[pt] A VIOLENTA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO CARIOCA: AS FAVELAS COMO MANIFESTAÇÃO DO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL E OS DESAFIOS DE UMA EDUCAÇÃO PARA ALÉM DO CAPITAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALAN SILVEIRA
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=35123@1
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http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.35123
Resumo: [pt] Quando analisamos o cotidiano das favelas percebemos que além da exclusão de parcelas da população existe a sua legitimação por ocupar um espaço considerado anômalo à cidade, o que nos leva a interpretá-las enquanto manifestação do processo de segregação socioespacial. Nesta dissertação partimos do princípio de que a segregação é fundamento e condição da violenta urbanização capitalista. A associação da favela com as imagens de perigo, de crime e de descontrole, se perpetua até os dias atuais, criando estereótipos que no caso da capital fluminense comporta aproximadamente um quarto da população. Outra questão relevante é que boa parte dos moradores de favelas introjetam essas representações do seu espaço de vivência, sofrendo a violência simbólica ao não se sentirem pertencentes à cidade, na maioria das vezes reforçada pela escola assim como pela geografia escolar quando aborda a favela como um problema urbano. O preconceito é categoria do pensamento e do comportamento cotidianos que se objetiva nas práticas espaciais, levando aqueles que são o alvo dessas práticas preconceituosas a conviver com a violência simbólica e até mesmo física. Acreditamos que a docência, e de maneira mais específica o ensino de Geografia, possa constituir mediação fundamental para estabelecer a lógica das classes populares a partir de formas espaciais de resistências, como as favelas, dando visibilidade a esses sujeitos, exercendo um papel de contrainternalização da hierarquia social a qual estão submetidos no decorrer de suas trajetórias de vida, ou seja, a partir de um projeto de educação para além do capital.
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