl_str_mv 80008321787
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 80008321787
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/2752050095055713
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
dc.contributor.advisor2Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/2752050095055713
dc.contributor.referee1.fl_str_mv ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
dc.contributor.referee2.fl_str_mv MARIA CRISTINA NASCENTES CABRAL
dc.contributor.referee3.fl_str_mv JOAO MASAO KAMITA
dc.contributor.referee4.fl_str_mv ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
dc.contributor.referee5.fl_str_mv MARIA CRISTINA NASCENTES CABRAL
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 78373824120
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/3366141544363054
dc.contributor.author.fl_str_mv MARCELO AUGUSTO FELICETTI DA SILVA
contributor_str_mv ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
MARIA CRISTINA NASCENTES CABRAL
JOAO MASAO KAMITA
ANA LUIZA DE SOUZA NOBRE
MARIA CRISTINA NASCENTES CABRAL
description A produção do arquiteto carioca Sergio Bernardes (1919/2002) é tão vasta quanto desconhecida. Assertivo e questionador, desde o início da carreira mostrou-se avesso à formatações conceituais, estilísticas ou projetuais. Graduado em 1948 pela Universidade do Brasil, atuou até os anos 1990 no campo alargado do projeto com significativa mudança da escala projetual nos anos 1960/70. Experimentando o aço como partido estrutural da arquitetura, aventurou-se pelo universo das geometrias não euclidianas, pendurou pavilhões como ponte e residenciais como teleférico; testou materiais leves na construção; impulsionou a produção industrial desenvolvendo elementos para fabricação em série. Num caminho ambicioso entre associações multidisciplinares do conhecimento, pesquisa laboratorial e investigação experimental no canteiro, perseguiu uma espécie de idealismo sistêmico, fundamentado num virtuosismo tecnológico. De arquiteto a inventor social , Bernardes reafirmou a crença no sujeito moderno, no poder da razão, na potência do projeto e numa ação preventiva do futuro. No contexto arquitetônico brasileiro dos anos 1960/70, apostou alto na renovação de sua arquitetura, aproveitando-se da proximidade com o poder militar, principalmente, durante o período de pujança econômica (alta concentração de rendas) e desenvolvimento progressista do país sob a Ditadura, o assim chamado período do milagre brasileiro (1968/73). Momento em que o arquiteto assume protagonismo na construção da então recém inaugurada capital federal – Brasília. Esta pesquisa analisa quatro projetos emblemáticos de Sergio Bernardes para Brasília – a sede do Instituto Brasileiro do Café – IBC (1968/71); o edifício do Ministério da Marinha – MM (1970/73); a Escola Superior de Guerra (1970/74) e o Monumento ao Pavilhão Nacional (1972) –, todos destinados ao governo militar e realizados no período do milagre , buscando entender em que medida eles significaram uma possibilidade sem precedentes para sua arquitetura e, ao mesmo tempo, abriram o caminho da maldição que assombra sua obra desde então.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-05-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=28475@2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM ARQUITETURA
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324929159299072