[pt] RUPTURA E PERMANÊNCIA: AS TENDÊNCIAS ANTILIBERAIS DO UDENISMO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: JORGE GOMES DE SOUZA CHALOUB
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15042@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15042@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.15042
Resumo: [pt] O udenismo não se confunde com a UDN. Mais do que uma doutrina partidária, ele constitui um conjunto de crenças e práticas políticas, que marcou fortemente a atuação e produção intelectual de um partido, mas não apenas deste. Somente a partir da UDN, o emaranhado de atos e ideias emerge como ideologia identificável, porém seus desdobramentos certamente a ultrapassam. Trata-se, com efeito, de um ideário marcado por profundas ambiguidades, que não se restringem a tradicional cisão entre teoria e prática, mas atravessam as próprias ideias e políticas. Além das conjunções entre prática antiliberal e discurso liberal, os atores udenistas revelam tensões no seio de sua atuação, assim como premissas teóricas por vezes inconciliáveis. O presente trabalho investiga algumas razões de tais conflitos, a partir da inserção do udenismo na tradição do pensamento político brasileiro. Ao conjugar raízes diversas, o udenismo emerge como ideologia cindida em seu âmago, que toma parte do discurso de um de seus maiores adversários, o autoritarismo instrumental de Vargas, como centro de suas práticas políticas. A ambiguidade é mais do acidental, uma vez que constitui a substância primeira do ideário udenista. O escopo da dissertação não é simplesmente determinar o uso do léxico autoritário, devedor de uma tradição de pensadores da primeira República, mas indagar os motivos e consequências de tal prática, fundamental para melhor compreender a política brasileira do interregno 1946- 1964.
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