Entre a máquina e a preguiça: o paradoxo de Macunaíma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moraes, Eliane Roberert
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Navegações (Online)
Texto Completo: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/navegacoes/article/view/8435
Resumo: “Não sou futurista” – declarou Mário de Andrade em 1922, embora reconhecendo pontos de contato entre suas ideias e o movimento fundado por Marinetti. Seis anos mais tarde, ao publicar Macunaíma, tal ambivalência se evidencia ainda mais: se o livro realiza uma candente crítica da noção europeia de progresso, ele também se vale do operador simbólico da máquina de forma inusitada. Ao incessante movimento dos maquinismos modernos se opõe a indolência do personagem-título, o qual afirma o tempo todo sua vocação para a preguiça. Mais que a refutação de uma das principais tópicas do Futurismo, porém, a inclinação do protagonista ao ócio, supõe uma produtividade paradoxal. A rigor, Macunaíma pode ser pensado como uma verdadeira “máquina de preguiça”.
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