[pt] QUEM TEM OFÍCIO TEM BENEFÍCIO: A REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL PRIVADA EM FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ISABEL CRISTINA SILVA MARQUES PALTRINIERI
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16764@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.16764
Resumo: [pt] Esta dissertação tem por objeto de análise a rede de proteção social aos trabalhadores alocados na iniciativa privada. Objetiva desvelar os elementos de influência de tal rede sobre a construção das concepções de direitos sociais e cidadania por parte destes trabalhadores, na atualidade. Com o processo de retração do papel do Estado como provedor da assistência ao trabalhador, as empresas, através dos benefícios que compõem suas redes de proteção social privada, vêm suprindo esta lacuna. Tal movimento reafirma o conceito de cidadania regulada, na medida em que somente os seletos grupos de trabalhadores contemplados por tais benefícios têm acesso à saúde, alimentação e educação, em níveis considerados dignos e de qualidade. Paralelamente a este processo, constata-se, de um modo geral, o sucateamento dos mecanismos de prestação de bem estar social à população, especialmente em relação à saúde e à educação. Baseado em levantamento documental e bibliográfico, bem como em pesquisa de campo exploratória, que contou com uma amostragem de trabalhadores do sistema de Furnas Centrais Elétricas, o estudo demonstrou que as concepções sobre direitos sociais e cidadania, por parte dos trabalhadores pesquisados, sofrem influências da rede de proteção social privada à qual têm ou não acesso. Contudo, das entrevistas emergiu outro ponto de influência significativo, que diz respeito à fragmentação da classe-que-vive-do-trabalho, no universo pesquisado, que estabelece uma estreita ligação com o acesso daqueles trabalhadores aos benefícios disponibilizados pela empresa. Outro ponto relevante, apontado pelo estudo, diz respeito às fragilidades de organização destes trabalhadores, na atualidade, para que tais benefícios sejam de fato considerados como direitos conquistados e não como benesses ou mecanismos de formas de gestão empresarial com o objetivo de atingir maiores níveis de produtividade e de consenso.
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