[pt] ENTENDENDO O MOVIMENTO CONSUMERISTA BRASILEIRO PELA PERSPECTIVA DECOLONIAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RAFAELA BARBOSA FERREIRA DOS SANTOS
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62383@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62383
Resumo: [pt] O presente estudo buscou analisar, a partir de uma perspectiva decolonial, como e por que padrões eurocêntricos foram adotados pelo movimento de consumerismo no Brasil e as consequências colonialistas desse processo. Para alcançar o objetivo proposto, foram desenvolvidos três artigos, que abordaram discussões relacionadas a modernidade/colonialidade/decolonialismo; consumerismo e movimento consumerista; e um estudo empírico de uma organização consumerista brasileira. Foram revisadas as literaturas acerca de decolonialismo e consumerismo, nas quais ficou evidente a resistência da área de marketing em abordar o tema de consumerismo em pesquisas e a baixa presença de estudos que utilizem perspectivas alternativas àquelas originadas no Norte Global para analisar fenômenos de consumo, mesmo os de natureza crítica. No caso da Proteste foi identificado que as práticas consumeristas da organização refletem a colonialidade praticada por organizações eurocêntricas, que influenciam o consumerismo no Brasil, impondo o modelo de consumerismo praticado no Norte Global, ignorando as particularidades do mercado brasileiro e as necessidades da população que não se relacionam ao consumo. Com base em entrevistas e em dados secundários, a análise demonstrou como a Proteste lida com a hierarquia criada dentro da Euroconsumers, posicionando-a na parte inferior dessa estrutura, bem como adota o conhecimento consumerista universalista eurocêntrico, que não necessariamente contribui para resolver as questões consumeristas do Brasil. A perspectiva decolonial pode contribuir para a identificação da colonialidade presente na influência eurocêntrica no movimento consumerista, evidenciando a imposição do conhecimento do Norte Global sobre o tema, que é visto como universal e ignora as necessidades do consumidor brasileiro, que não são tratadas em profundidade. Assim, o movimento consumerista brasileiro se concentra nas questões relacionadas à escolha de produtos e serviços, valorizando a etapa transacional do consumo, deixando de lado o bem-estar e as necessidades básicas do consumidor.
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Foram revisadas as literaturas acerca de decolonialismo e consumerismo, nas quais ficou evidente a resistência da área de marketing em abordar o tema de consumerismo em pesquisas e a baixa presença de estudos que utilizem perspectivas alternativas àquelas originadas no Norte Global para analisar fenômenos de consumo, mesmo os de natureza crítica. No caso da Proteste foi identificado que as práticas consumeristas da organização refletem a colonialidade praticada por organizações eurocêntricas, que influenciam o consumerismo no Brasil, impondo o modelo de consumerismo praticado no Norte Global, ignorando as particularidades do mercado brasileiro e as necessidades da população que não se relacionam ao consumo. Com base em entrevistas e em dados secundários, a análise demonstrou como a Proteste lida com a hierarquia criada dentro da Euroconsumers, posicionando-a na parte inferior dessa estrutura, bem como adota o conhecimento consumerista universalista eurocêntrico, que não necessariamente contribui para resolver as questões consumeristas do Brasil. A perspectiva decolonial pode contribuir para a identificação da colonialidade presente na influência eurocêntrica no movimento consumerista, evidenciando a imposição do conhecimento do Norte Global sobre o tema, que é visto como universal e ignora as necessidades do consumidor brasileiro, que não são tratadas em profundidade. Assim, o movimento consumerista brasileiro se concentra nas questões relacionadas à escolha de produtos e serviços, valorizando a etapa transacional do consumo, deixando de lado o bem-estar e as necessidades básicas do consumidor.[en] The present study sought to analyze, from a decolonial perspective, how and why Eurocentric standards were adopted by the consumerism movement in Brazil and the colonialist consequences of this process. To achieve the proposed objective, three articles were developed, which addressed discussions related to modernity/coloniality/decolonialism; consumerism and consumerist movement; and an empirical study of a Brazilian consumer organization. The literature on decolonialism and consumerism was reviewed, in which it was evident the resistance of the marketing area to address the topic of consumerism in research and the low presence of studies that use alternative perspectives to those originated in the Global North to analyze consumption phenomena, even those of a critical nature. In the case of Proteste, it was identified that the organization s consumerist practices reflect the coloniality practiced by Eurocentric organizations, which influence consumerism in Brazil by imposing the model of consumerism practiced in the Global North, ignoring the particularities of the Brazilian market and the needs of the population that does not relate to consumption. Based on interviews and secondary data, the analysis demonstrated how Proteste deals with the hierarchy created within Euroconsumers, positioning it at the bottom of this structure, as well as adopting the Eurocentric universalist consumerist knowledge, which does not necessarily contribute to solving the issues consumers in Brazil. The decolonial perspective can contribute to identifying the coloniality present in the Eurocentric influence on the consumerist movement, highlighting the imposition of knowledge from the Global North on the subject, seen as universal, and ignoring the needs of the Brazilian consumer, which are not treated in depth. Thus, the Brazilian consumerist movement focuses on issues related to the choice of products and services, valuing the transactional stage of consumption, leaving aside the well-being and basic needs of the consumer.MAXWELLMARCUS WILCOX HEMAISMARCUS WILCOX HEMAISRAFAELA BARBOSA FERREIRA DOS SANTOS2023-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62383@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=62383@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.62383porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-04-26T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:62383Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342023-04-26T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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