[en] A PSYCHOANALYTICAL STUDY ON THE EXPERIENCE OF AMPUTATION AND BODY RECONSTRUCTION

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANDRA TEIXEIRA MARQUES
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=8567@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.8567
Resumo: [pt] A origem desta dissertação se fundamentou na clínica com amputados numa Instituição de Reabilitação, onde a experiência corporal possui um lugar de destaque. A psicanálise estabelece um outro estatuto para o corpo, distinguindo-se do saber médico, que ultrapassa a dimensão orgânica/biológica, especialmente, quando forja o conceito de pulsão. Por seu desamparo inicial, o bebê humano depende de uma alteridade capaz de auxiliá-lo na construção de uma fronteira corporal através do seu investimento libidinal na criança. Esse outro, além de marcar eroticamente seu corpo de forma a delinear os circuitos pulsionais, fornece-lhe uma experiência de existência contínua e uma imagem identificatória que servem para o desenvolvimento do Eu e para a apresentação de um campo objetal possível. Determina ainda uma matriz simbólica que marca este corpo como desejante e falante. Diante dos destinos pulsionais possíveis, a experiência da perda invoca a capacidade de recriação através do trabalho de luto. O luto é a operação de recolhimento dos investimentos libidinais dos objetos perdidos, a fim de que possam ser novamente investidos. Esta pesquisa aborda uma perda peculiar: a de parte do corpo. A experiência da amputação impõe um remanejamento narcísico que resulta numa outra forma de experimentar o corpo na sua condição erógena e, por conseguinte, o mundo. Contudo, a experiência corporal também apresenta uma dimensão coletiva. É preciso reconhecer que a modernidade trouxe, com a Revolução Industrial, algo inovador na experimentação do corpo. Os avanços tecnológicos fizeram do corpo uma forma híbrida. O corpo como híbrido é, a um só tempo: natureza, técnicas, ciência, economias pulsionais, inconscientes e discursos. É assim que o uso da prótese pode ser pensado.
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