[pt] A NEGATIVIDADE DO POSITIVO: AFIRMAÇÃO E NEGAÇÃO EM DELEUZE
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50227@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50227@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50227 |
Resumo: | [pt] O presente trabalho tem por objetivo pensar o lugar do conceito de negatividade no interior da filosofia de Gilles Deleuze, frequentemente alcunhado como filósofo da afirmação. Conceitos como alegria e positividade foram utilizados na constituição de um cânone da alegria interpretativo, conforme a denominação de Andrew Culp, que confunde a primazia deleuziana da afirmação, como índice de univocidade ou imanência de uma diferença transcendental subjacente ao ser, com a exclusão irrestrita de todo elemento negativo de seu sistema. Nesse panorama, nossa pretensão é dupla: por um lado, partindo da definição geral do conceito deleuziano de univocidade, demonstrar de que modo as interpretações indicadas, ditas afirmacionistas, ao negligenciarem, em Deleuze, um sentido específico de negatividade, atinente ao seu conceito de criação, reproduzem um certo sentido de dogmatismo, enfaticamente criticado pelo autor. A figura tomada por Deleuze, nessas interpretações, arrisca ser, ela mesma, tornada mais um dos avatares do que o autor chamou de senso comum filosófico. Por outro lado, tentamos definir uma primeira forma de concepção dessa chamada negatividade, o que inclui esforços conceituais distintos. Primeiro, a exposição de leituras que também concebem, em Deleuze, espaço para o negativo; segundo, a tematização da relação entre Deleuze e Hegel, filósofo paradigmático da negatividade e objeto constante de críticas deleuzianas; terceiro, finalmente, a proposta de um conceito inicial de negatividade, oriundo da análise do que diz o autor, nomeadamente, sobre o termo. Um tal conceito deve basear-se no reconhecimento do primado ético da negação, enquanto vetor de orientação prática de um indivíduo situado do ponto de vista da atualidade do tempo presente, em oposição ao primado ontológico da afirmação, manifesto na compreensão da diferença como forma ou fundamento transcendental da experiência. |
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[pt] A NEGATIVIDADE DO POSITIVO: AFIRMAÇÃO E NEGAÇÃO EM DELEUZE[en] THE NEGATIVITY OF THE POSITIVE: AFFIRMATION AND NEGATION IN DELEUZE[pt] FILOSOFIA[pt] NEGATIVIDADE[pt] AFIRMACAO[pt] GILLES DELEUZE[en] PHILOSOPHY[en] NEGATIVITY[en] GILLES DELEUZE[pt] O presente trabalho tem por objetivo pensar o lugar do conceito de negatividade no interior da filosofia de Gilles Deleuze, frequentemente alcunhado como filósofo da afirmação. Conceitos como alegria e positividade foram utilizados na constituição de um cânone da alegria interpretativo, conforme a denominação de Andrew Culp, que confunde a primazia deleuziana da afirmação, como índice de univocidade ou imanência de uma diferença transcendental subjacente ao ser, com a exclusão irrestrita de todo elemento negativo de seu sistema. Nesse panorama, nossa pretensão é dupla: por um lado, partindo da definição geral do conceito deleuziano de univocidade, demonstrar de que modo as interpretações indicadas, ditas afirmacionistas, ao negligenciarem, em Deleuze, um sentido específico de negatividade, atinente ao seu conceito de criação, reproduzem um certo sentido de dogmatismo, enfaticamente criticado pelo autor. A figura tomada por Deleuze, nessas interpretações, arrisca ser, ela mesma, tornada mais um dos avatares do que o autor chamou de senso comum filosófico. Por outro lado, tentamos definir uma primeira forma de concepção dessa chamada negatividade, o que inclui esforços conceituais distintos. Primeiro, a exposição de leituras que também concebem, em Deleuze, espaço para o negativo; segundo, a tematização da relação entre Deleuze e Hegel, filósofo paradigmático da negatividade e objeto constante de críticas deleuzianas; terceiro, finalmente, a proposta de um conceito inicial de negatividade, oriundo da análise do que diz o autor, nomeadamente, sobre o termo. Um tal conceito deve basear-se no reconhecimento do primado ético da negação, enquanto vetor de orientação prática de um indivíduo situado do ponto de vista da atualidade do tempo presente, em oposição ao primado ontológico da afirmação, manifesto na compreensão da diferença como forma ou fundamento transcendental da experiência.[en] The present work aims to think about the place of the concept of negativity within the philosophy of Gilles Deleuze, often nicknamed as a philosopher of affirmation. Concepts such as joy and positivity were used in the constitution of an interpretive canon of joy, according to Andrew Culp s denomination, which confuses Deleuzian primacy of afirmation, as an index of univocity or immanence of a transcendental difference underlying being, with an unrestricted exclusion of every negative element from his system. In this sense, our pretension is twofold: on the one hand, starting from the general definition of the concept of univocity, to demonstrate in which way the indicated interpretations, called affirmationists, by neglecting, in Deleuze, a specific sense of negativity related to his concept of creation, reproduce a certain sense of dogmatism, emphatically criticized by the author. The figure taken by Deleuze, in these interpretations, risks being itself made one of the avatars of what the author called philosophical common sense. On the other hand, we try to define a first way of conceiving this so-called negativity, what includes different conceptual efforts. First, an exhibition of readings that also conceive, in Deleuze, space for the negative; second, the thematization of the relationship between Deleuze and Hegel, the paradigmatic philosopher of negativity and constant object of Deleuzian criticism; third, finally, a proposal for an initial concept of negativity, derived from the analysis of what the author directly says regarding to the term. Such a concept must be based on the recognition of an ethical primacy of negation, comprehended as a vector for the practical orientation of an individual situated from the point of view of present time s actuality, as opposed to the ontological primacy of affirmation, manifest in the comprehension of difference as a transcendental form or foundation of experience.MAXWELLRODRIGO GUIMARAES NUNESGABRIEL PRADO RODRIGUES2020-11-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50227@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=50227@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50227porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-19T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:50227Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342024-06-19T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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