[pt] O CAVALETE DE VIDRO: IMAGENS DE UMA MUSEOGRAFIA EM LONGA EXPOSIÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LUIZA BATISTA AMARAL
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60483@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60483@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.60483
Resumo: [pt] Esta tese tem como objeto o cavalete de vidro, um mobiliário desenhado pela arquiteta Lina Bo Bardi para compor a museografia da segunda sede do Masp, inaugurada em 1968. A pesquisa se desenvolve a partir da cronologia do próprio objeto, o qual foi usado para exibir as pinturas do acervo permanente até 1996, substituído em seguida por paredes de gesso, e retomado em 2015. Realiza-se uma gênese da museografia do cavalete pautada na cultura visual – constituída no seu entorno – também a partir de seu croqui e suas materialidades, especialmente o concreto e o vidro. Essa análise histórica do cavalete de vidro apresenta dois movimentos: observa o objeto de fora para dentro e de dentro para fora. A proposta de trazer o cavalete de vidro ao status de imagem, deslocando-o de uma leitura plástica no campo da arquitetura, viabiliza a compreensão em torno de sua recepção e da construção da estética da simultaneidade e da sobreposição. Percorre-se os caminhos do cavalete após 1996, sua remontagem em exposições nacionais e internacionais, e os debates e polêmicas sobre sua retirada da pinacoteca, tendo como base a quadragésima reunião do IPHAN de 2003 e artigos publicados em jornais. Por fim, analisa-se a presença do cavalete como elemento estético apropriado em obras e instalações artísticas mobilizada pelo Masp, entendendo essa mobilização como reforço da arquiteta Lina Bo Bardi como figura central da identidade desse museu. Para fundamentar as reflexões da tese são utilizados textos e imagens de Lina Bo Bardi, de Pietro Maria Bardi, catálogos e obras do acervo do Masp e reportagens sobre a recepção dos cavaletes, além dos textos da crítica sobre o mobiliário e as atas das reuniões do IPHAN. Nesta tese, por fim, identifica-se a representação contemporânea do Masp e como o cavalete cumpre um papel importante ao servir de suporte para a afirmação da atualidade da museografia de Lina, associando o cavalete à crítica decolonial e à crítica da historiografia da arte de raízes europeias. Argumenta-se que o Masp se baseia na condição de transparência de sua arquitetura e museografia, para se apresentar em outras frentes como um museu democrático e coletivo.
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Essa análise histórica do cavalete de vidro apresenta dois movimentos: observa o objeto de fora para dentro e de dentro para fora. A proposta de trazer o cavalete de vidro ao status de imagem, deslocando-o de uma leitura plástica no campo da arquitetura, viabiliza a compreensão em torno de sua recepção e da construção da estética da simultaneidade e da sobreposição. Percorre-se os caminhos do cavalete após 1996, sua remontagem em exposições nacionais e internacionais, e os debates e polêmicas sobre sua retirada da pinacoteca, tendo como base a quadragésima reunião do IPHAN de 2003 e artigos publicados em jornais. Por fim, analisa-se a presença do cavalete como elemento estético apropriado em obras e instalações artísticas mobilizada pelo Masp, entendendo essa mobilização como reforço da arquiteta Lina Bo Bardi como figura central da identidade desse museu. Para fundamentar as reflexões da tese são utilizados textos e imagens de Lina Bo Bardi, de Pietro Maria Bardi, catálogos e obras do acervo do Masp e reportagens sobre a recepção dos cavaletes, além dos textos da crítica sobre o mobiliário e as atas das reuniões do IPHAN. Nesta tese, por fim, identifica-se a representação contemporânea do Masp e como o cavalete cumpre um papel importante ao servir de suporte para a afirmação da atualidade da museografia de Lina, associando o cavalete à crítica decolonial e à crítica da historiografia da arte de raízes europeias. Argumenta-se que o Masp se baseia na condição de transparência de sua arquitetura e museografia, para se apresentar em outras frentes como um museu democrático e coletivo.[en] The main object of study from this research is the glass easel, a furniture designed by the architect Lina Bo Bardi, to integrate the museography of the second headquarters of MASP, inaugurated in 1968. This work goes through the timeline of the object itself, which was used to exhibit paintings from the permanent collection up to 1996, being replaced by plaster walls, and restored in 2015. The genesis of the easel s museography is marked by visual culture – based on its surroundings – and also by sketches and its materiality. This historical analysis of glass easels presents two movements: it analyses the object from the outside in and from the inside out. The purpose is to give the glass easel the status of image, displacing it from a plastic reading in the field of architecture, and making it possible to understand its reception and the construction of the aesthetics of simultaneity and overlapping. This work will cover the paths after 1996, so will be its appearance in national and international exhibitions, controversial debates about its removal from the art gallery, based on the 40th meeting of IPHAN in 2003 and articles published in newspapers. Finally, the easel is analyzed as an aesthetic element in artistic pieces and installations mobilized by MASP, understanding this mobilization as a reinforcement of the figure of the architect Lina Bo Bardi as a main portrait of the musem s identity. In order to support the reflections of the dissertation, this research will present texts and images taken by Lina Bo Bardi and Pietro Maria Bardi, works from MASP s collection and news reports on the reception of easels, in addition to critical texts about the furniture and the minutes of the MASP IPHAN meetings. In this dissertation, without further ado, one can identify a contemporary representation of MASP and the important role of the easel by serving as a support for the assumption of how modern Lina s museography is, associating the object in question with decolonial criticism and critics about the historiography of art from European roots. One can argue that MASP relies on the transparent condition of its architecture and museography to present itself in other fronts as a democratic and collective museum.MAXWELLSERGIO BRUNO GUIMARAES MARTINSSERGIO BRUNO GUIMARAES MARTINSLUIZA BATISTA AMARAL2022-09-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60483@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=60483@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.60483porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-09-05T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:60483Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-09-05T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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