[pt] CARACTERIZAÇÃO METALOPROTEÔMICA DE BÍLIS DE ELASMOBRÂNQUIOS DO RIO DE JANEIRO E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL COMO BIOMARCADOR DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: REGINA FONSECA DE ALMEIDA
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)
Texto Completo: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66649&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66649&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66649
Resumo: [pt] Os metais e metaloides representam um problema global pela possibilidade de bioacumulação e biomagnificação ao longo de teias tróficas aquáticas. Os elasmobrânquios, grupo taxonômico que inclui as raias e tubarões, são vulneráveis à pesca e poluentes químicos. Poucos estudos avaliaram a presença e os efeitos de metais e metaloides nestes animais e estudos com amostragem não-letal são ainda escassos. Este estudo avaliou o potencial da bílis como biomarcador de contaminação recente em três espécies de elasmobrânquios ameaçados capturados artesanalmente na cidade do Rio de Janeiro, Gymnura altavela, Dasyatis hypostigma e Pseudobatos horkelii. As concentrações de metais e metaloides biliares foram determinadas por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS), as metalotioneínas por espectrometria UV-Vis e as associações entre metais intracelulares e metalotioneínas por cromatografia líquida de alta eficiência com separação por exclusão de tamanho acoplada a ICP-MS (SEC-HPLC-ICP-MS). No geral, Fe apresentou as maiores concentrações (máx. 194,8 mg L-1) e Sn as menores (máx. 0,004 mg L-1), quantificado em apenas cinco indivíduos do total estudado (107). Arsênio e cobre apresentaram maiores médias (10,9 e 5,2 mg L-1, respectivamente) nas amostras de bílis de raia viola, a única espécie capturada em Copacabana. Correlações estatísticas entre as concentrações de metalotioneínas, índices biomorfométricos e concentrações elementares nas frações das amostras de bílis indicam contaminação ambiental e potenciais efeitos sub letais no desenvolvimento e reprodução desses animais. Os resultados obtidos por SECHPLC-ICP-MS indicam diferenças metabólicas nas rotas de destoxificação das diferentes espécies. Conclui-se que o uso de bílis de elasmobrânquios é uma alternativa eficaz e que permite a amostragem não-letal para monitorar a contaminação ambiental recente por metais e metaloides.
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Este estudo avaliou o potencial da bílis como biomarcador de contaminação recente em três espécies de elasmobrânquios ameaçados capturados artesanalmente na cidade do Rio de Janeiro, Gymnura altavela, Dasyatis hypostigma e Pseudobatos horkelii. As concentrações de metais e metaloides biliares foram determinadas por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS), as metalotioneínas por espectrometria UV-Vis e as associações entre metais intracelulares e metalotioneínas por cromatografia líquida de alta eficiência com separação por exclusão de tamanho acoplada a ICP-MS (SEC-HPLC-ICP-MS). No geral, Fe apresentou as maiores concentrações (máx. 194,8 mg L-1) e Sn as menores (máx. 0,004 mg L-1), quantificado em apenas cinco indivíduos do total estudado (107). Arsênio e cobre apresentaram maiores médias (10,9 e 5,2 mg L-1, respectivamente) nas amostras de bílis de raia viola, a única espécie capturada em Copacabana. Correlações estatísticas entre as concentrações de metalotioneínas, índices biomorfométricos e concentrações elementares nas frações das amostras de bílis indicam contaminação ambiental e potenciais efeitos sub letais no desenvolvimento e reprodução desses animais. Os resultados obtidos por SECHPLC-ICP-MS indicam diferenças metabólicas nas rotas de destoxificação das diferentes espécies. Conclui-se que o uso de bílis de elasmobrânquios é uma alternativa eficaz e que permite a amostragem não-letal para monitorar a contaminação ambiental recente por metais e metaloides. [en] Metals and metalloids can represent a significant global issue, due to the potential for high bioaccumulation and biomagnification along aquatic food webs. Elasmobranchs, a taxonomic group that includes rays and sharks, are highly vulnerable to fishing activities and chemical pollutants. Few studies have investigated the presence and impacts of metals and metalloids in these animals, and studies with non-lethal sampling methods are still scarce. This study evaluated the potential of bile as a biomarker of recent contamination in three threatened species of elasmobranchs artisanally captured in the city of Rio de Janeiro, Gymnura altavela, Dasyatis hypostigma, and Pseudobatos horkelii. Biliary metal and metalloid concentrations were determined by Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry (ICP-MS), metallothioneins by UV-Vis spectrometry, and associations between intracellular metals and metallothioneins were investigated by Size Exclusion-High-Performance Liquid Chromatography coupled to ICP-MS (SEC-HPLC-ICP-MS). Overall, Fe presented the highest concentrations (0.7 more or less 0.1 mg L-1) and Sn the lowest (max. 0.004 mg L-1), quantified in only five individuals of the total studied (107). Arsenic and copper showed higher averages (10.9 and 5.2 mg L-1, respectively) in bile samples from Brazilian guitarfish, the only species caught in Copacabana. Statistical correlations among metallothionein concentrations, biometric indices, and elemental concentrations in bile fractions suggest environmental contamination and potential sublethal effects on the development and reproduction of these animals. Results obtained from SEC-HPLC-ICP-MS indicate metabolic differences in detoxification pathways among the various species. In conclusion, the utilization of elasmobranch bile is an effective alternative that allows non-lethal sampling for monitoring recent environmental contamination by metals and metalloids.MAXWELLTATIANA DILLENBURG SAINT PIERREREGINA FONSECA DE ALMEIDA2024-05-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66649&idi=1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=66649&idi=2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.66649porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-05-17T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:66649Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342024-05-17T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false
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