A morte em Lacan: entre o mestre e a ética

• Autor(a) principal: Lazzari, João Victor Sampaio
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/27652
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Morte; Lacan; Ética; Mestre

A presente pesquisa objetivou localizar as referências à morte ao longo da obra de Lacan. Para tal, foram escolhidos dois eixos principais de análise. O primeiro deles foi as referências de Lacan à dialética do senhor e do escravo presente na obra hegeliana. Viu-se que, tanto para Hegel quanto para Lacan, o mestre é representante da morte. A dialética do senhor e do escravo é caracterizada pela atitude diante da morte, seja ela de medo ou de arriscar-se. As duas diferentes posturas definem as posições de escravo ou senhor. Lacan simbolizou a relação entre morte e mestre a partir de sua teoria dos discursos, na qual o significante mestre (S1) do discurso do mestre representa a morte. Em seguida, analisou-se a obra de Antígona a partir do viés lacaniano que aponta a heroína situada entre-duas-mortes, a simbólica e a real. Sob essa ótica, foi possível pensar nas implicações teóricas de situar dois registros diferentes de morte. Ademais, no mesmo capítulo, situou-se a função do belo em articulação à dinâmica morte-vida, a partir de “O banquete”, de Platão, cujo texto foi analisado por Lacan. Por fim, articulou-se a noção de morte simbólica à angústia, ao fim de análise e a destituição subjetiva que é correlata desse momento. A articulação entre os dois capítulos se deu pela presença da morte em ambos e pelas construções teóricas que apontam para o além da vida presente na própria vida. No caso do primeiro capítulo, viu-se que os frutos do trabalho do escravo têm duração para além da vida e, no segundo capítulo, notou-se a função do belo como situando-se entre o mortal e o imortal