Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia em Estudo (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000200004 |
Resumo: | Neste artigo objetivamos analisar as implicações da inserção precoce da criança no mundo do trabalho à luz das proposições vigotskianas. Utilizamos reflexões de várias pesquisas produzidas ao longo de dez anos de atuação nessa área. Vigotski compreende o desenvolvimento como um processo dialético que envolve ou se constitui de períodos de crise e estabilidade, a partir das atividades da criança no meio social. As pesquisas têm revelado que a maioria das crianças começa a trabalhar em torno dos 7 anos de idade, por intermédio de uma rede de parentes e amigos que favorecem esse ingresso. Outro aspecto marcante das pesquisas refere-se aos riscos do trabalho infantil para a saúde e suas consequências para a escolaridade. A crise dos sete anos, período em que as vivências adquirem sentido para a criança, coincide com o fim da infância dos segmentos pobres da sociedade brasileira. Esses aspectos fazem com que a criança reproduza o imaginário da naturalização do trabalho. Uma infância que se desenvolve em determinadas condições objetivas, nas quais a busca pelo atendimento às necessidades e a cultura naturalizante do trabalho infantil retiram à criança o tempo para brincar e atrapalham a escolaridade em meio a condições concretas sem tempo para brincar, sem escolaridade, o que configura a consciência da criança e suas relações com o meio, adultiza e autonomiza. |
id |
PUC_RIO-24_63570fd17281828ea54c35d86930d98f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1413-73722011000200004 |
network_acronym_str |
PUC_RIO-24 |
network_name_str |
Psicologia em Estudo (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de VigotskiTrabalho infantildesenvolvimentoVigotskiNeste artigo objetivamos analisar as implicações da inserção precoce da criança no mundo do trabalho à luz das proposições vigotskianas. Utilizamos reflexões de várias pesquisas produzidas ao longo de dez anos de atuação nessa área. Vigotski compreende o desenvolvimento como um processo dialético que envolve ou se constitui de períodos de crise e estabilidade, a partir das atividades da criança no meio social. As pesquisas têm revelado que a maioria das crianças começa a trabalhar em torno dos 7 anos de idade, por intermédio de uma rede de parentes e amigos que favorecem esse ingresso. Outro aspecto marcante das pesquisas refere-se aos riscos do trabalho infantil para a saúde e suas consequências para a escolaridade. A crise dos sete anos, período em que as vivências adquirem sentido para a criança, coincide com o fim da infância dos segmentos pobres da sociedade brasileira. Esses aspectos fazem com que a criança reproduza o imaginário da naturalização do trabalho. Uma infância que se desenvolve em determinadas condições objetivas, nas quais a busca pelo atendimento às necessidades e a cultura naturalizante do trabalho infantil retiram à criança o tempo para brincar e atrapalham a escolaridade em meio a condições concretas sem tempo para brincar, sem escolaridade, o que configura a consciência da criança e suas relações com o meio, adultiza e autonomiza.Universidade Estadual de Maringá2011-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000200004Psicologia em Estudo v.16 n.2 2011reponame:Psicologia em Estudo (Online)instname:Universidade Estadual de Maringá (UEM)instacron:PUC_RIO10.1590/S1413-73722011000200004info:eu-repo/semantics/openAccessAlberto,Maria de Fátima PereiraSantos,Denise Pereira dospor2011-12-06T00:00:00Zoai:scielo:S1413-73722011000200004Revistahttps://www.scielo.br/j/pe/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevpsi@uem.br1807-03291413-7372opendoar:2011-12-06T00:00Psicologia em Estudo (Online) - Universidade Estadual de Maringá (UEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
title |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
spellingShingle |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski Alberto,Maria de Fátima Pereira Trabalho infantil desenvolvimento Vigotski |
title_short |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
title_full |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
title_fullStr |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
title_full_unstemmed |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
title_sort |
Trabalho infantil e desenvolvimento: reflexões à luz de Vigotski |
author |
Alberto,Maria de Fátima Pereira |
author_facet |
Alberto,Maria de Fátima Pereira Santos,Denise Pereira dos |
author_role |
author |
author2 |
Santos,Denise Pereira dos |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Alberto,Maria de Fátima Pereira Santos,Denise Pereira dos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trabalho infantil desenvolvimento Vigotski |
topic |
Trabalho infantil desenvolvimento Vigotski |
description |
Neste artigo objetivamos analisar as implicações da inserção precoce da criança no mundo do trabalho à luz das proposições vigotskianas. Utilizamos reflexões de várias pesquisas produzidas ao longo de dez anos de atuação nessa área. Vigotski compreende o desenvolvimento como um processo dialético que envolve ou se constitui de períodos de crise e estabilidade, a partir das atividades da criança no meio social. As pesquisas têm revelado que a maioria das crianças começa a trabalhar em torno dos 7 anos de idade, por intermédio de uma rede de parentes e amigos que favorecem esse ingresso. Outro aspecto marcante das pesquisas refere-se aos riscos do trabalho infantil para a saúde e suas consequências para a escolaridade. A crise dos sete anos, período em que as vivências adquirem sentido para a criança, coincide com o fim da infância dos segmentos pobres da sociedade brasileira. Esses aspectos fazem com que a criança reproduza o imaginário da naturalização do trabalho. Uma infância que se desenvolve em determinadas condições objetivas, nas quais a busca pelo atendimento às necessidades e a cultura naturalizante do trabalho infantil retiram à criança o tempo para brincar e atrapalham a escolaridade em meio a condições concretas sem tempo para brincar, sem escolaridade, o que configura a consciência da criança e suas relações com o meio, adultiza e autonomiza. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000200004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000200004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1413-73722011000200004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Maringá |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Maringá |
dc.source.none.fl_str_mv |
Psicologia em Estudo v.16 n.2 2011 reponame:Psicologia em Estudo (Online) instname:Universidade Estadual de Maringá (UEM) instacron:PUC_RIO |
instname_str |
Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
instacron_str |
PUC_RIO |
institution |
PUC_RIO |
reponame_str |
Psicologia em Estudo (Online) |
collection |
Psicologia em Estudo (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Psicologia em Estudo (Online) - Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
revpsi@uem.br |
_version_ |
1752127905361559552 |