[fr] LUCRÈCE ET LA NATURE DES CHOSES: ENTRE LE HASARD ET LA NÉCESSITÉ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Outros |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) |
Texto Completo: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11442@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11442@3 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11442 |
Resumo: | [pt] Tito Lucrécio Caro (95 a.C. 54 a. C) é conhecido por ter escrito aquele que é, talvez, o maior poema filosófico da Antiguidade: o De rerum natura (sobre a natureza das coisas). A partir de uma tradição de pensamento que remonta a Leucipo e Demócrito e, sobretudo, a Epicuro, Lucrécio retoma e aprofunda as teses atomistas que afirmam o acaso como força criadora de todas as coisas. Assim, o pensamento de Lucrécio é, pois, um naturalismo ocupado em pensar a natureza não como uma potência exterior que informa a matéria, mas como a natureza das coisas (rerum) em sua existência dispersa. Mas o naturalismo de Lucrécio é também uma ética que afirma o prazer como bem máximo e identificado à imperturbabilidade dos deuses (tranquilla pax; placida pax; summa pax). É através desse caminho que o tema do comportamento regular da natureza reaparece no poema: o conhecimento da natureza é a condição necessária para a identificação do falso e dos temores que dele decorrem. Vale dizer, deste modo, que o pensamento de Lucrécio não prescinde da afirmação de um tipo de necessidade natural. Assim, pode-se afirmar que a articulação entre os temas aparentemente divergentes de um acaso soberano e de uma necessidade natural é o leitmotiv do De rerum natura. Lucrécio pensa a estabilidade e o equilíbrio não como formas primeiras que antecedem a fundação da natureza das coisas, mas como efeitos solidários de um movimento universal que comporta em uma mesma medida o instável e o desequilíbrio. |
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[fr] LUCRÈCE ET LA NATURE DES CHOSES: ENTRE LE HASARD ET LA NÉCESSITÉ[pt] LUCRÉCIO E A NATUREZA DAS COISAS: ENTRE O ACASO E A NECESSIDADE[pt] NECESSIDADE[pt] ACASO[pt] NATUREZA[pt] LUCRECIO[fr] NECESSITE[fr] HASARD[fr] NATURE[fr] LUCRECE[pt] Tito Lucrécio Caro (95 a.C. 54 a. C) é conhecido por ter escrito aquele que é, talvez, o maior poema filosófico da Antiguidade: o De rerum natura (sobre a natureza das coisas). A partir de uma tradição de pensamento que remonta a Leucipo e Demócrito e, sobretudo, a Epicuro, Lucrécio retoma e aprofunda as teses atomistas que afirmam o acaso como força criadora de todas as coisas. Assim, o pensamento de Lucrécio é, pois, um naturalismo ocupado em pensar a natureza não como uma potência exterior que informa a matéria, mas como a natureza das coisas (rerum) em sua existência dispersa. Mas o naturalismo de Lucrécio é também uma ética que afirma o prazer como bem máximo e identificado à imperturbabilidade dos deuses (tranquilla pax; placida pax; summa pax). É através desse caminho que o tema do comportamento regular da natureza reaparece no poema: o conhecimento da natureza é a condição necessária para a identificação do falso e dos temores que dele decorrem. Vale dizer, deste modo, que o pensamento de Lucrécio não prescinde da afirmação de um tipo de necessidade natural. Assim, pode-se afirmar que a articulação entre os temas aparentemente divergentes de um acaso soberano e de uma necessidade natural é o leitmotiv do De rerum natura. Lucrécio pensa a estabilidade e o equilíbrio não como formas primeiras que antecedem a fundação da natureza das coisas, mas como efeitos solidários de um movimento universal que comporta em uma mesma medida o instável e o desequilíbrio.[fr] Titus Lucrèce Carus (95 a.C.-54 a.C.)est connu pour avoir écrit ce qui est peut-être le plus grand poème philosophique de l`Antiquité: le De rerum natura ( De la nature des choses). A partir d`une tradition de pensée qui remonte à Leucipe, Democrite et surtout à Epicure, Lucrèce reprend et approfondit les thèses atomistes qui affirment le hasard comme force créatrice de toute chose. La pensée de Lucrèce est donc un naturalisme occupé à penser la nature non comme une potence extérieure qui informe la matière mais comme la nature des choses (rerum) dans son existence éparse/dispersée. Mais le naturalisme de Lucrèce est aussi une éthique qui affirme le plaisir comme bien maximal, identifié à l`imperturbabilité des dieux (tranquilla pax; summa pax). C`est par cette voie que le thème du comportement régulier de la nature réapparaît dans le poème: la connaissance de la nature est la condition nécessaire à l`identification du faux et des craintes qui en découlent. Ca vaut la peine de dire, de cette façon, que la pensée de Lucrèce ne contrecarre/ne s`oppose/ne contredit pas l`affirmation d`un type de nécessité naturelle. D`où, on peut affirmer que l`articulation entre les thèmes apparemment divergents d`un hasard souverain et d`une nécessité naturelle est le leitmotiv du De rerum natura. Lucrèce pense la stabilité et l`équilibre non comme des formes primaires qui anticipent la fondation de la nature des choses, mais comme effets solidaires d`un mouvement universel qui comporte dans une même mesure l`instable et le déséquilibre.MAXWELLMAURA IGLESIASROMULO SIQUEIRA BATISTA2008-03-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/otherhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11442@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=11442@3http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.11442porreponame:Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell)instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)instacron:PUC_RIOinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-10-31T00:00:00Zoai:MAXWELL.puc-rio.br:11442Repositório InstitucionalPRIhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/ibict.phpopendoar:5342018-10-31T00:00Repositório Institucional da PUC-RIO (Projeto Maxwell) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO)false |
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