[en] SILENCE AND NOISE: AN INTRODUCTION TO MUSIC FROM A FREUDIAN AND LACANIAN PERSPECTIVE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LOURENCO ASTUA DE MORAES
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12483@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12483
Resumo: [pt] O lugar que o silêncio ocupa, tanto na prática analítica como na música, é central. Buscamos no presente trabalho interrogar esse silêncio, supondo encontrar nele um ponto de interseção possível entre os campos em questão. Na música, o silêncio aparece, primeiramente, como aquilo que, estruturalmente, a nega, permitindo-lhe, assim, existir. É o vazio que confere ao som, sua forma. Por outro lado, o silêncio, por vezes imposto à própria música, aparece também nisso que esta levanta problemas de ordem ética e política. Em psicanálise, o silêncio, além de também ter uma posição estrutural, remete à pulsão. Invenção freudiana, a pulsão, mito que é, é aquilo de onde pode vir a advir um sujeito, isto é, a condição de possibilidade de uma escolha ética por parte do ser de linguagem. Jacques Lacan retoma o circuito pulsional de Freud e seus quatro termos e nos mostra que esse circuito se dá em torno de algo: o objeto a. Objeto causa de desejo e de angústia, o objeto a aparece sob diversas formas nos níveis do desenvolvimento subjetivo, a saber, oral, anal, fálico, escópico e vocal. Com Lacan, vemos que a voz é o mugido bestial do pai morto, grito de um deus sacrificado que assombra a linguagem. Trata-se de uma voz silenciosa mas presente, com efeitos no real. Sendo uma forma de calar essa voz, de abafá-la, a música, paradoxalmente, também veicula de forma privilegiada esse objeto e cria um vazio ao qual propomos, fechando o circuito, dar outro nome: o silêncio.
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