ERGONOMIA INFORMACIONAL NA TRAVESSIA DE PEDESTRE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GIUSEPPE AMADO DE OLIVEIRA
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15114@1
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Resumo: tese é sobre o comportamento de risco adotado pelos pedestres em travessias com sinalização semafórica. Observou-se que muitos pedestres arriscam-se ao atravessar a movimentada Av. Presidente Vargas. Esta via localizada no Centro da cidade do Rio de Janeiro possui intenso tráfego de veículos e fluxo de pedestres. Muitos transeuntes atravessam as quatro pistas da avenida de forma arriscada ao não obedecerem à sinalização indicada pelo semáforo. Para conduzir esta pesquisa sobre o processo de travessia de pedestres em vias semaforizadas, utilizou-se um modelo desenvolvido por pesquisadores norte-americanos – Wogalter, Dejoy e Laughery (1999) – conhecido como Modelo de Comunicação-Processamento Humano da Informação – C-HIP Model. Este modelo organiza de forma seqüencial, através de sete estágios, como a informação é transmitida por uma fonte, recebida e processada pelo usuário com o propósito de direcioná-lo a adotar um comportamento seguro e comprometido com o conteúdo da sinalização. Investigando-se a partir dos estágios do modelo C-HIP, através de métodos e técnicas apropriados para cada estágio, identificaram-se quais fatores são contribuintes para que o pedestre desobedeça à sinalização de trânsito e adote um comportamento de risco em travessias semaforizadas. Os principais métodos utilizados foram observação e inquirição. Observações sistemáticas foram feitas para investigar a relação entre atenção do pedestre e o seu comportamento. A escala de avaliação foi aplicada para investigar a relação entre educação no trânsito, convicções, motivação e comportamento do pedestre. A compreensão dos elementos gráficos e pictóricos nas travessias semaforizadas foi estudada através do Teste de Compreensão (ISO 9186). Os dados foram tratados e analisados a partir de métodos da estatística inferencial (Correlação de Pearson e Qui-Quadrado) e, posteriormente, realizouse entrevista semi-estruturadas para colher informações que não seriam possíveis através de métodos quantitativos. Considerou-se que o pedestre tem a orientação familiar como a principal forma de contato com a educação no trânsito, que possui uma crença otimista sobre sua capacidade de avaliar o momento certo de atravessar a via e que a pressa é um dos principais fatores a motivá-lo a desobedecer às normas de trânsito. Identificou-se que os pedestres utilizam majoritariamente a faixa de rolamento para veículos como fonte de informação e que os homens arriscam-se mais que as mulheres no processo de travessia. Os resultados também mostraram que o nível de aceitação da simbologia utilizada na travessia com sinalização semafórica está de acordo com o índice estipulado pela norma ISO 9186. Concluiu-se que o pedestre mais confiante na sua capacidade de julgamento e/ou mais apressado na caminhada pela Av. Presidente Vargas tem a tendência a comportar-se de maneira mais arriscada durante o processo de travessia. Por fim, nos desdobramentos da pesquisa, incentivou-se o pesquisador em design a utilizar o Modelo C-HIP para investigar o processo de comunicação entre a sinalização e o receptor na sua totalidade, levando-se em conta os fatores internos (convicções e motivações) do usuário.
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Para conduzir esta pesquisa sobre o processo de travessia de pedestres em vias semaforizadas, utilizou-se um modelo desenvolvido por pesquisadores norte-americanos – Wogalter, Dejoy e Laughery (1999) – conhecido como Modelo de Comunicação-Processamento Humano da Informação – C-HIP Model. Este modelo organiza de forma seqüencial, através de sete estágios, como a informação é transmitida por uma fonte, recebida e processada pelo usuário com o propósito de direcioná-lo a adotar um comportamento seguro e comprometido com o conteúdo da sinalização. Investigando-se a partir dos estágios do modelo C-HIP, através de métodos e técnicas apropriados para cada estágio, identificaram-se quais fatores são contribuintes para que o pedestre desobedeça à sinalização de trânsito e adote um comportamento de risco em travessias semaforizadas. Os principais métodos utilizados foram observação e inquirição. Observações sistemáticas foram feitas para investigar a relação entre atenção do pedestre e o seu comportamento. A escala de avaliação foi aplicada para investigar a relação entre educação no trânsito, convicções, motivação e comportamento do pedestre. A compreensão dos elementos gráficos e pictóricos nas travessias semaforizadas foi estudada através do Teste de Compreensão (ISO 9186). Os dados foram tratados e analisados a partir de métodos da estatística inferencial (Correlação de Pearson e Qui-Quadrado) e, posteriormente, realizouse entrevista semi-estruturadas para colher informações que não seriam possíveis através de métodos quantitativos. Considerou-se que o pedestre tem a orientação familiar como a principal forma de contato com a educação no trânsito, que possui uma crença otimista sobre sua capacidade de avaliar o momento certo de atravessar a via e que a pressa é um dos principais fatores a motivá-lo a desobedecer às normas de trânsito. Identificou-se que os pedestres utilizam majoritariamente a faixa de rolamento para veículos como fonte de informação e que os homens arriscam-se mais que as mulheres no processo de travessia. Os resultados também mostraram que o nível de aceitação da simbologia utilizada na travessia com sinalização semafórica está de acordo com o índice estipulado pela norma ISO 9186. Concluiu-se que o pedestre mais confiante na sua capacidade de julgamento e/ou mais apressado na caminhada pela Av. Presidente Vargas tem a tendência a comportar-se de maneira mais arriscada durante o processo de travessia. Por fim, nos desdobramentos da pesquisa, incentivou-se o pesquisador em design a utilizar o Modelo C-HIP para investigar o processo de comunicação entre a sinalização e o receptor na sua totalidade, levando-se em conta os fatores internos (convicções e motivações) do usuário.This thesis is about the risk behavior adopted by pedestrians at crosswalks with traffic light equipament. It was observed that many pedestrians take risk to cross the Presidente Vargas Avenue. This avenue is located in downtown in Rio de Janeiro city and has a heavy vehicular traffic and intense pedestrian flow. Many pedestrians cross the four lanes of avenue dangerously disobeying the traffic light indications. To conduct this research about pedestrian s behavior at crosswalks, a model developed by American researchers - Wogalter, Dejoy and Laughery (1999) - known as Communication-Human Information Processing Model - C-HIP Model was used. This model is organized sequentially in seven stages. The initial stages are about how information are transmitted by a source and the intermediary and final stages allow to investigate how a person receives and processes the message in order to be committed to adopt a desired behavior. Investigating the stages by C-HIP model perspective, using methods and techniques for each stage, enabled to identify which factors can contribute to pedestrians to disobey traffic signs and adopt a risky behavior in pedestrian crossing. The main methods applied observation and inquiry techniques. Systematic observations were made to investigate the pedestrians’ attention and their behavior. Rating Scale were applied to investigate how are related the pedestrians’ traffic education with their beliefs, motivations and behavior. The comprehension of graphic elements were studied through the test of graphical symbols (ISO 9186). The data were processed and analyzed using methods of inferential statistics (Pearson s correlation and Qui-squared). Later, seven respondents took part in a semi-structured interview session to gather information that would not be possible through quantitative methods. It was considered that the main contact form with traffic education was orientation coming from family. The pedestrians have an optimistic belief about their capacity to evaluate the right time to cross the lanes and the hurry is one of the main motivating factors for disobeying traffic law. The results showed that pedestrians use mostly as source of information coming vehicles from the lanes and the men behaved in a more insecure way and observed the lanes more than women. The female pedestrians observed ahead (pedestrian traffic light) and respected more the traffic light indications than men. It was revealed that the acceptance s level of the crosswalks and traffic light s symbols is accepted by the ISO 9186 index. It was concluded that the pedestrian more confident in their ability to evaluate the crossing moment or who is hurried has a tendency to take risk while crossing the avenue. Finally, it was suggested future studies in graphic design with C-HIP model approach to investigate the whole communication process.COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIORhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15114@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=15114@2porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-11-01T13:06:03Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:15114Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342017-09-14T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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