POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@2
Resumo: A presente tese nasce de uma contestação às concepções hegemônicas na ciência e no senso comum sobre o pensar a saúde humana, problematizando a sua influência nas práticas de saúde pública e na organização popular para proteção da vida, apontando para uma alternativa à Vigilância em Saúde como uma ação da biopolítica do Estado para controle e padronização de corpos: a Vigilância Popular em Saúde, uma prática espacial para emancipação humana, um devir no qual grupos subalternos apropriam-se de mecanismos de biopoder para soberania sobre seus corpos. A orientação metodológica está pautada no materialismo histórico-dialético na compreensão do real em movimento e seu desenvolvimento teórico-crítico indicando que: a) A Vigilância em Saúde é um instrumento de biopoder para manutenção da hegemonia social e tem seu escopo de atuação limitada, impossibilitando a solução para crises sanitárias e sociais que precarizam vidas humanas de forma desigual. b) As experiências analisadas são estratégias contra-hegemônica através de práticas espaciais de atores sociais em distintas realidades brasileiras, que associaram conhecimentos científicos com os diversos saberes populares na construção de ações para enfrentamento aos processos de adoecimento humano. c) Uma trajetória teórica e prática foi construída através da relação sociedade e natureza, na historicidade da condição física do corpo e na determinação socioespacial da saúde, para então vislumbrar a realização de práticas espaciais emancipatórias da Vigilância Popular em Saúde. Esta tese é uma análise sobre uma alternativa ao Estado moderno, é uma reflexão sobre as práticas espaciais para emancipação humana, uma contribuição ao debate teórico e a ação de grupos subalternos na busca pela transição para uma sociedade pautada na justiça social.
id PUC_RIO-1_9c427c85f6c6bc6de490516ff99d104a
oai_identifier_str oai:MAXWELL.puc-rio.br:57190
network_acronym_str PUC_RIO-1
network_name_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository_id_str 534
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPOPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATIONVIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE: UMA PRÁTICA ESPACIAL PARA EMANCIPAÇÃO HUMANA2021-12-17REGINA CELIA DE MATTOS17471850787lattes.cnpq.br/7895263599863107REGINA CELIA DE MATTOSJOSE BORZACCHIELLO DA SILVANILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNESNILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNESRITA DE CASSIA MARTINS MONTEZUMA 10195293770FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONAPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROPPG EM GEOGRAFIAPUC-RioBRA presente tese nasce de uma contestação às concepções hegemônicas na ciência e no senso comum sobre o pensar a saúde humana, problematizando a sua influência nas práticas de saúde pública e na organização popular para proteção da vida, apontando para uma alternativa à Vigilância em Saúde como uma ação da biopolítica do Estado para controle e padronização de corpos: a Vigilância Popular em Saúde, uma prática espacial para emancipação humana, um devir no qual grupos subalternos apropriam-se de mecanismos de biopoder para soberania sobre seus corpos. A orientação metodológica está pautada no materialismo histórico-dialético na compreensão do real em movimento e seu desenvolvimento teórico-crítico indicando que: a) A Vigilância em Saúde é um instrumento de biopoder para manutenção da hegemonia social e tem seu escopo de atuação limitada, impossibilitando a solução para crises sanitárias e sociais que precarizam vidas humanas de forma desigual. b) As experiências analisadas são estratégias contra-hegemônica através de práticas espaciais de atores sociais em distintas realidades brasileiras, que associaram conhecimentos científicos com os diversos saberes populares na construção de ações para enfrentamento aos processos de adoecimento humano. c) Uma trajetória teórica e prática foi construída através da relação sociedade e natureza, na historicidade da condição física do corpo e na determinação socioespacial da saúde, para então vislumbrar a realização de práticas espaciais emancipatórias da Vigilância Popular em Saúde. Esta tese é uma análise sobre uma alternativa ao Estado moderno, é uma reflexão sobre as práticas espaciais para emancipação humana, uma contribuição ao debate teórico e a ação de grupos subalternos na busca pela transição para uma sociedade pautada na justiça social.This thesis is born from a challenge to the hegemonic conceptions in science and common sense about thinking about human health, problematizing its influence on public health practices and popular organization for the protection of life, pointing to an alternative to Health Surveillance as an action of State biopolitics for the control and standardization of bodies: the Popular Health Surveillance, a spatial practice for human emancipation, a becoming in which subaltern groups appropriate biopower mechanisms for sovereignty over their bodies. The methodological orientation is based on the historical-dialectical materialism in the understanding of the real in movement and its theoretical-critical development indicating that: a) Health Surveillance is an instrument of biopower for the maintenance of social hegemony and has its scope of action limited, making it impossible to solve health and social crises that make human lives precarious in an unequal way. b) The analyzed experiences are counter-hegemonic strategies through spatial practices of social actors in different Brazilian realities, which associated scientific knowledge with the various popular knowledge in the construction of actions to confront the processes of human illness. c) A theoretical and practical trajectory was built through the relationship between society and nature, in the historicity of the physical condition of the body and the socio-spatial determination of health, to then glimpse the realization of emancipatory spatial practices of Popular Health Surveillance. This thesis is an analysis of an alternative to the modern state, a reflection on spatial practices for human emancipation, a contribution to the theoretical debate and the action of subaltern groups in the search for the transition to a society based on social justice.PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIROhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T14:07:20Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:57190Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-08-15T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
dc.title.en.fl_str_mv POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
dc.title.alternative.pt.fl_str_mv VIGILÂNCIA POPULAR EM SAÚDE: UMA PRÁTICA ESPACIAL PARA EMANCIPAÇÃO HUMANA
title POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
spellingShingle POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA
title_short POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
title_full POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
title_fullStr POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
title_full_unstemmed POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
title_sort POPULAR HEALTH SURVEILLANCE: A SPATIAL PRACTICE FOR HUMAN EMANCIPATION
dc.creator.Lattes.none.fl_str_mv
author FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA
author_facet FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv REGINA CELIA DE MATTOS
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 17471850787
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br/7895263599863107
dc.contributor.referee1.fl_str_mv REGINA CELIA DE MATTOS
dc.contributor.referee2.fl_str_mv JOSE BORZACCHIELLO DA SILVA
dc.contributor.referee3.fl_str_mv NILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES
dc.contributor.referee4.fl_str_mv NILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES
dc.contributor.referee5.fl_str_mv RITA DE CASSIA MARTINS MONTEZUMA
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 10195293770
dc.contributor.author.fl_str_mv FELIPE BAGATOLI SILVEIRA ARJONA
contributor_str_mv REGINA CELIA DE MATTOS
REGINA CELIA DE MATTOS
JOSE BORZACCHIELLO DA SILVA
NILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES
NILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES
RITA DE CASSIA MARTINS MONTEZUMA
description A presente tese nasce de uma contestação às concepções hegemônicas na ciência e no senso comum sobre o pensar a saúde humana, problematizando a sua influência nas práticas de saúde pública e na organização popular para proteção da vida, apontando para uma alternativa à Vigilância em Saúde como uma ação da biopolítica do Estado para controle e padronização de corpos: a Vigilância Popular em Saúde, uma prática espacial para emancipação humana, um devir no qual grupos subalternos apropriam-se de mecanismos de biopoder para soberania sobre seus corpos. A orientação metodológica está pautada no materialismo histórico-dialético na compreensão do real em movimento e seu desenvolvimento teórico-crítico indicando que: a) A Vigilância em Saúde é um instrumento de biopoder para manutenção da hegemonia social e tem seu escopo de atuação limitada, impossibilitando a solução para crises sanitárias e sociais que precarizam vidas humanas de forma desigual. b) As experiências analisadas são estratégias contra-hegemônica através de práticas espaciais de atores sociais em distintas realidades brasileiras, que associaram conhecimentos científicos com os diversos saberes populares na construção de ações para enfrentamento aos processos de adoecimento humano. c) Uma trajetória teórica e prática foi construída através da relação sociedade e natureza, na historicidade da condição física do corpo e na determinação socioespacial da saúde, para então vislumbrar a realização de práticas espaciais emancipatórias da Vigilância Popular em Saúde. Esta tese é uma análise sobre uma alternativa ao Estado moderno, é uma reflexão sobre as práticas espaciais para emancipação humana, uma contribuição ao debate teórico e a ação de grupos subalternos na busca pela transição para uma sociedade pautada na justiça social.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-12-17
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@2
url https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=57190@2
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.publisher.program.fl_str_mv PPG EM GEOGRAFIA
dc.publisher.initials.fl_str_mv PUC-Rio
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron:PUC_RIO
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
instacron_str PUC_RIO
institution PUC_RIO
reponame_str Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
collection Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1748324962263891968