[en] CAUSAL CONJUNCTIVE RELATIONS IN A PSYCHOLINGUISTIC PERSPECTIVE: LANGUAGE PROCESSING, READING AND TEACHING
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23446@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23446@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.23446 |
Resumo: | [pt] Com base no conceito de conjunção de Halliday e Hasan, esta pesquisa de caráter psicolinguístico busca verificar o processamento de relações conjuntivas causais internas e externas, bem como o papel dos conectivos nesse processamento. Para isso, primeiro foi feita uma atividade exploratória de produção textual junto a alunos de sétimo e oitavo anos do Ensino Fundamental, para verificar se nessa faixa de escolaridade eles já utilizam relações conjuntivas causais internas e externas, e se as realizam léxico-gramaticalmente por meio de conectivos. Confirmado o uso dessas relações, foram realizados testes de compreensão leitora off-line e teste cloze em turmas do oitavo e nono do Ensino Fundamental, respectivamente. O resultado da análise estatística dos dados indicou que as relações conjuntivas causais sob investigação apresentam custos de processamento distintos. Nos testes de compreensão, em que a tarefa do participante consistiu na verificação de afirmativas relativas ao conteúdo depreendido do texto, as relações conjuntivas causais externas foram mais facilmente processadas. No teste cloze, em que o estabelecimento de relações entre orações é feito pelo aluno e, nesse sentido, mais dependente de seu conhecimento extralinguístico e do tipo de conectivo que pode expressar adequadamente tais vínculos semânticos, as relações externas parecem ter trazido mais custo para o processamento do que as internas. No caso das internas, além da identificação do caráter argumentativo do texto, pistas de ordem linguística, tais como emprego de recursos modalizadores, em especial de adjetivos, e tempo/modo verbal, podem ter facilitado o reconhecimento do tipo de relação (independentemente de ter-se efetuado uma compreensão mais efetiva do texto). Em relação à presença ou ausência de conectivo, não foi verificado efeito principal dessa variável em nenhum dos experimentos, o que pode, em princípio, ser relacionado à força da relação causal entre as orações, que, mesmo na ausência do conectivo, é possível ser recuperada pelo aluno nos textos utilizados. Este trabalho representa uma contribuição para a questão da leitura em sala de aula, particularmente no que tange à compreensão de textos de natureza argumentativa, em que as relações conjuntivas causais internas e externas comparecem substancialmente, e devem, portanto, ser mais bem abordadas nas aulas de todas as disciplinas, trabalhando-se uma interpretação que vá além da superfície textual. |
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[en] CAUSAL CONJUNCTIVE RELATIONS IN A PSYCHOLINGUISTIC PERSPECTIVE: LANGUAGE PROCESSING, READING AND TEACHING[pt] RELAÇÕES CONJUNTIVAS CAUSAIS EM PERSPECTIVA PSICOLINGUÍSTICA: PROCESSAMENTO LINGUÍSTICO, LEITURA E ENSINO[pt] ENSINO[pt] COMPREENSAO LEITORA[pt] RELACOES CONJUNTIVAS[pt] CONECTIVOS[en] TEACHING[en] READING COMPREHENSION[en] CONJUNCTIVE RELATIONS[en] CONNECTIVES[pt] Com base no conceito de conjunção de Halliday e Hasan, esta pesquisa de caráter psicolinguístico busca verificar o processamento de relações conjuntivas causais internas e externas, bem como o papel dos conectivos nesse processamento. Para isso, primeiro foi feita uma atividade exploratória de produção textual junto a alunos de sétimo e oitavo anos do Ensino Fundamental, para verificar se nessa faixa de escolaridade eles já utilizam relações conjuntivas causais internas e externas, e se as realizam léxico-gramaticalmente por meio de conectivos. Confirmado o uso dessas relações, foram realizados testes de compreensão leitora off-line e teste cloze em turmas do oitavo e nono do Ensino Fundamental, respectivamente. O resultado da análise estatística dos dados indicou que as relações conjuntivas causais sob investigação apresentam custos de processamento distintos. Nos testes de compreensão, em que a tarefa do participante consistiu na verificação de afirmativas relativas ao conteúdo depreendido do texto, as relações conjuntivas causais externas foram mais facilmente processadas. No teste cloze, em que o estabelecimento de relações entre orações é feito pelo aluno e, nesse sentido, mais dependente de seu conhecimento extralinguístico e do tipo de conectivo que pode expressar adequadamente tais vínculos semânticos, as relações externas parecem ter trazido mais custo para o processamento do que as internas. No caso das internas, além da identificação do caráter argumentativo do texto, pistas de ordem linguística, tais como emprego de recursos modalizadores, em especial de adjetivos, e tempo/modo verbal, podem ter facilitado o reconhecimento do tipo de relação (independentemente de ter-se efetuado uma compreensão mais efetiva do texto). Em relação à presença ou ausência de conectivo, não foi verificado efeito principal dessa variável em nenhum dos experimentos, o que pode, em princípio, ser relacionado à força da relação causal entre as orações, que, mesmo na ausência do conectivo, é possível ser recuperada pelo aluno nos textos utilizados. Este trabalho representa uma contribuição para a questão da leitura em sala de aula, particularmente no que tange à compreensão de textos de natureza argumentativa, em que as relações conjuntivas causais internas e externas comparecem substancialmente, e devem, portanto, ser mais bem abordadas nas aulas de todas as disciplinas, trabalhando-se uma interpretação que vá além da superfície textual.[en] Based on the concept of conjunction as presented by Halliday and Hasan, this research, which has a psycholinguistic character, aims to verify the processing of internal and external causal conjunctive relations, as well as the role of connectives in this processing. For this, it was first made an exploratory activity of writing with students from 7th and 8th grades of elementary school , to see whether in this level of schooling they already use internal and external causal conjunctive relations, and if they do it lexical- grammatically through connectives . Having confirmed the use of these relations, we performed the off -line reading comprehension test and cloze test in classes from the 8th and 9th grades of Elementary Education, respectively. The result of statistical analysis of the data indicated that the causal conjunctive relationships under investigation have different processing costs. In the comprehension tests, where the task of the participant was the verification of statements about the content inferred from the text, external causal conjunctive relations were more easily processed . In the cloze test , in where the establishment of relations between sentences is done by the student and, thus , depend more on its extra-linguistic knowledge and on the type of connective that can appropriately express such semantic links, external relations seem to have brought more cost to the processing than the internal ones. In the case of the internal ones, beyond identifying the argumentative character of the text, linguistic cues, such as the use of modal resources, especially adjectives and the use of certain verb tenses and moods, may have favored the recognition of the type of relation (regardless of having had a more effective understanding of the text). Regarding the presence or absence of connective it was not observed a main effect of this variable in any of the experiments, which can, at first, be related to the strength of the causal relationship between clauses, which even in the absence of connective can be retrieved by the student in the texts used. This work brings a contribution to the question of reading in the classroom, particularly with regard to text comprehension of argumentative nature, in which internal and external causal conjunctive relations appear substantially, and should therefore be best addressed in class from all subjects, exercising an interpretation that goes beyond the surface of the text.MAXWELLERICA DOS SANTOS RODRIGUESERICA DOS SANTOS RODRIGUESLUIZ EDUARDO CARDOSO CALDAS2014-09-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23446@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23446@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.23446porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-08-15T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:23446Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342019-08-15T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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