[pt] FAZER SABER: O DISCURSO DA TÉCNICA EM PAULO MENDES DA ROCHA

• Autor(a) principal: GREGORIO RAMOS ROSENBUSCH
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Outros
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
• Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53321@1; https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=53321@2; http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.53321
• topic: [pt] DISCURSO; [pt] CADEIRA PAULISTANO; [pt] PAULO MENDES DA ROCHA; [pt] TECNICA; [en] DISCOURSE; [en] PAULISTANO CHAIR; [en] PAULO MENDES DA ROCHA; [en] TECHNIQUE

[pt] A pesquisa tem por objetivo investigar o discurso da técnica do arquiteto Paulo Mendes da Rocha (Vitória, 1928). Primeiramente, mobilizam-se alguns depoimentos seus da década de 2010, nestes a frase que dispara a pesquisa é a afirmação de que o objetivo maior da arquitetura é exibir o êxito da técnica. Esta sentença suscita a análise do primeiro projeto do arquiteto, a cadeira Paulistano (1956). No discurso de Mendes da Rocha acerca da cadeira, por sua vez, revelam-se condições de produção num contexto em acentuado processo de industrialização: a São Paulo da segunda metade da década de 1950. Em meio a estas transformações, em paralelo à construção de Brasília, a realização da Paulistano articula, de um lado, a produção da indústria moderna e, de outro lado, o labor do artífice numa modesta oficina. De tal modo, observamos no discurso de projeto da Paulistano a passagem da escala privada do mobiliário para a escala da metrópole. Esta passagem realiza-se efetivamente na carreira do arquiteto com a construção de seu primeiro edifício, o Ginásio do Paulistano (1958), sobre o qual também nos detemos, ao mesmo tempo em que levantamos questões sobre autoridade, autonomia, originalidade e o próprio conceito de técnica, com o apoio de autores como Richard Sennett, Martin Heidegger e Michel Foucault. Com este recorte procuramos interrogar o sentido assumido pela técnica no discurso de Mendes da Rocha, que em exibir e êxito aponta para uma condição de visibilidade não somente da técnica, mas da necessidade humana a convocá-la e, em última instância, da própria humanidade.