Filhos, para que tê-los?: A maternidade e a identidade feminina no século XXI

• Autor(a) principal: Ribeiro, Maria Carolina Theodoro Lima
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP
• Texto Completo: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/28830
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Maternidade; Mulher; Identidade feminina

Durante um longo tempo da história ocidental, a maternidade foi considerada único destino aceitável para as mulheres e prova de feminilidade. No século XXI, dentro de um cenário de mudanças que incluem a possibilidade de escolha da mulher quanto a ter ou não filhos, os casamentos mais tardios, a maior participação da mulher no mercado de trabalho, vêm-se redesenhando novas perspectivas para a maternidade e a identidade feminina. Este estudo exploratório pretendeu investigar como as mulheres nos dias de hoje percebem a maternidade e a importância atribuída ao significado de ter filhos. Para tanto foram realizadas entrevistas semi-dirigidas com quatro mulheres entre 30 e 45 anos, cujo foco de atenção foi a construção de significados a respeito da maternidade por parte destas mulheres, considerando suas histórias de vida e como percebem e relatam suas expectativas e/ou experiências a respeito de ter filhos neste início de século. Verificou-se neste estudo que as mulheres ainda associam feminilidade à maternidade e que esta é tida como uma das principais realizações de uma mulher. O naturalismo da relação mulher/mãe/filhos foi um elemento central nos discursos das participantes aliado a outros aspectos de suas vidas como a profissão, o cuidado com o próprio corpo, o lazer e o investimento na relação amorosa e familiar. O modelo da própria mãe e o desejo infantil foram citados como motivos muito importantes para se ter filhos. Estar muito presente na vida do(s) filho (s) foi considerado condição para um bom exercício da maternidade e a participação de um (a) companheiro/a muito valorizada. A relação entre mãe e filho foi fundamentalmente compreendida como uma relação de troca e a maternagem como um contínuo aprendizado