[pt] MODAS DE VESTIR, MODOS DE SER: TRADIÇÃO E MODERNIDADE NO RIO DE JANEIRO (1808-1908)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLGA CAROLINA PONTES BON VELOZO
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Outros
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49841@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49841@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.49841
Resumo: [pt] Esta tese examina como as mudanças ocorridas na sociedade ocidental moderna modificaram a relação entre as pessoas e o vestir, construindo as bases para o desenvolvimento de um fenômeno conhecido como moda. Nos períodos anteriores à modernidade, principalmente na Idade Média e no Antigo Regime, verificamos a existência das vestimentas como uma marcação social, prevalecendo a concepção holista de mundo. Nesses períodos, havia uma ordem hierárquica e estamental, sem mobilidade social, onde preponderavam as leis suntuárias, que objetivavam, dentre outras coisas, o controle ao vestuário. Dessa forma, a roupa significava uma condição, uma qualidade, um instrumento de regulação política, social e econômica, onde cada um ocupava seu lugar, usando as vestes próprias à sua posição. Na passagem para a modernidade e para a concepção individualista de mundo, pensamentos, conceitos e valores foram atravessados por novas perspectivas que foram construídas ao longo de muitos séculos, a partir de acontecimentos não só marcantes, mas estruturantes de um novo período, alterando drasticamente a relação da sociedade ocidental com a roupa. Portanto, parte-se da premissa de que a moda não é fruto de uma historiografia linear e evolucionista, mas sim de uma confluência de fatores que possibilitam seu desenvolvimento e funcionamento como a entendemos atualmente. Nesse sentido, a reflexão da tese é transportada para a particularidade do caso brasileiro, mais precisamente para a cidade do Rio de Janeiro, a partir da chegada da Corte portuguesa, em 1808, percebendo como a presença da Família Real instaurou bases e estruturas próprias de uma mentalidade hierárquica e estamental, aumentando tensões que marcaram o período, tendo a indumentária papel protagonista na batalha pelos signos sociais prestigiosos e seus modos de uso. Ao longo das décadas seguintes, os acontecimentos que ocorreram na cidade deixavam em evidência o desabrochar de características típicas da modernidade, que se desenvolvia a passos largos, deixando para trás o engessamento social através da indumentária estabelecido previamente com a Corte e consolidando o sistema da moda no Rio de Janeiro.
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Dessa forma, a roupa significava uma condição, uma qualidade, um instrumento de regulação política, social e econômica, onde cada um ocupava seu lugar, usando as vestes próprias à sua posição. Na passagem para a modernidade e para a concepção individualista de mundo, pensamentos, conceitos e valores foram atravessados por novas perspectivas que foram construídas ao longo de muitos séculos, a partir de acontecimentos não só marcantes, mas estruturantes de um novo período, alterando drasticamente a relação da sociedade ocidental com a roupa. Portanto, parte-se da premissa de que a moda não é fruto de uma historiografia linear e evolucionista, mas sim de uma confluência de fatores que possibilitam seu desenvolvimento e funcionamento como a entendemos atualmente. Nesse sentido, a reflexão da tese é transportada para a particularidade do caso brasileiro, mais precisamente para a cidade do Rio de Janeiro, a partir da chegada da Corte portuguesa, em 1808, percebendo como a presença da Família Real instaurou bases e estruturas próprias de uma mentalidade hierárquica e estamental, aumentando tensões que marcaram o período, tendo a indumentária papel protagonista na batalha pelos signos sociais prestigiosos e seus modos de uso. Ao longo das décadas seguintes, os acontecimentos que ocorreram na cidade deixavam em evidência o desabrochar de características típicas da modernidade, que se desenvolvia a passos largos, deixando para trás o engessamento social através da indumentária estabelecido previamente com a Corte e consolidando o sistema da moda no Rio de Janeiro.[en] This thesis examines how the changes that have occurred in modern Western society have changed the relationship between people and dress, building the basis for the development of a phenomenon known as fashion. In periods prior to modernity, especially in the Middle Ages and the Ancien Régime, we verified the existence of clothing as a social marking, prevailing the holistic conception of the world. In these periods, there was a hierarchical order, without social mobility, where the Sumptuary Laws prevailed, which aimed, among other things, control of clothing. Thus, clothing meant a condition, a quality, an instrument of political, social and economic regulation. Each person occupied a social place, wearing clothes according to his/her position. In the passage to modernity and to the individualistic conception of the world, thoughts, concepts and values were crossed by new perspectives that have been built over many centuries, from events not only remarkable, but structuring of a new period, drastically altering the relationship of Western society with clothing. Therefore, it starts from the premise that fashion is not the result of a linear and evolutionary historiography, but rather of a confluence of factors that enable its development and functioning as we currently understand it. In this sense, the reflection of the thesis is transported to the particularity of the Brazilian case, more precisely to the city of Rio de Janeiro, from the arrival of the Portuguese Court in 1808, realizing how the presence of the Royal Family established bases and structures own of a hierarchical mentality, increasing tensions that marked the period, where the clothes were the protagonist in the battle for prestigious social signs and their ways of use. Over the next decades, the events that occurred in the city highlighted the blossoming of characteristics typical of modernity, which developed in strides, leaving behind social plastering through clothing established previously with the Court and consolidating the fashion system in Rio de Janeiro.MAXWELLEVERARDO PEREIRA GUIMARAES ROCHAOLGA CAROLINA PONTES BON VELOZO2020-10-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49841@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=49841@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.49841porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-11T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:49841Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342022-08-11T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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