Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: da Silva, Matheus Alves Duarte
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Oficina do Historiador
Texto Completo: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/21725
Resumo: O artigo analisa uma controvérsia entre Camillo Terni e Oswaldo Cruz,ocorrida no ano de 1900, em torno do controle da peste bubônica no Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz, um dos principais líderes do recém inaugurado Instituto Soroterápico Federal, defendia que o soro antipestoso era o produto a ser utilizado para tratar as vítimas de peste e também para imunizar a população, processo conhecido como soro-vacinação. Camillo Terni, diretor do Laboratório Bacteriológico de Messina, na Itália, e enviado ao Brasil para estudar a doença, ao contrário, defendia que o soro era ineficaz e que a principal estratégia para controlar a doença deveria ser vacinar a população, propagandeando o seu método de preparação da vacina antipestosa. O embate entre os dois foi veiculado na imprensa leiga e especializada e acabou vencido por Oswaldo Cruz, pois o soro tornou-se a principal arma contra a peste e a vacina antipestosa utilizada no Rio de Janeiro não foi a de Terni, mas uma versão modificada daquela criada originalmente pela Comissão Alemã enviada à Índia. O presente artigo investiga como essa vitória foi construída, acompanhando os passos de Terni e de sua vacina no Brasil e as alianças e traduções de interesse que ele e Oswaldo Cruz efetuaram de modo a vencer o debate. Dessa forma, o artigo pretende lançar luzes sobre um capítulo pouco conhecido da história do Instituto Soroterápico Federal.
id PUC_RS-15_cb738b7e973e91a32fc67e7907c2ad08
oai_identifier_str oai:ojs.revistaseletronicas.pucrs.br:article/21725
network_acronym_str PUC_RS-15
network_name_str Oficina do Historiador
repository_id_str
spelling Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)peste bubônicavacina antipestosaCamillo TerniO artigo analisa uma controvérsia entre Camillo Terni e Oswaldo Cruz,ocorrida no ano de 1900, em torno do controle da peste bubônica no Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz, um dos principais líderes do recém inaugurado Instituto Soroterápico Federal, defendia que o soro antipestoso era o produto a ser utilizado para tratar as vítimas de peste e também para imunizar a população, processo conhecido como soro-vacinação. Camillo Terni, diretor do Laboratório Bacteriológico de Messina, na Itália, e enviado ao Brasil para estudar a doença, ao contrário, defendia que o soro era ineficaz e que a principal estratégia para controlar a doença deveria ser vacinar a população, propagandeando o seu método de preparação da vacina antipestosa. O embate entre os dois foi veiculado na imprensa leiga e especializada e acabou vencido por Oswaldo Cruz, pois o soro tornou-se a principal arma contra a peste e a vacina antipestosa utilizada no Rio de Janeiro não foi a de Terni, mas uma versão modificada daquela criada originalmente pela Comissão Alemã enviada à Índia. O presente artigo investiga como essa vitória foi construída, acompanhando os passos de Terni e de sua vacina no Brasil e as alianças e traduções de interesse que ele e Oswaldo Cruz efetuaram de modo a vencer o debate. Dessa forma, o artigo pretende lançar luzes sobre um capítulo pouco conhecido da história do Instituto Soroterápico Federal.Editora da PUCRS - ediPUCRS2015-11-23info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/2172510.15448/2178-3748.2015.2.21725Oficina do Historiador; Vol. 8 No. 2 (2015): História da Ciência; 24-42Oficina do Historiador; Vol. 8 Núm. 2 (2015): História da Ciência; 24-42Oficina do Historiador; v. 8 n. 2 (2015): História da Ciência; 24-422178-374810.15448/2178-3748.2015.2reponame:Oficina do Historiadorinstname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)instacron:PUC_RSporhttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/21725/13778Copyright (c) 2015 Oficina do Historiadorinfo:eu-repo/semantics/openAccessda Silva, Matheus Alves Duarte2016-08-05T16:32:34Zoai:ojs.revistaseletronicas.pucrs.br:article/21725Revistahttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriadorPRIhttps://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/oai||tatyana.maia@pucrs.br2178-37482178-3748opendoar:2016-08-05T16:32:34Oficina do Historiador - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)false
dc.title.none.fl_str_mv Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
title Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
spellingShingle Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
da Silva, Matheus Alves Duarte
peste bubônica
vacina antipestosa
Camillo Terni
title_short Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
title_full Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
title_fullStr Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
title_full_unstemmed Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
title_sort Soro ou vacina: controvérsia no controle da peste bubônica no Rio de Janeiro (1899-1901)
author da Silva, Matheus Alves Duarte
author_facet da Silva, Matheus Alves Duarte
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv da Silva, Matheus Alves Duarte
dc.subject.por.fl_str_mv peste bubônica
vacina antipestosa
Camillo Terni
topic peste bubônica
vacina antipestosa
Camillo Terni
description O artigo analisa uma controvérsia entre Camillo Terni e Oswaldo Cruz,ocorrida no ano de 1900, em torno do controle da peste bubônica no Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz, um dos principais líderes do recém inaugurado Instituto Soroterápico Federal, defendia que o soro antipestoso era o produto a ser utilizado para tratar as vítimas de peste e também para imunizar a população, processo conhecido como soro-vacinação. Camillo Terni, diretor do Laboratório Bacteriológico de Messina, na Itália, e enviado ao Brasil para estudar a doença, ao contrário, defendia que o soro era ineficaz e que a principal estratégia para controlar a doença deveria ser vacinar a população, propagandeando o seu método de preparação da vacina antipestosa. O embate entre os dois foi veiculado na imprensa leiga e especializada e acabou vencido por Oswaldo Cruz, pois o soro tornou-se a principal arma contra a peste e a vacina antipestosa utilizada no Rio de Janeiro não foi a de Terni, mas uma versão modificada daquela criada originalmente pela Comissão Alemã enviada à Índia. O presente artigo investiga como essa vitória foi construída, acompanhando os passos de Terni e de sua vacina no Brasil e as alianças e traduções de interesse que ele e Oswaldo Cruz efetuaram de modo a vencer o debate. Dessa forma, o artigo pretende lançar luzes sobre um capítulo pouco conhecido da história do Instituto Soroterápico Federal.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-11-23
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/21725
10.15448/2178-3748.2015.2.21725
url https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/21725
identifier_str_mv 10.15448/2178-3748.2015.2.21725
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/oficinadohistoriador/article/view/21725/13778
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2015 Oficina do Historiador
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2015 Oficina do Historiador
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Editora da PUCRS - ediPUCRS
publisher.none.fl_str_mv Editora da PUCRS - ediPUCRS
dc.source.none.fl_str_mv Oficina do Historiador; Vol. 8 No. 2 (2015): História da Ciência; 24-42
Oficina do Historiador; Vol. 8 Núm. 2 (2015): História da Ciência; 24-42
Oficina do Historiador; v. 8 n. 2 (2015): História da Ciência; 24-42
2178-3748
10.15448/2178-3748.2015.2
reponame:Oficina do Historiador
instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
instacron:PUC_RS
instname_str Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
instacron_str PUC_RS
institution PUC_RS
reponame_str Oficina do Historiador
collection Oficina do Historiador
repository.name.fl_str_mv Oficina do Historiador - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
repository.mail.fl_str_mv ||tatyana.maia@pucrs.br
_version_ 1799129360670654464